12 "A verdade"

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No meio da noite eu fui acordado com seus suspiros pesados e soluço

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No meio da noite eu fui acordado com seus suspiros pesados e soluço. Ela estava tendo um pesadelo, não a acordo, somente abraço seu pequeno corpo até que se acalme de seja lá o que for que tenha sonhado.

No dia seguinte passei a tarde inteira em casa, para tentar distraí-la um pouco. Isso inclui ficar no jardim por um tempão, porém, eu gosto de estar com ela, então não é nenhum sacrifício para mim.

— Oliver? — Stella chama a minha atenção, enquanto se distrai com uma florzinha que segurava em sua mão.

— Algum problema?

— Por que eu fiz aquilo...? — Apesar de seus olhos estarem vidrados na flor, podia ver que seus pensamentos estavam longe.

— Aquilo o que? — Pergunto, mesmo sabendo do que se trata.

— Eu... Matei o coelho... E Bebi o sangue dele...

— Esquece isso, já passou.

— Como esquecer? Isso é errado... — Finalmente ela me olha, revelando seus olhos brilhantes, que seguravam suas lágrimas.

— Olha... — Seguro em uma de suas mãos. — Você é especial Stella, não é como as outras pessoas.

— Como assim...?

— Eu sabia que o que você tinha, não era uma doença, como os relatórios diziam.

— O que eu sou Oliver...?

— Não gosto de colocar nomes, isso faz com que pareça que é um algo anormal. Você é uma garota, como qualquer outra, porém, com desejos diferentes, você sente sede de daquilo que todos produzem dentro de si... Sangue.

— Não... Eu não sou assim...

— Eu também não quis aceitar quando descobri, acredite, não foi fácil.

— O que? Você...

— Eu sou como você, Stella.

Não podia mais esconder isso dela, nascemos assim, e não temos culpa por isso, não quero que ela se odeie assim como eu me odiei por anos.

Achei que nunca veria outro de mim. Uma mestiça, assim como eu, que tem o coração pulsante, sente cede e fome, mas ainda assim, tem sede de sangue. Ela é como eu.

— Isso é errado...

— Se fosse errado, não teríamos nascido. Sei que é difícil se acostumar, mas eu estou aqui para isso, estou aqui para te mostrar o caminho.

— Caminho?

— Sim, depois que você prova sangue pela primeira vez... Essa vontade só crescerá dentro de você, e se não souber lidar com isso, isso pode te consumir.

— Eu não quero isso...

— E eu não deixarei que aconteça, só precisa confiar em mim.

— Como aprendeu tudo isso?

— No começo, o meu pai, assim como você, a minha mãe morreu quando eu nasci, ela era humana, mas o meu pai me criou, e me ensinou a não ser como os corrompidos, que não ligam para a vida, seu único objetivo é matar, e se alimentar.

— Corrompidos...

— Esses são os nascidos puros, não são como nós, por isso, a grande maioria não sabe se controlar.

— Mas... Onde está o seu pai?

Lembrar dele depois de tanto tempo era um tanto estranho para mim. Meu pai me ensinou tudo o que eu sei sobre alto controle, sobre lidar com meus impulsos, eu devo tudo a ele.

— Ele está morto.

— Eu sinto muito...

— Foi a muito tempo, ele morreu me protegendo, eu era adolescente, e quando tiraram ele de mim, durante um tempo eu me descontrolei, passei anos da minha vida atrás dos sanguessugas que o mataram, e quando enfim vinguei a sua morte, eu estava pronto para seguir a minha vida.

— Você matou...?

— Eu já fiz muita coisa.

— Então eu posso me tornar um deles?

— Se não souber se controlar, sim, mas eu prometo que não irei desistir de você.

Eu me via nela, Stella era como eu, assustada, sem saber o que era, e no que se transformaria. Mas eu iria guiá-la, lhe mostrar o verdadeiro caminho a ser seguido.

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