Capítulo Três

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Olá, gente, hoje trago mais um capítulo para vocês. Espero que gostem.

Beijos!



Capítulo Três

Querido diário,


Acho que essa frase ficará marcada de uma maneira, que jamais saberei explicar em palavras.

Black e Scarlet para sempre.

Nem acredito que o verão está chegando ao fim. O tempo ...Ele pode ser seu grande aliado, mas também pode te fazer sentir, como se estivesse em uma grande batalha, e ele é seu próprio inimigo. Por mais que eu tenha rezado aos céus, pra que ele se arraste, ou até mesmo que pare, isso não está acontecendo. Mais três dias e o meu conto de fadas será interrompido. Tenho tentado me manter feliz na frente de Enryque e de Vitória, mas o que sinto é um misto de alegria, tristeza e angústia. Não quero ter que me separar deles, mas sei que será uma coisa inevitável.

Obs: Ela pintou os lábios de vermelho, e beijou toda a página do diário.


Muito depois da hora do jantar, e com as luzes da minha casa, já apagadas, aguardei ansiosamente pelo momento que ouviria o som de alguém pulando a minha janela, demorou tanto, que algo me disse que ele não viria. Virei-me de um lado para o outro, e como não conseguia dormir, andei até a minha varanda, e uma movimentação chamou a minha atenção. Olhei para a área da piscina dos Dellanney, e meu coração murchou com a cena, Enryque estava em uma espreguiçadeira, e ao lado dele, uma menina que nunca tinha visto na praia. Eles conversavam animadamente, e em um certo momento, ele riu tanto, que levou uma das mãos à barriga. Busquei na memória todos os nossos momentos juntos, e em nenhum deles, ele parecia se diverti assim. Era como se ele estivesse dando para ela, uma parte dele, que deveria pertencer apenas a mim, principalmente depois do que tínhamos feito na praia, ou talvez exatamente por isso, ele não tinha vindo esta noite, concluí em seguida. E se ele nunca mais olhasse para mim? Apenas o pensamento me entristeceu. Olhei para outra direção, e notei que os pais dele conversavam com um casal.

Vitória estava recostada no sofá, mexendo no celular, e pela forma como estava sorrindo, sabia exatamente com quem estava falando. O som de mais risadas alcançou os meus ouvidos, me afastei e entrei no quarto, fechando as janelas e as cortinas em seguida. Pela primeira vez em dias, me senti muito errada naquele lugar, era como se a carruagem tivesse virado abóbora e eu tivesse que despertar do meu conto de fadas, só que pelo visto, o príncipe não viria atrás de mim.

Parecia que muitas horas haviam se passado, abri a janela mais uma vez, e Enryque estava apenas na companhia da garota, ela se aproximou dele, segurou seu rosto e o beijou. Ele não tentou impedi-la, apenas permitiu que ela fizesse... Desta vez, as lágrimas molharam as minhas bochechas, e elas ainda estavam caindo quando ouvi alguém chamando meu nome baixinho, ignorei quem quer que fosse, mas em seguida, vieram batidas, e estavam vindo do lado de fora.

Meu quarto estava completamente escuro, peguei o celular na cômoda para verificar as horas, e precisei ajustar os meus olhos à claridade. 2:40hs da manhã. As cortinas estavam fechadas, e ao invés de estar espreitando pela janela, eu estava deitada na minha cama, o que significava, felizmente, que eu estava sonhando, ou talvez se parecesse mais com um pesadelo.

— Alice! Sou eu. — Reconheci a voz de Enryque, e imediatamente me sentei na cama. O que ele queria uma hora dessas?

Antes de encontrá-lo, tirei o aparelho, e alisei minhas roupas e o cabelo, tentando parecer menos assustadora, embora todas as noites eu dormisse na companhia dele, mas o fato de que mais cedo ele parecia feliz na companhia de uma garota de aparência normal e bonita, me fez mais preocupada.

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