Olhando nos olhos

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Emma: Me ajuda...

É tudo que Emma diz antes de desmaiar em meus braços quando percebo que ela vai cair.

Regina: Emma?...Emma?

Dou leve tapinhas em seu rosto enquanto deito seu corpo no chão e permaneço segurando sua cabeça, vejo o quão pálida ela está e por um momento começo a sentir uma leve preocupação além de vontade de aproveitar sua inconsciência para me livrar dela. Reviro os olhos expulsando os pensamentos obscuros que sinto perante a loira desmaiada em meus braços e volto a prestar atenção em seu rosto que não dá sequer um sinal de vida!

Regina: Faça-me o favor Emma, tantos lugares para você morrer e quer fazer isso justamente na minha sala? Anda, levanta...

Continuo mexendo em seu rosto mas nada de Emma dar um sinal, me levanto olhando a situação com as mãos na cintura pensando como vou fazer para levar essa mulher para o sofá. Me agacho, respiro fundo e pego Emma no colo a levando rapidamente para o sofá, ajeito algumas almofadas embaixo da sua cabeça, retiro outras para obter mais espaço enquanto Emma permanece intacta, mole.

Regina: Emma, não estou para brincadeiras...você está me assustando.

Sim, agora ela conseguiu me preocupar. Vou rapidamente até o lavado de visitas, pego um frasco de álcool junto com alguns algodões e volto colocando pelo caminho um pouco do líquido sobre os algodões, me sento no espaço ao lado de Emma e passo lentamente o algodão contra o seu nariz vendo em poucos segundos  abrir os olhos.

Regina: O que deu na sua cabeça? (Digo irritada)

Emma não diz nada, assim fica por alguns segundos até que coloca as mãos sobre o rosto e começa a chorar compulsivamente. me levanto para colocar os objetos sobre a mesinha e volto a olhar para a loira com o rosto já vermelho pelas lágrimas permanecer da mesma forma, sem querer olhar para mim.

Emma: Cheguei em casa e meus pais estavam brigando, nunca ouvi minha mãe naquele estado, nunca a vi daquela maneira...(diz com a voz nitidamente embriagada)
Regina: Seja mais detalhista, Emma! (Reviro os olhos)
Emma: falaram sobre uma mulher, ela pediu para que ele dissesse a verdade...estava nervosa, gritando. Eu só tenho eles Regina, eles são minha referência, a melhor parte de mim...e eu sei que tudo isso está acontecendo por minha causa.
Regina: Emma...(suspiro)
Emma: Eu sempre estrago tudo...tudo...

A todo momento Emma permaneceu com as mãos sobre o rosto, sua voz abafada dá espaço para os soluços e fico sem saber o que fazer. Me sento ao seu lado e relutantemente toco em suas mãos a tirando do seu rosto, Emma vira a cabeça para o lado evitando contato visual e de certa forma agradeço mentalmente por isso pois não sei o porque irei fazer o que estou prestes a fazer.

Regina: Vamos subir, vou te colocar no quarto de hóspedes.
Emma: Sério? Mas...
Regina: Sim Emma, sério...(reviro os olhos) está bêbada e pelo visto não deve ter comido nada até agora. Vou te por em um dos quartos, depois você resolve isso com os senhores perfeição..

Emma não diz nada, apenas tenta levantar o corpo e a ajudo pondo em seguida seu braço em cima dos meus ombros e andando com calma em direção as escadas enquanto ouço ela chorar baixinho.

Entramos no quarto de hóspedes e tudo o que fiz foi direciona-lá para o banheiro, a deixo sentada na privada e volto para o quarto para buscar uma cadeira. O tempo todo Emma se manteve em silêncio, liguei o chuveiro, coloquei a cadeira embaixo, a ajudei com as roupas e em poucos minutos me vi dando banho em uma das pessoas que jamais pensei fazer isso em toda minha vida.

                            Porto...

Robin: Eu e Regina estamos tão bem, Killian...essa mulher é a mulher da minha vida! (digo sorridente enquanto ajudo Killian a subir as cadeiras)
Killian: Vocês dois parecem cão e gato, eu nem vou comemorar agora porque nunca sei quando você vai entrar por aquela porta querendo acabar com o estoque desse bar.
Robin: Idiota! Mas dessa vez é diferente, eu sinto. Existe mais diálogo, mais abertura da parte dela...entende? Por mais que ela ainda seja difícil de lidar, não é nem de longe aquela mulher que conheci há quase um ano atrás.
Killian: Nem parece que passou tanto tempo assim, não é?
Robin: Não! Estou pensando no que fazer para comemorarmos.
Killian: Comemorar o que, seu emocionado? (Sorri jogando um pano no meu rosto) passaram esse último ano mais se matando do que juntos.
Robin: E isso importa? Quero comemorar que estamos juntos, que nos encontramos, que estamos na vida um do outro.
Killian: Tá...mas eis a missão difícil, ladrão. O que dar a alguém que já tem tudo?
Robin: É...isso você tem razão. (digo frustrado)
Killian: Você vai pensar em algo!

OutlawQueen- Não vou desistir de você  Onde histórias criam vida. Descubra agora