O apito do notebook soou baixo, e as pastas foram se abrindo uma por uma rapidamente. Sakura via apenas muitos arquivos cheios de textos e números, mas então as fotos começaram a tomar conta da tela.
Uma de cada vez, em grande velocidade, se abriram e estamparam a tela inicial daquele aparelho. O horror que sentiu em ver de relance uma imagem sobrepor a outra, era intenso. Puxou a alça de sua blusa para cima novamente enquanto se virava e sentava em apenas uma das pernas de Shikamaru, estava completa amedrontada.
Fotos das cenas dos crimes realizados por Gaara, com os detalhes e marcas que ele costumava deixar nos corpos e nas paredes de onde deixavam os corpos. Ele não tinha uma preferência, apenas fazia com quem lhe atravessasse o caminho.
Shikamaru respirou fundo e apertou forte a mão que permanecia em sua cintura, jogou a mão livre pesadamente em direção ao mouse. Arrastou as páginas para dentro de uma pasta separada em seu notebook, puxou o banco para mais perto da bancada e puxou seu corpo para mais perto.
Não havia nada a ser dito, aquele pendrive estava escondido em seu corpo e guardava um absurdo de imagens grotescas e nojentas. Tão horríveis que se sentia mal apenas por ter carregado isso em seu corpo, então uma última página se abriu, pairando em cima de um corpo, os cabelos vermelhos reluziam junto com as gotas de sangue que pingavam da faca que usava para marcá-los.
Seus olhos estavam fixos no no flash da câmera e brilhavam por puro ódio, Sakura duvidava que a pessoa que havia tirado aquela foto sobreviveu.
— Precisamos entregar esse pendrive para o juiz. — Ele quebrou o silêncio. — Ou apenas esperar que ele venha atrás disso e tentamos matá-lo. O que provavelmente seria impossível, já que, ele não costuma andar sozinho.
Sakura tremeu com a boca entreaberta, deixou o ar sair devagar enquanto ele puxava os cinzeiro e apagava o restante do seu cigarro. Não havia muito o que fazer além de saber o que Shikamaru decidiria fazer nessa situação, estava cansada de fugir e queria poder respirar e voltar para casa.
— O que faremos então?
Ele respirou fundo e passou as mãos nos cabelos, puxou o laço que prendia seu cabelo. Ele parecia cansado também e se sentiu mal por ser o motivo de estarem ali. Talvez se o procurasse e ela mesmo entregasse esse maldito pendrive, talvez tudo isso acabasse. Ele não deveria cuidar mais de suas costas.
— Vamos matá-lo. —Sakura suspirou. Ele puxou o dispositivo do notebook e o fechou, ajustou a perna suas pernas em volta de seu corpo e a puxou ainda mais para perto. Sakura respirou fundo e deitou em seu pescoço, Shikamaru abraçou suas costas e suspirou em seus cabelos. — Sakura, sabe que já não estou mais fazendo isso por causa do seu chefe, não é?
Por mais que tentasse não pensar nisso, sabia que havia crescido algo entre eles nesse tempo em que vinha protegendo sua bunda daquele louco. Ela mesma já sentia um ciúmes considerável por ele, e ele era tão bonito, com os lábios entreabertos enquanto a segurava firme em seu colo. Grudada em seu corpo como se fossem um, ele a olhava com expectativa e via a esperança que tomava o brilho de seus olhos escuros.
— Eu sinto algo por você, mas... não direi o que pode ser sem que essa missão termine, já que temos nossos sentimentos a flor da pele a todo momento. — Ele puxou um sorriso ladino e sabia que ele havia entendido suas palavras. — Então prefiro apenas aproveitar os minutos que temos completa paz.
— Você é minha, Sakura. — Disse segurando firme sua cintura. — E, quando tudo isso acabar, te levarei para longe de toda essa bagunça que sua vida se tornou. Te darei tudo o que tenho.
Sakura prendeu o ar, seus olhos brilhavam forte e não podia sustentar o ar. O peso que tomou seu peito a fez ofegar, ele poderia morrer tentando salvar sua vida e não queria que fizesse isso. Shikamaru se levantou segurando em seu colo, deu a volta no balcão e a deitou devagar sobre a cama.
Pela primeira vez desde que se entregaram a emoção e tesão que seus corpos sentiam, era como se precisassem ter aquele momento. Ele se debruçou devagar sobre seu corpo e a beijou devagar, tão lento que se tornou uma carícia. Não tinha ainda visto toda essa paixão em seus olhos.
Não havia aquela pressa que sempre se viam presos, ele deslizava as mãos lentamente por seu corpo e em vez de a apertar com força como sempre fazia, desceu beijando seu pescoço com calma. Os suspiros que brotaram em sua garganta eram fortes e se entregaria a ele da forma que quisesse.
Shikamaru puxou sua blusa devagar, com um sorriso ladino encarou seus olhos antes de descer com os beijos para um de seus mamilos. Já sensíveis, esperavam por seu toque. Ele sugou com calma enquanto beliscava o outro, arfou por tocar em seu corpo assim, era novo e estava adorando sentir seus lábios macios em sua pele.
Tirou seu short enquanto passava os labios para o outro lado, dando a mesma atenção, sugou e torceu o outro entre seu dedos. Sakura afundou seus dedos finos nos cabelos pretos daquele belo homem e gemeu, precisava de mais contato e ela a torturava com tamanha lentidão.
— Acho que te acostumei mal, já que tem sempre que me irritar a ponto de querer entrar em você com excesso de força. Só para calar sua boca esperta.
— Pare de me torturar, amor. Preciso de você dentro de mim.
Seus olhos tomaram um misto de emoção e confusão, foi a primeira vez que o chamou carinhosamente e sabia que naquele momento era necessário,— além de ser uma pura verdade. Ele não respondeu, apenas respirou fundo e sorriu como Sakura nunca havia visto antes. Ao menos, ela teve o sorriso mais bonito que ja viu antes de fazer o que tinha planejado em sua cabeça.
O queria, e, precisava de seus toques, gentis ou não. Só precisava dele. Já estava nua embaixo de seu corpo e isso não era novidade, ele tinha as mãos ágeis e costumava fazer isso. Sakura empurrou sua calça com os pés, não queria que esperasse demais. Ele apenas suspirou com sua ação e a ajudou jogando sua calça para longe. Puxou a camisa que ainda vestia com apenas uma mão e voltou a se debruçar sobre seu corpo.
— Eu preciso...
— Não, amor... Apenas me faça sua agora.
Ele sorriu e se encaixou lentamente entre suas pernas, entrou fácil em sua entrada já que sempre estava pronta para ele. Ele gemeu enquanto deslizava seu membro até o fundo, com seu corpo quente a abraçou como nunca havia feito antes e tomou seus lábios tão lento quanto suas investidas.
Ele estava amando seu corpo e entendia isso, Sakura estava se dando a ele como não havia feito antes. Tudo isso deixou o clima daquele quarto pesado, e o calor aumentava gradativamente e com força. Ele desceu seus beijos apenas para sugar a pele sensível de seu pescoço, Sakura gemeu e ele rosnou, segurou ainda mais firme em seu corpo e mordeu sua pele.
O contato a estava fazendo suspirar, seu corpo começou a apertar seu membro devagar avisando a chegada de seu orgasmo. Então Shikamaru voltou para sua boca e a invadiu, beijou e explorou todos os cantos que eram possíveis. Sakura explodiu apertando forte, Shikamaru gemeu rouco e a seguiu enquanto seu interior ainda o apertava. Suados e um tanto ofegantes, Shikamaru a puxou para se deitar em seu peito depois de se ajeitar na cama.
— Eu gosto do que temos, Sakura. — Beijou seus cabelos, enquanto acariciava seu braço.
— Eu também gosto, Shikamaru. — Se deixou aconchegar ali.
Não queria perdê-lo, então ela mesma iria resolver toda aquela situação de uma vez por todas.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Na Sua Mira - ShikaSaku
AçãoEle era puro mistério e vivia na escuridão e ela estava completamente perdida em suas sombras, só não sabiam se sairiam vivos.