capítulo oito, Heros.

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"Quem não conhece a reação dos meus demônios, não
deveria dar a si, a tarefa de provoca-los"

Um verdadeiro inferno, é nisso que minha vida tem se transformado, muitos problemas para poucas soluções, mas veja bem, eu sou Heros D'Agostino eu sou praticamente um rei nessa porra, todos me devem obediência e respeito pago uma fortuna para esses imbecis me poupar trabalhos, e não da em nada tenho que fazer eu mesmo, meu telefone
toca já é a decima vez só hoje, é eu sei tem acontecido muito isso, o pego do bolso e olho quem me incomoda, estranho é lá de casa, será que Viviane já chegou? Deixo de lado as perguntas e atendo logo antes que caia na caixa postal.
— Diga.
— Senhor é...é que aconteceu algo aqui muito grave.
É Anita ela está com a voz tensa parece preocupada.
— Anita se acalme e me conte exatamente o que aconteceu de tão grave assim.
— É a menina que o senhor colocou naquela sala, não sei como contar isso.
Ela fala e meu peito enche de preocupação, não sei por que, mais essa preocupação logo perde o lugar para uma fúria fora do racional quando Anita fala as
próximas palavras.
— O senhor mandou que George fosse deixar comida para a menina, mas ele não apareceu mais depois disso, Enzo achou estranho e desceu lá para ver o que estava acontecendo e encontrou George
morto senhor.
— O que? Como assim morto, o que aconteceu Anita me diga agora.
Viu o que eu disse? Um inferno e só vai piorando.
— A menina estava completamente nua senhor, ao que parece George ia estupra-la, mas a menina o matou com uma chave de perna, a cena não estava bonita, Enzo e Henrique já limparam tudo por lá, eu desci lá senhor me desculpe, mas aquela menina precisava de ajuda.
— Porra, tudo bem Anita, mas que isso não se repita, essa mulher é minha prisioneira, não tenha
pena, não sinta nada entendeu? Já estou indo para casa resolver isso de uma vez.
— Tudo bem senhor.

Desligo e levo as mãos até a cabeça, como minha vida virou isso, levanto da minha poltrona da boate e pego meu terno apago as luzes e saio, entro no carro pego um charuto e começo a fuma-lo, não preciso nem olhar para saber a cara de Augusto ele odeia que eu fume no carro, o que eu não estou nem ai para isso, começo a balançar as pernas em claro sinal de falta de paciência, o que será que aconteceu para que George fizesse uma coisa dessas, é claro que eu sei como são os homens afinal sou um, mas por outro lado não confio nenhum pouco naquele demônio de olhos estranhos.

Chegamos em casa e imediatamente já vou em direção do escritório, eu disse que ia dar uns dias para ela, mas mudei de ideia eu quero respostas e as quero agora mesmo, fico cego de raiva por saber que George a tocou, o que será que ele fez? Estava chupando ela só de pensar nisso me da vontade de revive-lo só para mata-lo novamente eu mesmo, mas por que eu estou pensando essas coisas mesmo? Essa garota nem mesmo me atrai, e mesmo que atraísse ela é minha prisioneira, não sei quem é, e nem de onde veio, mas não sei ainda, por que agora mesmo terei essas respostas custe o que
custar.

Entro na sala e sinto um mal cheiro infernal ela está em uma situação deplorável, que pena que seu bem estar está longe de ser algo com que eu me importe.

Ela está dormindo serenamente, mas parece que percebe que está sendo observada e logo abre os olhos, está com roupas diferentes das que chegou aqui, Anita deve ter feito isso, está em uma calça que marca seu corpo escultural e usa uma regata  azul que ressalta ainda mais seus seios volumosos,
está sem sutiã seus mamilos estão rígidos deve ser por causa do frio.
Ela se senta e me encara ainda mais.
— Eu saio por umas horinhas e você faz essa bagunça toda? O que devo fazer com você hein?
Ela continua só me olhando, isso me irrita odeio
seus olhos.
— Tinha prometido te dar mais dois dias para te fazer perguntas, mas você não colabora, e agora eu quero as respostas que procuro.

Percebo que agora ela está completamente solta, deve ser coisa de Anita também.
Pego minha arma e aponto para ela, ela me encara com a mesma expressão de sempre, fria e impenetrável parece que nada a abala, se isso for verdade vamos descobrir agora.

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