Quatorze

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Já se aproximava do horário do almoço quando eu e professor Slughorn terminamos de analisar todos os nomes que tiveram acesso aos ingredientes necessários para preparar a amortentia. Deu um baita trabalho, porque, além de serem muitos dias, tivemos que selecionar os nomes que coincidiam entre todos os elementos.

— Senhorita Black, — ele me chama, com o pergaminho que usamos em mãos — temos dois resultados. Creio que saberá quem foi o culpado assim que vir.

Como eu esperava, Elena Nielsen era o primeiro nome na página. Pelo menos desta vez ninguém poderia me chamar de maluca. Para minha surpresa, entretanto, o outro nome não era de uma garota, e sim o de Cedrico. Mas isto pode ser resolvido outra hora, com mais calma e discrição.

— Bom, acho que esta já era sua suspeita, sim? — Horácio me encara, e confirmo com a cabeça — Devemos comunicar a Dumbledore e à professora Mcgonagall. Assim como ao senhor Weasley.

— Certamente. Professor? — chamo, antes que saia da sala — Acha que podemos manter em segredo o nome de Cedrico, já que não afetou ninguém.

— Claro, querida. — ele sorri — Senhor Diggory é um dos meus melhores alunos, devia estar apenas aperfeiçoando seus estudos.

Concordo com o que ele diz, embora tenha minhas dúvidas, e o sigo para a sala do diretor enquanto o professor diz que vai buscar Minerva e Fred. As enormes escadas de pedra me levam até a entrada da enorme sala, onde o homem grisalho já me aguardava.

— Senhorita Black, — ele vem ao meu encontro — creio que já tenha o resultado de suas buscas com Horácio.

— Sim, senhor. Ele está a caminho, com a professora Mcgonagall e Fred. — afirmo, enquanto sou guiada à cadeira perto de sua mesa.

— E então, foi a senhorita Nielsen? — o diretor senta à minha frente.

— Como o senhor...?

— Eu tenho a estranha mania de saber das coisas, Theresa. — ele ri — Mas acho que o seu tio já lhe contou isso.

Certamente Sirius mencionou, uma ou duas vezes, que Dumbledore sempre sabia o que fazer. Mas por esta eu não esperava.

— Professor, senhorita Black. — viro de costas, vendo as três figuras caminharem juntas em minha direção, sendo guiadas por Slughorn — Creio que já tenha contado ao diretor nossa descoberta, Black.

— Sim, — Alvo se apressa em falar antes de mim — Theresa me contou que a senhorita Nielsen que fez a poção.

As únicas pessoas que ainda não sabiam da informação na sala ficam boquiabertas.

— Minerva, creio que teremos que cuidar disto. — o mais velho volta a falar — Pode chamar a senhorita Nielsen aqui, por favor?

—Claro, agora mesmo.

A Professora Mcgonagall sai, apressada, deixando um silêncio um tanto desconfortável no ambiente. Slughorn senta na cadeira ao meu lado, onde murmura reclamações de alunos irresponsáveis como a referida anteriormente.

— Professor, — chamo a atenção de Dumbledore — acha que posso ir? Não gostaria de estar aqui quando Elena chegar.

— Claro, senhorita Black. — ele afirma — Senhor Weasley, se quiser, pode acompanhar sua namorada. Não é necessário que fique.

Começo a caminhar em direção à porta, sem esperar o garoto que estava ao meu lado tomar uma decisão. Mas logo escuto seus passos apressados se aproximarem de mim, assim que saio da sala.

— Estou chocado. — ele comenta, quando me alcança.

— Talvez, se me escutasse mais, não quebraria tanto a cara. — solto.

A maior pegadinha de todos os tempos || Fred Weasley || Parte IOnde histórias criam vida. Descubra agora