capítulo três

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A única coisa que rondava a cabeça de Evalin, era como encontraria a sua mãe, já havia vasculhado todo o quarto à procura de pistas, mas nada era significativo naquele momento

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A única coisa que rondava a cabeça de Evalin, era como encontraria a sua mãe, já havia vasculhado todo o quarto à procura de pistas, mas nada era significativo naquele momento.

"Talvez ela apenas tenha saído para as compras, em breve ela vai entrar pela porta".

Mas as coisas não tinham acontecido dessa forma, sua mãe não havia saído, ela tinha sumido bem na sua frente, e nenhum físico inteligente o suficiente explicaria aquilo, nada poderia decifrar os acontecimentos do dia anterior.

Ela acordou assustada, uma voz dizia que ela deveria procurar abrigo na corte noturna, e ao tentar acender a luz, era como se as sombras estivessem tentando deixar um recado. Mas óbvio, aquilo era uma coisa impossível de se acontecer, ela só poderia ser uma louca se pensasse assim.

Seu coração a dizia pra escutar o que estavam tentando dizer, mas o cérebro era cético, não abriria mão da ciência pra acreditar no impossível, não quando a mãe havia desaparecido. Todavia alegre é aquele que escuta o que o coração tem a dizer, por mais irreal que suas ideias pareçam.

Foi dessa forma que a garota descobriu uma caixa debaixo da cama de sua mãe, lá havia uma pequena vela e uma carta endereçada à Suzan. Não custaria nada lê-la, sua mãe não estava ali para repreendê-la, e talvez, aquele fosse o único meio de salvá-la.

"Suzie, acenda a vela e me procure na Corte Noturna, Rhysand pode ajudá-la"

Não sabia quem aquele homem era, nem a ligação que tinha com sua mãe, ou como entraria em contato com ele, e acender uma vela? Aquilo seria interessante de assistir se não estivesse nervosa demais pra perceber as falhas no seu plano.

As pessoas costumam ter atitudes insanas quando não estão pensando direito.

‒ Tudo bem, a vela está acesa, então eu só devo dizer Rhysand na Corte Noturna? ‒ Evalin se questionou, mas nada aconteceu ‒ Talvez eu deva repetir.

Ela fez isso muitas vezes, mas não obteve resultado.

‒ Não posso ter acreditado num bilhete e numa vela idiota ‒ reclamou e apagou a vela

Mas a garota não sabia que apagando aquela vela, estaria entrando na maior aventura da sua vida.

Ela não sabia como, mas estava num casarão e um grupo de pessoas a olhava assustada, e eles estavam fantasiados? Não era época de haloween, mas talvez ela tivesse tido um surto e invadiu algum tipo de encontro de nerds, ou talvez fosse algum tipo de seita estranha que o homem usava asas gigantes nas costas, e tinha que admitir, o material das fantasias era tão real que até as orelhas de elfo pareciam de verdade.

Para a tristeza de Evalin, nenhuma de suas suposições estava correta, mas a mulher de cabelos negros e olhos com orbes prateadas sorriu e a abraçou, o que mesmo para os outros membros presentes era um espanto.

‒ Ainda lembro de quando era um bebê Evalin, mas veja, está uma garota crescida ‒ Amren estava emocionada, a garota a sua frente, se parecia tanto com a amiga, mas ainda assim, tinha o mesmo olhar incrédulo do pai ‒ sou amiga da sua mãe, me chamo Amren, venha, sente e beba conosco.

‒ Então, ainda não entendo, como chegou aqui? ‒ perguntou o homem de olhos violeta, ele era uma figura oponente, provavelmente, era o líder ali.

‒ Eu esperava que vocês me dissessem como consegui chegar aqui, não vejo minha mãe há três dias, ela desapareceu da nossa casa ‒ a garota falou ‒ foi como mágica, em um instante estava ali e no outro não estava mais, mas isso não é lógico o suficiente.

‒ Está conversando com pessoas de orelhas pontudas e asas na maior naturalidade e acha o desaparecimento da sua mãe sem lógica? Me diga, o quanto sabe sobre Prythian, feéricos e magia? ‒ o homem retrucou, mas Evalin não sabia se era sarcasmo ou incredulidade.

‒ Não fale assim com ela Rhys ‒ a outra mulher, parecia ser mais jovem que todos, tinha os cabelos loiros e lindos olhos azuis ‒ Venha comigo, creio que foram dias cansativos para você.

A mulher encaminhou a garota para um belo quarto azul com detalhes prateados, aquilo a lembrava estrelas cadentes, suas paredes pareciam ter sido pintadas por um artista, era possível ver as emoções de cada pincelada. Era tudo muito bonito, mas Evalin estava incrédula mais uma vez, nada fazia sentido agora, o que era real e o que não era?

‒ Peço perdão pela forma que meu marido agiu, Rhys está bastante estressado desde que descobriu que vamos ter um bebê ‒ falou ‒, mas de qualquer forma, quero que se sinta à vontade em nossa casa, faremos o possível pra ajudar a encontrar sua mãe.

‒ Agradeço a hospitalidade, e bem, parabéns pela gravidez ‒ Evalin sorriu, mas não falou sobre a mãe, estava se tornando um assunto delicado ‒ Desculpe, mas não lembro de ter escutado seu nome...

Me chamo Feyre, e sinto que seremos boas amigas ‒ a moça a frente era sincera ao falar ‒ descanse Evalin, o amanhã será cheio de surpresas.

Feyre a deixou sozinha, e sob o olhar do céu noturno, se sentiu acolhida e segura.

Naquela noite ela olhou as estrelas e elas olhavam de volta como um conforto, a lembrando que nada daria errado se permitisse sonhar.

A Grã-Rainha PerdidaOnde histórias criam vida. Descubra agora