CAPÍTULO VINTE E UM

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CAPÍTULO VINTE E UM

ANO: 2050

Luanda: 22:58

Quarta-Feira

Micael Tchilomba

A luz iluminava o corredor por completo. Havíamos criado duas colunas de pessoas, uma estava na direita com dez homens no total e uma na esquerda com dez homens no total. Eu estava no meio entre os dois militares na parte de frente. Minha pistola e as armas de todos homens naqueles corredor apontavam para um único sítio "a porta do elevador" meu coração batia forte, a ansiedade era enorme. Todos estávamos a espera do momento que aquelas portas se abririam. A partir do painel de controle do elevador nós víamos em qual andar ele estava. Andar 3, ajustamos nossas armas o coração começou a bater mais forte. Andar 2, finalmente apanharemos esse filho da put*. Andar 1, Silêncio total pois o grande momento chegou.

As portas se abriram, mas não havia ninguém dentro do elevador.

– Osíris! – Gritei. Nós já sabemos que tu és o vilão, então não precisas se esconder. Homens enfrentam seus problemas e não fogem deles. Seja homem e venha me enfrentar.

– Você não pode pedir a um Deus para ser Homem. Homens pensam pequeno, Deuses pensam grande. – Vi ele se expor para nós, estava de cabeça para baixo com os pés presos na parte de cima do elevador. Sua cruz pendurada no pescoço balançava pelos lados e em suas mãos, estava o seu "Pensar grande" Uma bazuca. – BOOM!- Apertou o gatilho e disparou contra nós, atingiu o chão perto de nós. Uma explosão surgiu e levou todos pelos ares.

Caí no chão e bati com a cabeça, o corredor todo estava dominado pela fumaça e não dava para enxergar nada.

Ele começou a fazer disparos e os homens a minha volta caiam que nem cubos de voleibol. Me abaixei, fiquei deitado no chão e tentei perceber de onde vinham os disparos dele. Vinham de todos os lados possíveis, quando dei por mim todos homens a minha volta estavam no chão. As balas na arma dele acabaram, olhei para frente e lá estava ele em pé.

Manipulei minha pistola e levantei, apontei para ele. Com eficácia e rapidez ele agarrou arma com a palma da mão esquerda desviou de seu rosto e eu fiz um tiro. Com a mão direita desmontou a minha arma ainda em minha mão. Apertei o gatilho sem perceber e só se ouvia um som seco.

Ele me acertou com uma cabeçada, recuei e puxei o braço dele para perto de mim. Fiz uma queda e ele estava no chão. Fiquei em cima dele e comecei a golpear o rosto dele com os punhos: uma, duas, três. A quarta ele travou e voltou a me acertar com a cabeça. Eu caí pro chão, vi uma arma atrás de mim jogada no chão, ele viu a minha que havia terminado de desmontar. Correu em direcção a minha e eu a outra. Ele alcançou primeiro e começou a montar, quando eu alcancei a arma manipulei e me virei mas ele já estava com a outra montada apontada pra mim. Lá estávamos os dois, apontando a arma um para o outro.

– É aqui que eu venço. – Disse ele.

– Não, é aqui que homens provam ser maior que deuses. – Falei. Em seguida bati com os pés no chão duas vezes. As portas dos quartos do corredor se abriram, homens armados sairam delas e apontavam suas armas para cabeça dele. – Touchê!

– Tira sua máscara, agora. – Ordenei. Ele deixou cair sua arma e levou as mãos a cabeça retirando a máscara em movimentos lentos.

– Meus parabéns, Micael. – Disse ele depois de retirar toda máscara de seu rosto. Era ele, Osíris Kandimba. Eu queria tanto enfiar uma bala na cabeça dele naquele exacto momento. Um dos militares se aproximou dele e apagou ele com o cano da arma na nuca.

O VILÃO NÃO MORRE NESTE LIVROOnde histórias criam vida. Descubra agora