— Como assim do que estou falando, Ethan? Vamos, abra logo o jogo! Irá se fazer de desentendido até quando?
— Eu realmente não estou entendendo.
— Oh, que pena, não está entendendo? — ri com escárnio. — Pois eu faço entender. Descobri que me traiu, Ethan.
— Ha, ha — debochou. — Você ainda acredita nisso, Cooper? As pessoas apenas falam, nunca provam.
Respirei fundo e sem conseguir segurar as emoções que me dominavam, dei um tapa em seu rosto. A batida foi com tanta força que pude ver os meus dedos marcados de forma vermelha no seu rosto. Eu teria piedade de fazer isso com qualquer um que fosse, mas dessa vez foi diferente, foi com vontade.
— Você ficou maluca, Cooper? Quem você pensa que é? — olhou com ódio.
— Vai mesmo continuar negando? Vai mesmo achar que vou continuar caindo nas suas trapaças, nas suas mentiras?
— Você tem sérios problemas de acreditar nas coisas que falam. Com tanto tempo e ainda cai nisso? Esperava mais de você, Cooper.
— Esperava? E o que me diz disso? — peguei meu celular e entreguei a foto recebida em sua cara, indignada. — Vamos, estou esperando que confesse. Ou vai dizer que é uma simplesmente montagem?
— Âmber, eu posso explicar, mas eu preciso que você se acalme! — gritou.
— Você não tem mais nada para me explicar, Ethan Bradley, nada. Sinceramente? Vá pro inferno!
— Eu estava bêbado, me desculpe, eu sei que errei, está bem? — falou em tom alto. — Perdão.
— Estar bêbado não justifica sua atitude — uma lágrima desceu. — Você simplesmente brincou comigo, brincou com os meu sentimentos.
Seus olhos castanhos se fixaram nos meus, ele engoliu em seco sem resposta. Ambos sabíamos que eu estava falando a verdade e que isso não teria escapatória, não teria como fugir.
— Sabe, quando você precisava de dinheiro, era eu, Ethan, eu quem dava. Deixei de usar tantas roupas curtas ou com um simples decote porque você não gostava, se sentia desconfortável. E isso tudo pra que? Pra no final você ficar com a primeira garota que viu pela frente. Eu posso ser o que sou, mas jamais, Bradley, jamais faria algo tão horrível com você.
— Âmber...
— Cala a boca, eu não terminei — limpei uma lágrima do rosto e voltei a atenção para seu rosto. — Todos me falavam e todos eu ignorava. Os comentários horríveis que fazem nas minhas fotos, me chamando de "corna" ou qualquer coisa do tipo, eu me sentia tão mal e desconfortável que sempre desativava. E pra que serviu isso? Para nada, porque no final eu fui o fruto de uma simples brincadeira!
— Se você me desse uma última chance, eu juro que poderia mudar.
— O que você achou que estava fazendo? Pensou mesmo que isso passaria ileso, que passaria despercebido? — ri em meio ao mar nos meus olhos. — Uma multidão deve ter visto isso, uma mesma multidão deve simplesmente rindo da minha cara agora — olhei para o céu escuro e suspirei. — Chega de chances, a idiota na qual você brincava não existe mais. Meus olhos enxergam aquilo que meu coração se negava a reconhecer.
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No Ritmo da Vida (OBRA EM REVISÃO)
Novela Juvenil(+ LIVRO EM REVISÃO) A fase adulta chega para todos. Principalmente quando a saudade da infância bate em momentos aleatórios de um dia qualquer. Fase essa que nossa única preocupação é a hora que os melhores desenhos iriam passar na TV ou quando nos...