correntes do tormento

Capítulo 2: Reunião

*pela manhã a luz do sol chegava nos meus olhos, eu todo torto no sofá acordava aos poucos, era cerca de oito horas da manhã e já havia algum pessoal acordado pela casa, fico meio sem jeito por ser um dos últimos a levantar, faltava o jenson mas ele sempre dormia demais, eu pego uma xícara de café aprecio o os poucos minutos que aquela paz durava, saio ligeiro daquele lugar com uma mochila vazia nas costas, o machadinha em mãos e a faca na bainha presa a minha cintura e um sorriso no rosto animado e talvez com algo há mais, claro que tomava várias precauções antes de sair como: ficar em silencio, averiguar o lugar antes de ir lá e é claro velocidade. Após algum minuto de caminhada chego no mercado, havia mais comida que eu esperava mas mesmo assim era pouca para todos e não tão variada, latas e pacotes enchiam minha mochila enquanto que cuidava para não ser mais do que eu conseguia levar, mando uma mensagem para o Jonathan avisando que tinha conseguido comida, ele vibra com tal notícia e aparentemente todos lá na casa também. O caminho de volta é tranquilo, como um passeio no parque só que com mortos vivos, acabo tendo que matar dois zumbis pelo caminho o primeiro foi meio difícil pois não tinha costume e matar alguém era novidade mas após sentir a sensação de matar alguém por mais morto que já estivesse eu me sinto tão feliz e satisfeito, só não matava mais pois meu estado físico não era para tanto e para sobreviver você precisa poupar esforços para as emergências, quando chego na frente de casa vejo que a porta estava aberta me da um frio na espinha, logo largo a mochila em um lugar seguro que saqueadores não achem e vou andando com cuidado para dentro da residência, com medo eu vejo lá logo de cara o pai de jenson rasgado ao meio no chão, abro a porta do quarto do jenson e não vejo ninguém, vou nos quartos, cozinha e até banheiro mas nada, meu medo era grande mas precisava seguir adiante para achar minha única salvação. Após olhar pela casa toda e matar dois zumbis que não eram nenhum deles, eu respiro aliviado vendo que haviam fugido, mas sem carro nem comida seria difícil sobreviver, até mesmo com o jenson ao lado deles, tento pensar para qual lugar o pessoal iria, consigo pensar em uma escola mas os muros eram pequenos, talvez uma casa grande? Naah. Enquanto carrego o carro com comidas e suprimentos penso como chegaria neles.*

_jack_
-ei... Não é como chegar neles mas sim sair... Eles irão sair dessa confusão? é isso!!!

*sorrio comigo mesmo vendo que eu não era tão burro assim quanto parecia. Após algum tempo tentando aprender o básico de dirigir eu mando o lindo e famoso foda-se e arranco  com o carro, quase batendo na primeira curva mas logo aprendendo o mínimo para sobreviver. Após alguns minutos percebo que não iria chegar no metrô pois estava perdido, e é claro a 10 km/h seria ridículo procurar por eles, mas era a velocidade que eu sabia dirigir, por destino do mundo eu chego no centro e lá paro o carro e pego um mapa, me empolgo um pouco e sem querer acelero demais, assim, batendo o carro em um poste, não tive a sorte de morrer mas doeu bastante, assim que percebo a cagada saio correndo do carro, pois lá seria um chamariz para muitos zumbis, entro numa pequena loja já com a faca em mãos e a lanterna do celular.*

_jack_
-to muito morto, ha... Ha.

*falava com um nervosismo e suando frio, para piorar escuto ruídos de algo*

_jack_
-quem tá aí? Aparece se for humano e sai daqui se for outra coisa por favor...

*falava meio baixo agachado por causa do medo, ficava bem mais cauteloso, sabendo que poderia ser pego por um zumbi e morto em poucos segundos, eu seguro firme minha faca, ando a passos suaves ouvindo tudo ao meu redor, a loja estava revirada, havia um pequeno corredor diretamente indo ao balcão, umas prateleiras de CDs e DVDs derrubadas ou quebradas pelo caminho, vários CDs pelo chão e iluminação mínima quase um breu total. Após eu chegar no balcão e ver que havia um corpo atrás do mesmo, espero um pouco para ver se aquele ou o atacante iria tentar algo contra mim, vejo que pelo menos o dono do lugar que eu quase não reconheci, com aquela sua face toda rasgada e quebrada, tinha uma espingarda, fico animado e tentado a pegar a arma, mas logo uma lembrança passa em minha cabeça, de um dia que eu e Jenson falávamos sobre os jogos de sobreviver a um Apocalipse, ele realmente havia me dado uma dica útil para sobreviver "nunca pega armas que você não pode usar ou muito barulhentas" sorrio a me lembrar daquilo tudo e penso comigo, aquela espingarda além de quebrar meu braço com o coice do tiro iria chamar mais zumbis com o barulho, escuto um ruído ao longe, era dois humanos adultos perseguindo uma garota com um vestido bem rasgado provavelmente por eles, ela acaba entrando correndo e chorando naquela loja, eu apago rapidamente minha lanterna e chego atrás dela a puxando por trás com a mão na boca dela.*