Quando a gente menos espera (Concluída)

Capítulo 9 - Despedida

Kakashi

Estava me sentindo um adolescente de novo, ao tempo que estava ansioso para vê-la, não sabia como agir depois da noite que tivemos.

Transar com a Sakura foi diferente de qualquer experiência que tive com outras mulheres e eu infelizmente sabia o que isso significava. Estava realmente me apaixonando por ela, mas como lidar com essa situação se nunca passei por algo parecido?

É impressionante a velocidade em que as coisas mudam. Pouco mais de uma semana atrás nunca pensaria que estaria me "pegando" pelos cantos com minha ex-aluna. Não que nunca tenha olhado para Sakura desse jeito, há algum tempo tinha notado o quanto ela é atraente, mas não havia pensado em nós nessas circunstâncias.

Era segunda de manhã e eu estava em meu escritório ocupado com vários papéis, cheguei cedo porque sabia que teria muita coisa para fazer, incluindo a reunião com a mulher de cabelos rosas que eu tinha certeza que iria acabar com meu psicológico que já não era muito bom.

Como é possível alguém mexer com você em tão pouco tempo? Deve ser isso estar apaixonado, sinceramente, me parece uma grande merda. Ficar pensando na pessoa toda hora, querer estar perto, sentir o toque quente das mãos dela, os beijos, acho que só a simples presença parece ser algo especial quando estamos abobalhados por alguém. Eu que passei a vida toda me esquivando de sentimentos assim, não consigo entender como cheguei a esse ponto.

A verdade é que não consigo nem me reconhecer. Sinto um arrepio só de lembrar do cheiro e da boca dela passeando pelo meu corpo. Estou fodido.

Fui tirado dos meus devaneios por um Shikamaru abrindo a porta acompanhado por uma Sakura sonolenta, bocejando e esfregando os olhos. Sua bochecha ficou corada ao me ver lhe encarando e eu ri disso por baixo da máscara. Ela se sentou na cadeira em frente a mim enquanto meu conselheiro me dava mais papéis para analisar. Estava o escutando, mas meus olhos não saíram da kunoichi, com o rosto abaixado e brincando com as mãos. Era difícil não sorrir com aquilo, quem olha para essa mulher envergonhada na minha frente não imagina o que ela pode fazer entre quatro paredes.

– Rokudaime? – Fui pego. Shikamaru chamou minha atenção e o encarei.

– Sim?

– Você não prestou atenção em nada do que disse, não é?

Eu ri. Ele duvida da minha capacidade de manter os ouvidos atentos ao que ele diz enquanto admiro a linda mulher à minha frente. Parece que não conhece seu Hokage. Posso não ser a pessoa mais entusiasmada a ocupar esse cargo, mas o levo muito a sério. Prestei atenção em cada palavra que ele disse, e sei das infinitas coisas que temos que resolver.

– Entendi perfeitamente, Shikamaru. Se quiser posso repetir. – O desafiei. Ele negou com a cabeça. – Como imaginei. Podemos ir à academia após o almoço? Sei que passaremos um bom tempo por lá.

– Sim. Temos muitas missões para dar entrada, e vai ser bom colocar os novos times em algumas para avaliar a qualidade da formação da academia.

– É o que espero.

– Gaara mandou uma carta perguntando sobre o andamento do projeto. – Ele me estendeu um papel. – Ele também mandou uma carta para você, Sakura. – Ela pegou o papel da mão dele, o leu e riu. Não gostei nem um pouco daquilo. – Vou indo para os meus afazeres. – E saiu bocejando.

Sakura abriu a pasta com os documentos referentes ao projeto que tinha consigo e pegou uma caneta.

– Então, Gaara disse algo importante sobre o projeto?