Prólogo

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Desde o contrato formado, Sebastian teve que se adaptar a cada pedido de seu mestre. O que nem sempre é fácil, principalmente para Sebastian que não sente o gosto de alimentos, apenas aromas.

Já no começo , Ciel se mostrou ser uma criança mimada quase sempre. O mordomo sempre relevou, por mais que se irritasse as vezes .

Dentre os empregados, Tanaka é o único que sabe o quão estressado e exausto Sebastian fica em algumas ocasiões. Geralmente no final do dia, o mordomo arruma algo para desestressar, desde ficar com alguns gatos lá fora, até jogar facas em alguma árvore. Por mais que o demônio raramente demonstrasse cansaço, Tanaka sempre observava de longe.

Mais uma manhã se inicia , estava nublada e parecia que iria chover. Como de costume Sebastian abre as cortinas do quarto de Ciel, no intuito de acordar o Conde.

-Hum!! Sebastian... -O Conde resmunga colocando o travesseiro sob sua cabeça, no intuito de que a claridade do dia não chegue até seus olhos.

- Já amanheceu Bocchan. -O mordomo diz andando até a beirada da cama, e puxando o travesseiro . - Não pode se atrasar

-Foda-se Sebastian! Eu quero dormir! - O mordomo fica um tanto surpreso, já que o Conde nunca falaria tais palavras.

-Onde aprendeu a dizer coisas feias? -Sebastian questiona.

-Não te interessa! - Ciel fala com raiva, fechando seus olhos.

Sebastian suspira, se aproxima novamente da cama do Conde e desfere suas seguintes palavras com raiva:

- Não entendo o motivo de tal mal humor, levante-se. O senhor tem de estudar música, começar a assinar os papéis que a... - O mesmo foi interrompido.

- Não ligo! Saia Sebastian!!- Sebastian coloca a mão no rosto, e tenta se manter calmo. - Hoje irei ficar na cama!

- Está doente jovem mestre? - O mordomo pergunta, tirando em seguida sua luva, e colocando na testa de Ciel.

O Conde prontamente se senta na cama irritado.

- Me traga um chicote Sebastian, agora!

O mordomo se curva levemente, saindo em busca do pedido de Ciel.

Não demorou para que sua ordem fosse atendida.

O jovem Conde pega o objeto e olha firmemente para Sebastian

-Fique de costas. -A ordem foi dada e prontamente obedecida.

O demônio só não esperava que a seguir, sentiria uma ardência momentânea em suas negadas . Ciel acabará de chicotear seu mordomo.

Sebastian prontamente se vira surpreso, acariciando o local atingido.

- O que pensa que está fazendo? - As palavras do mordomo claramente são de surpresa.

Ciel sorri de forma sádica e fala a seguir - Eu apenas quis lhe ensinar a não ser tão mandão logo de manhã.

Sebastian faz uma expressão de desgosto e pergunta- Deseja algo mais mestre?

- Troque minha roupa Sebastian. - Diz Ciel, colocando o chicote sob a cama.

Após a ordem cumprida, Sebastian se retira para preparar a refeição da manhã.

Ciel ao ser deixado sozinho, começa a analisar melhor o chicote com o olhar. Anteriormente o objetivo era usado nas mãos , nunca em outro lugar.

- Interessante... - O mesmo sorri ao falar isso para si.

Barulho é ouvido na porta, é Sebastian pedindo para que entre. Sua permissão é dada, ele trás uma receita italiana de café da manhã juntamente com o tradicional chá .

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