CAPÍTULO 10

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Ben


Logo que deixei a Luna na fazenda com Tonico, fui ver como estava meu amigo Trovão que para minha tristeza, parecia ainda mais abatido do que antes, me aproximei de meu amigo alazão, negro como a noite, seu modo de me fitar parecia implorar por algum tipo de ajuda. Me cortava o coração aquele olhar tristonho, vindo de um cavalo tão ativo quanto ele.

— Oh meu amigo, não se entregue, reaja. Não posso perder você Trovão, seria como se perdesse meu pai pela segunda vez.

Digo acariciando seu flanco, sua respiração alterada me diz que realmente meu cavalo está pior do que cedo. Preciso de ajuda urgente ou o perderei, se ao menos a diaba da Luna não tivesse sido tão... tão...

Solto um bufo contrariado, rememorando sua atitude. Porra, estava tudo tão magnífico, aquela mulher deliciosa toda aberta e esparramada sobre aquela mesa, a sensação de meu corpo dentro do seu. Oh porra, basta a lembrança para que esteja duro feito pedra de novo.

Mas aquela boca doce e inteligente tinha que estragar tudo.

Fico vagueando por meus pensamentos por tanto tempo que nem percebo o adiantar das horas, só quando ouço burburinhos se aproximando, então me levanto de onde estava junto ao Trovão, e percebo que a diaba deliciosa se aproxima juntamente com Florzinha e Tonico, mas que diabos. Eu não pedi para que meu amigo a levasse as fazendas, ou eu me perdi em pensamentos e não percebi o tempo passar e já estão de volta?

— Ben, o Tonico está te procurando com essa aqui.

Diz Florzinha com um deboche nada discreto, erguendo o queixo para Luna que me olha com desconfiança ou algo semelhante a culpa.

— Tonico, mano, por que você não levou a doutora aí para ver os animais dos outros fazendeiros?

Questiono sem dirigir meu olhar para a maldita que está calada desde que chegaram, me nego a olhá-la, ou não responderei por mim. Antes que se aproximassem, tive que mentalizar algo muito sinistro para aplacar o tesão que pensar na diaba de trança me causou, isso ou ela perceberia o quanto sua presença mexe comigo e com minha libido.

— O que diabos está acontecendo, homem? Nós já fomos e voltamos, as fazendas que faltam visitar, ficaram para após o almoço.

Maldição, como não pensei nisso? Terei que a convidar para almoçar na fazenda?

Pronto, agora tenho que pensar novamente na cena horrenda do Manoel– outro de meus funcionários da fazenda – de cueca, meias e chapéu de cowboy, foi a coisa mais terrível de já ter visto, o cara estava bêbado que nem um gambá e chorava feito uma criança pela mulher que o abandonou quando ele a pediu em casamento para ir embora para Santa Catarina, o cara bebeu tanto que tivemos arrastá-lo pelas vielas da cidade, ao chegar no rancho, tirou toda a roupa dizendo que ia tomar banho no riacho próximo, no entanto a única coisa que conseguiu foi quase morrer afogado pelo próprio vômito.

Impetuoso Amor/ NA AMAZONOnde histórias criam vida. Descubra agora