capítulo 20

401 40 11
                                    

Capítulo 20

Leonardo  aguardava em silêncio que eu dissesse algo.

Eu estava ... sem palavras.

Aquela carta estava dizendo que eu não era quem eu pensava ser.

Ao mesmo tempo senti um enorme alívio. Eu comecei a rir, rir e rir então o minha risada foi se transformando em uma gargalhada histérica até que lágrimas começaram a se misturar ao meu gargalhar.

Leonardo não sorria. Ele me encarava com um olhar preocupado.

Aos poucos parei de rir e ficamos em silêncio por mais alguns minutos, até que eu abrindo um pequeno sorriso triste disse:

-Na verdade é um grande alívio saber que aquele homem não é nem nunca foi o meu pai.

Depois de mais um período curto de silêncio Leonardo falou:

- Você tem razão isso me tirou uma grande preocupação que eu tinha na cabeça. Eu não falei antes, mas o fato do seu pai, quer dizer Elias, ser gordo e careca já estava começando a me preocupar. Sabe como é ...os filhos acabam ficando a cara do pai quando envelhecem.

Eu comecei a rir novamente, só que desta vez Leonardo me acompanhou nas gargalhadas.

***

Era noite de segunda. Haviamos acabado de receber a visita do doutor Sebastião que ficara por várias horas nos explicando o que cada um daqueles papéis significava.

Quando ele chegou na escritura da casa da praia Leonardo não se conteve.

Ele me fez prometer a todo custo que iríamos naquele natal comparecer com a escritura em mãos e colocar a vaca da Marli no seu devido lugar.

Apesar de estar posando de chocado com a atitude de Leonardo eu bem que estava gostando de ver, naquele momento, o meu homem disposto a lutar pela minha honra.

Conseguimos também com um relutante Dr Sebastião um determinado endereço.

Leonardo havia terminado de mover todas as suas coisas novamente para o sótão.

Agora possuidor de uma linda cama king size de pátina de ferro com estrado também de barras de ferro. (Não que eu estivesse querendo dar motivos, mas com um marido tão ..."expressivo" eu não queria me arriscar mais)

Leonardo havia olhado de forma constrangida para a cama, mas eu não permiti que ele mergulhasse neste sentimento.  Eu logo o joguei na cama e comecei a beijá-lo e tirar a sua roupa.

Em pouco tempo eu já tinha a sua total atenção enquanto o seu pau mergulhava pela minha garganta.

Na manhã de terça feira tiramos uma folga do serviço e nos dirigimos ao endereço que Sebastião havia nos dado.

Fiquei surpreso ao me deparar com uma sinagoga.

Tocamos a campainha e um jovem rapazinho de onze anos com cabelos negros e lisos veio nos atender.

Ele me olhou como se me conhecesse de algum lugar.

Depois pareceu descartar a hipotese e perguntou:

-Em que posso ajudar?

Eu gostaria de falar com o Sr.Tiago Weiss.

O menino levantou a sobrancelha e disse:

É melhor você ir na casa dele. Aquela verde do outro lado da rua.

Quando eu me afastei com Leonardo ouvi uma vós masculina perguntar.

Um Amor DiferenteOnde histórias criam vida. Descubra agora