Em mais um dia agradável na cidade de Seul, Yeonjun sai de seu apartamento acompanhado de um humor não tão agradável.
Praguejando mentalmente insultos ao seu vizinho e seus amigos barulhentos, que chegaram nada discretamente ao andar compartilhado e despertaram Yeonjun de seu sono sempre tão leve.
O Jovem garoto decidiu então, ir logo para a faculdade, ainda que faltasse muito tempo para sua primeira aula do dia. Caminhou pelo belo campus do lugar já tão familiar, ainda carregando consigo a irritação adquirida mais cedo.
O sol fraco da manhã refletindo suavemente pelo gramado que decora o espaço aberto reservado para os estudantes de diversos cursos, alguns deles sentados nas mesas espaçosas de piquenique bem distribuídas pelo local, outros reunidos em grupos jogando conversa fora.
E é quando Yeonjun olha ao redor, ele avista Choi Soobin, o responsável pelo seu mau-humor, junto a uma roda de pessoas animadas demais para tal horário da manhã.
Sem saber sobre os olhos irritadiços do vizinho pousados sobre si, Soobin continua a rir com seus amigos e colegas. Assim a hora passa, todos vão para suas devidas aulas e retomam suas próprias rotinas.
O sol já perdeu sua força mais uma vez quando Yeonjun retorna para seu prédio, exausto depois de uma seção de aulas que exigiram mais dos seus neurônios do que ele imaginava ser possível.
Ele sempre soube que cursar engenharia não seria uma tarefa fácil, mas ainda assim seguiu suas ambições e escolheu o curso que realmente queria fazer, então mesmo com todas as dificuldades Yeonjun não se arrepende de suas decisões.
E com esse pensamento o garoto adentra no elevador, porém logo dá de cara com o rosto ligeiramente surpreso do seu vizinho não tão querido assim.
Todo o rancor por seus momentos de sono roubados e toda a antipatia acumulada pelo garoto, rapidamente atingem Yeonjun e ele logo fecha a cara.
Soobin sempre soube que seu vizinho nunca gostou dele, embora não entenda o por quê, o que o deixa muito frustrado. Ainda assim ele tenta uma aproximação, frágil e insegura.
— B-boa noite
No entanto o garoto, agora de expressão fria e postura levemente intimidadora, não retribui o cumprimento.
No auge da sua falta de jeito, Soobin fita os próprios pés e a viagem de elevador é feita em completo silêncio. Misturada a indignação, raiva também começa a crescer em seu coração. Ele não entende, o que diabos fez para que Yeonjun não gostasse dele?
O desconforto de ambos apenas tem fim quando entram seus próprios apartamentos, e um suspiro escapa dos lábios de Soobin.
Horas depois, um barulho incomum no pequeno prédio ecoa pelas paredes de mármore do andar compartilhado pelos Choi. Ambos os garotos esperam que os pais da criança venham a acalmar, mas isso não acontece.
Após o choro incessante ser ouvido por quinze minutos, Soobin decide sair de seu apartamento ver o que estava acontecendo. O garoto se depara com a visão das largas costas de Yeonjun, que se encontra agachado fitando algo que o mais novo não conseguiu ver.
Movido pela curiosidade ele se aproxima, logo mirando seus olhos em uma cestinha envolta em uma manta rosa. Abaixado mais a frente Yeonjun também observa a criança se esgoelar, porém com um pequeno bilhete nas suas mãos.
Yeonjun, ainda abaixado, vira o rosto na direção de Soobin assim que percebe sua presença, enquanto simultaneamente diz.
— Então quer dizer que você tem uma filha... Ela é muito fofa, mas por favor a faça parar de chorar.
— O que?! — pergunta o mais novo, após algum tempo processando as palavras de Yeonjun — Eu não tenho filhos!
— hm? — ele franze o cenho em estranhamento, logo se levantando e estendendo o bilhete para Soobin — como não?
O mais novo pega o bilhete da mão do vizinho e sua face se contorce mais ainda em confusão quando o lê.
"Por favor cuide da nossa filha por um tempo, Choi. No momento não tenho condições de ficar com a Yurin, mas juro que voltarei para busca-la em breve."
- BDH— Mas essa criança não é minha! — o garoto exaspera, começando a entrar em desespero.
— Tem que ser, afinal nós somos os únicos Choi do prédio... — Yeonjun diz, enquanto acaricia suavemente a criança para que se acalme.
— Eu juro que ela não não é minha, Yeonjun-ssi!
— Hey... — a feição do mais velho metamorfoseia entre irritação e impaciência quando seus olhos miram os de Soobin — isso não é nenhuma pegadinha sua e dos seus amigos babacas não, né? Porque se for, é muita crueldade com essa criança.
— Claro que não! Quem diabos se diverte vendo uma criança em prantos?!
— Mas então se a criança não é sua, de quem é? — murmura um Yeonjun confuso.
— Não é óbvio? Sua.
— Impossível — ele diz, impassível.
— Como pode ter tanta certeza? — Soobin questiona enquanto apoia o corpo na parede e fita o rosto rechonchudo do bebê.
— Porque eu sou gay.
— Oh... — murmura sem jeito.
— E você, como pode ter tanta certeza que não é sua filha? Você pode simplesmente ter passado da conta algum dia e não se lembrar.
Ele nega com um movimento de cabeça
— Não me envolvo tão fácil com as pessoas. E também não conheço ninguém com as iniciais BDH.Yeonjun joga sua cabeça para trás, junto a um suspiro cansado. Ele analisa o rosto corado e marcados por lágrimas da pequena Yurin, o que fará?? Ele se pergunta.
Se passam alguns instantes silenciosos, exceto pelos grunhindos da criança que clama por atenção. Derrepente Yeonjun se põe de pé e toma Yurin nos braços, instantaneamente atraindo a atenção do mais novo.
— Venha, eu não tenho como fazer isso sozinho. Como não dá pra ter certeza de nada, a responsabilidade é de nós dois.
Yeonjun adentra em seu apartamento, deixando a porta aberta para Soobin, que logo segue o mais velho após um assentir hesitante.
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Oii, espero que possam dar muito amor pra essa yeonbin aqui, a ideia é ser um fluffy bem comédia.
O tamanho médio dos capítulos deve ser esse, bem curtinhos e dinâmicos msm.
Alguma teoria sobre de onde saiu a Yurin, ou sobre o que vai acontecer com ela??
Beijos e até a próxima att, que não vai demorar porque tenho capítulos prontos <3
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Surprise Box! • yeonbin
FanfictionOs vizinhos Choi não tinham lá a melhor das relações, mas são forçados a mudar isso quando ambos escutam um barulho incomum no andar que dividem, se vendo sem saída a não ser colaborarem. ❝ O mais novo pega o bilhete da mão do vizinho e sua face se...