O xerife tartaruga e os gatos gatunos

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Lucas Dias Palhão Mendes, 2021

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O xerife tartaruga e os gatos gatunos, por Lucas Dias Palhão Mendes. Todos os direitos reservados. © 2021 por Lucas Dias Palhão Mendes, Brasil. Esse documento é protegido por direitos de cópia. Nenhuma parte deste documento pode ser reproduzida em qualquer meio sem a permissão escrita do autor.

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Era uma vez uma pacata cidadezinha, onde muitos animais trabalhavam nas minas de ouro para sustentarem suas famílias. Ali havia um xerife tartaruga e seu trabalho era manter a ordem e defender os cidadãos de bandidos, que adoravam roubar o ouro que os animais guardavam no banco.

E por falar em bandidos, três gatos cinzentos acabavam de chegar ao banco montados em seus pôneis: um branco, um preto e um marrom. Os gatunos tinham seus focinhos cobertos por um lenço para não serem reconhecidos. O gato no pônei branco usava um lenço branco, o gato no pônei preto usava um lenço preto e o gato no pônei marrom usava um lenço marrom.

Os três gatunos desmontaram e sacaram seus revólveres. Dois deles entraram, enquanto um ficou vigiando do lado de fora.

Um dos que entraram anunciou:

— Miau! Isto é um assalto!

O outro pegou três sacos de ouro e os bandidos saíram do banco. Montaram em seus pôneis, cada um levando um saco, e fugiram.

O pardal, que viu de longe o que aconteceu no banco, correu para a delegacia:

— Xerife! Sr. Tartaruga! Algo terrível acabou de acontecer. Três gatos gatunos levaram três sacos de ouro do banco!

Imediatamente, o xerife pegou seu revólver e foi para o banco montado em seu pônei. Conversando com os outros animais, alguns ainda aterrorizados com o assalto (coitadinhos!), descobriu que três gatos cinzentos com focinhos cobertos por lenços (um branco, um preto e um marrom) em três pôneis (um branco, um preto e um marrom) roubaram três sacos de ouro e fugiram para o norte.

O xerife tartaruga seguiu na direção que apontaram até chegar ao limite da cidade. A partir dali, a terra era árida e não dava para continuar sem estar preparado. E, como também não sabia quanto tempo iria cavalgar por esse terreno difícil, decidiu voltar à delegacia e se preparar. Lá, pegou sua luneta, comida e água para si e para seu pônei. Depois, partiu, prevendo que os bandidos não deveriam ter ido tão longe, pois os pôneis não aguentariam carregar o pesado ouro por muito tempo.

Cavalgou até o topo de uma pequena colina, onde usou sua luneta para olhar ao redor. Viu algo interessante e exclamou:

— Tem uma entrada naquela montanha! Serviria de bom esconderijo...

Rumou para tal entrada e, chegando, percebeu que seguia para dentro da montanha; não conseguia ver onde terminava. Era uma caverna! Mas achou melhor esperar, já que não sabia quantos ladrões poderiam estar lá dentro, caso fosse o lugar certo. Decidiu se esconder por perto para ver se alguém entrava ou saía antes de se arriscar.

Encontrou algumas pedras grandes na encosta da montanha, que dariam boa cobertura para se esconder. Amarrou seu pônei como pôde e lhe deu de comer e beber enquanto vigiava a entrada com sua luneta. Aproveitou para também comer algo e beber água; fazia muito calor!

O sol foi desaparecendo no horizonte e o cansaço do Sr. Tartaruga aumentava rápido porque nada acontecia; o sono veio se esgueirando e o xerife acabou adormecendo.

O xerife tartaruga e os gatos gatunosOnde histórias criam vida. Descubra agora