Destinos Entrelaçados

capitulo três, Heros.

"Você tem que pensar que nunca está errado... você vive o
que aprende."
Linkin Park

Acordo meio sonolento com batidas na porta, levo um tempo para me situar.

— Senhor, você já está atrasado, vi que o senhor bebeu muito ontem depois que chegou, e então
vim para acorda-lo.

O que eu falei sobre ela ser eficiente?

— Obrigado Anita, só vou tomar um banho e já estou descendo.
— Ok, Senhor.

Eu não lembro de exatamente quase nada de ontem a noite, depois que sai do hotel lembro que cheguei aqui e por alguma razão tomei uma garrafa
e meia do meu bourbon, não sei que milagre estou acordado ou melhor nao sei para onde foi a costumada ressaca, mas enfim que bom, por que o que não me falta aqui é trabalho.

Levanto devagar meio tonto e ando até o banheiro, tiro a roupa pego a escova o creme dental e escovo
os dentes, depois ligo o chuveiro e entro debaixo da água, minha cabeça dói não sei por que toda vez
que algo sai do meu controle eu corro pros meus vicios na intenção de sair da real, e até funciona, mas no outro dia os problemas são os mesmos a
minha vida de merda é a mesma nada muda.

Não sei quanto tempo fico aqui imerso em meus pensamentos só sei que fazem horas, desligo o chuveiro pego a toalha e vou para o meu closet me arrumar, e fico parado olhando para uma foto pendurada no auto da parede em um quadro enorme, minha mãe linda sorrindo para algo, tão
genuína e delicada, não merecia o final que teve, não merecia a vida rodeada de podridão em que vivia, não sei por que dentre todos os quartos desta casa, que não são poucos, escolhi logo este onde a
minha mãe sofreu tanto... eu não sei o nivel de masoquismo de vocês mais o meu é este aqui, durmo e acordo todos os dias no lugar onde a pessoa que eu mais amava sofreu tanto.

— Se lamentar não adianta Heros.
Aquela vozinha...

Abro a gaveta de cuecas, e pego uma box preta escolho meias pretas e o terno também preto, e começo a me vistir, acho que nada em mim não
está preto, até o meu coração está preto de ódio e raiva, pego o perfume xeringo e o coloco no lugar,
saio do quarto, desco as escadas e vou para a cozinha, a mesa como sempre já está posta, não vejo necessidade de ter tanta comida na mesa só
para uma pessoa comer, mas aqui a Anita manda e desmanda, diz que eu mando na porra do mundo e no resto da casa, mas eu nao posso me meter na cozinha dela.

É até engraçado Anita me falando
isso, ninguém me da ordens e mesmo que me dessem eu não acataria .
Ela coloca meu café e começo a tomar.
— Humm este café está saboroso.
— Impressão sua filho, está igual a todos os dias.

Pouco me importa este aqui hoje para mim está melhor.

Deixo de amolação me levanto e sigo para o escritório, hoje tenho que ligar para saber notícias de Dome e Viviane, pedi que ela me ligasse assim
que chegasse a Rússia, e até agora Viviane não me ligou, como eu disse que era para ela fazer.

Pego o telefone disco o número e logo começa a chamar, cai direto na caixa postal o celular de Dome, que estranho o imbecil nunca deixa o
telefone por longe ou descarregado.
Tento o de Viviane e nada também, o que é mais estranho ainda, tento e tento mais não da em nada.

Minha cabeça está a mil por hora, imaginando um milhao de coisas que possam ter acontecido.
— Augusto.
O chamo e ele logo aparece.
— Sim, chefe.
— Chame agora mesmo o Enzo diga para vir o mais depressa possível, e também chame o Henrique, quero os dois aqui o mais rapido possível.
— Já estou os chamando chefe.
— Augusto, você acha que aconteceu algo com o imbecil do Dome? Eles não avisaram que chegaram lá.
— Sabe o que eu acho mesmo senhor? É que o senhor Dominic está se divertindo por lá, e desligou o telefone, por que sabia que o senhor ia querer falar com ele.
— Filho da ... Que raiva daquele inseto. Tudo bem
__Augusto era só isso, assim que eles chegarem os traga até mim.
— Sim Senhor. Fala já se retirando.

Sozinho e com a cabeça a mil, levanto e vou até a lareira, aperto o botão que abre a porta secreta onde ficava a sala de cerimônia, onde eu deixo o
Thanos, entro e me aproximo devagar, logo que me percebe vem correndo para cima de mim.
— Calma ai amigão, como você está? Desculpe te deixar sozinho por todos esses dias aqui com aquela coisa bizarra ali.

Aponto para a caixa onde fica guardada a foto que tirei no dia da morte do meu pai.

Ele me lambe e não para de abanar o rabo para mim, já estou encharcado de baba.

Thanos é um pitibull mosnter, lindo majestoso tem os olhos mortais, ele definitivamente é um Deus, uma fera cruel e desumana, ele fica preso aqui por que ja vi ele estraçalhar pessoas, assassinar cruelmente suas vítimas que foram parar em suas mãos ou melhor patas por merecerem, ele só
obedece a mim, somente eu posso me aproximar dele, acho que ele reconhece o perigo em mim, o mesmo que emana dele emana de mim somos
parecidos na crueldade, na irracionalidade quando o perigo está proximo.

O deixo grunindo por ficar só, e saio fecho a porta e ando até minha poltrona, sento e não demora
muito Augusto bate na porta.
— Entre.
Ele entra e logo atrás dele Enzo e Henrique entram em meu campo de visão.
— Sentem-se.
Ordeno, e eles fazem o que mandei.
— Tem um cara ai procurando coisas onde não deve, mechendo onde não se deve. Se chama Félix, ele anda muito muito curioso sobre mim e eu
realmente agora estou querendo conhece-lo.

Chamei vocês aqui por que são os melhores no que fazem, e quero saber tudo sobre ele, o sobrenome o que faz o que tem eu quero saber tudo, até
quantas vezes ele vai despejar a merda que produz no banheiro, estão me ouvindo? Eu quero tudo não
deixem passar nada.
— Tudo bem chefe, mais alguma coisa?
— Sim eu quero saber a localização exata do meu irmão, com quem está, onde está, tudo!.
— Ok, até o fim do dia já teremos respostas.
— Bom.
Fico preso no escritorio até o fim do dia, nem vi as horas passando, quando não estava assinando
papéis estava preso dentro da minha cabeça criando uma imensidao de teorias para tudo que está acontecendo, estava tudo sob controle e em um passe de magica começa tudo a dar errado, ouço batidas na porta, deve ser Enzo com as informações que pedi.
— Entre.
A porta se abre e é Anita com uma bandeja de comida.
— Você não saiu deste escritório filho, precisa comer alguma coisa.
Sempre tao prestativa.
— Obrigado Anita, deixa ai em cima eu já vou comer, pode sair.
Ela balança a cabeça e sai, assim que ela sai vejo passando por ela meus homens, que logo entram e
fecham a porta.

Não estão com a cara muito boa as coisas irão piorar eu sinto, sempre que algo ruim vai acontecer eu sinto.
— Senhor aqui está tudo que me pediu.
Ele entrega um dossiê. __O nome dele é Félix Ferrara, Senhor.
— Como assim, eu quero saber o por que esse infeliz não está morto como o meu pai.
— Nicolau não quis matar o pai, como o senhor fez.
— Ele nunca gostou desse velho, não entendo o por que dele ter mantido o velho.
Isso só piora.
— Parece que tem haver com uma moça muito bonita que pertence ao velho, senhor parece que eles tem algum tipo de acordo, o velho mata e
morre por essa tal moça e então é por isso que está vivo até hoje, mas parece que a moça tambem interessa o filho, e os dias do velho estão contados,
é por isso que ele está contactando a mafia Rússa.

E sobre o senhor Dominic, descobrimos que ele estava querendo o que não podia, e tocou no que
não devia senhor, então o pegaram. O nome dela e Jasmine Ferrara, Félix estava a usando como moeda de troca para conseguir uns trabalhos, como a moça é muito bonita ele praticamente a deu para Geovan Koviek, Dominic está sob os dominios do mesmo
por tocar na moça só isso que descobrimos senhor.
— Tudo bem, podem se retirar, e reunam nossos
melhores homens, nossos melhores francos, partiremos amanhã bem cedo para a Rússia.
— Certo, chefe.

Eles saem fico sozinho mas minha cabeça não para, Dominic filho da puta, desculpe Mamma mais é que
esse seu segundo filho não colabora, tinha que ir colocar as mãos justo no que não lhe pertence? E quem será essa moça que é tao desejada por eles,
e causa intrigas entre pai e filho? Muitas perguntas poucas respostas, mas as terei amanhã.

E depois que recuperar aquele inseto vou lhe ensinar a fazer somente o que eu mandar e voltar para casa.