Quando percebi que Deuses são mundanos, tanto quanto aqueles que se submetem a eles, decidi não mais servir ninguém;
Não servir Deuses, muito menos humanos tolos;
Aprender a absorver sem me tornar;
Não escutar mais as coisas pelo aquilo que elas são, e sim por aquilo que elas buscam.
Tudo é humano.
Tudo vacila.
Tudo quer mais.
Tudo se cobra.
Tudo se guerrilha.
Eu fugi da minha realidade, não queria ser igual as pessoas em minha volta;
Mas tudo que age, acaba buscando a mesma coisa, tudo se torna igual.
Caso me baterem e eu revidar, me torno igual;
Caso me baterem e eu não revidar, me torno igual;
Caso me baterem e eu fugi, me torno igual
Caso eu saia antes de me baterem, fugindo do contato e desse questionamento, eu me torno igual.
Refletindo sobre, agora acho que consigo entender o porquê de alguns dos meus irmãos permanecerem naquele lugar, mesmo que na maioria das vezes seja tão sufocante;
É que é melhor um inferno que te enxerga, do que um paraiso solitário.
A arte nesse ponto é a nudez de um corpo nublado em melancolia;
A angústia é o sentimento que torna a poesia leal, pois é o mais verdadeiro e faz o ir contra o que repúdio.
Tudo que falo é arte
Tudo que falo é verdadeiro
Tudo que falo me machuca
Tudo que falo me move.
Singularizando, tudo sou eu.
