Broke me first

Pai ?

J- ham, okay eles são irmãos primos quem sabe ? Qual o problema?

M- eles não são parentes, ele só estava na casa dela com a família dela, e não era só isso, eu vi...

J- o que ?

M- os olhos, a maneira como se olhavam, aquilo não era fraternal, tinha mais.

M- eu fiquei louco, já que ela tinha vergonha de me apresentar pra sua família. Tivemos uma discussão e eu quase lutei com robby por isso, ela não gostou nada, eu tentei de tudo mas acho que é isso, ela não quis.

J- essa menina, é a Sam não é ? A da aula de inglês.

Miguel olha pros lados parecendo constrangido.

M- sim, como soube ? Quem te contou ? Os rumores são tão rápidos assim ?

J- ninguém me contou, eu vi.

M- o que você viu exatamente ?

J- os olhos, eles nos entregam não é mesmo, vi como você sempre a busca com olhar.

M- não sei do que está falando, eu tenho a tory agora e no fim das contas acho que ela nem está com ele, não sei o motivo pra ele estar lá, acho que ele
Trabalha na loja do pai dela, eles devem ser próximos, bom mesmo assim não me
Importo como disse tenho a tory.

Ele disse isso com uma confiança exarcebada, o que era claramente falso.

J- você não superou a sam, isso é claro, não que você não gosta da tory só não é o mesmo com a sam.

Miguel tenta falar mas parece nervoso, eu o interrompo.

J- escuta, tá de boa, isso não sai daqui mas devo dizer, se você gosta mesmo da sam, precisar terminar isso com a tory, ela é uma garota legal (eu acho) ela não merece isso.

Ele me olha parecendo perdido

J- vamos precisamos ir pra casa, tenho que me arrumar pra aula no dojo, te levo pra casa.

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Algumas semanas se passaram e posso dizer que estou adorando essa coisa de karatê, e eu realmente levo jeito, consegui me destacar mesmo sendo novata, o que é ótimo, mas Miguel parece cada vez mais perdido, continua com tory e parece tão distante quando está com ela.

Quanto a robby nos esbarramos por aí algumas vezes, e posso dizer que somos amigos mas ainda sim toda vez que olho pra ele consigo sentir as malditas borboletas.

Sempre que estamos juntos eu tento descobrir, o que ele tem com a sam, se ele gosta dela, mas ele parece tão fechado com sua vida pessoal, talvez esteja sendo paranoica e ele só não quer se abrir pra uma garota que acabou de conhecer.

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O torneio regional se aproxima cada vez mais e eu queria muito, muito participar mas acho que cheguei tarde demais no Dojo pra ser inscrita, tentei falar com sensei mas ele disse que não poderia, mas não vou desistir fácil, ele mora no apartamento ao lado de Miguel e hoje vou passar lá, preciso convencê-lo, sei que algo pode ser feito!

Assim que chego no local escuto vozes altas, parece uma discussão vindo do apartamento do sensei, uma delas me parecia um tento familiar, mas não conseguia ouvir com tanta clareza, então me aproximei da porta e pude ouvir melhor.

- ME DEIXE EM PAZ PAI, SE É QUE POSSO TE CHAMAR DISSO, VOCE NEM SABE O QUE ESSA PALAVRA SIGNIFICA, NUNCA ESTEVE AQUI E AGORA QUER MANDAR EM MIM, QUER AGIR COMO ALGO QUE NUNCA FOI...

E então ouvi a voz do sensei

- olha só garoto eu errei sei que errei, isso me mata todo dia.

- NÃO VENHA COM ESSA

Sensei - só me escute, não quero que acabe com sua vida e termine como eu, você precisa ir pra escola, onde está sua mãe ?

- minha mãe ? Provavelmente  em algum país enchendo a cara, não a vejo tem semanas fui despejado do apartamento, tive que me mudar, você não da a mínima, e não pode me
Obrigar a fazer nada, você nunca foi um pai, então não de uma disso agora.

A porta se abre tão forte que faz um estrondo e me assusta, então eu olho em direção a porta e fico sem reação.

J- robby ?