Kill Game | Renato Garcia (Concluída)

CAPÍTULO 13 - DEPOIS

As notícias estavam em todos os jornais da cidade, Renato havia feito mais duas vítimas, duas garotas que estavam caminhando a noite com um cachorro.

Todos da cidade estavam apavorados, os avisos diziam para que as mulheres não caminhassem sozinhas a noite e denunciassem qualquer suspeito. Renato estava transformando Sydney em um inferno, como Bundy havia feito na década de setenta.

As ruas ficavam vazias a noite mas Hanna não tinha medo. Ela fugia pela janela do quarto, na madrugada com a arma carregada, esperando pelo momento em que Renato cruzaria seu caminho.

Aquela noite era mais uma daquelas. Ela nem sequer tinha medo de outros criminosos, não tinha medo de nada desde que havia tido um particular com o próprio demônio.

Hanna colocou as mãos no bolso e ergueu o capuz, para se proteger do frio daquela madrugada. Caminhava tranquilamente, pelos becos mais sujos de Sydney, sem se importar com o que estaria atrás de si.

Os passos duplicaram e Hanna logo percebeu que estava sendo seguida. Parou imediatamente e então girou seu corpo lentamente, encontrando justamente quem gostaria.

Renato usava um longo casaco preto, seu cabelo desfiado estava levemente bagunçado, as bochechas ainda mais vermelhas graças ao frio e ele umedeceu os lábios com a língua, sorrindo abertamente em seguida.

- Ah, é você, que pena. - ele passou as mãos sob os cabelos, os jogando para trás. - Está difícil encontrar as duas últimas Hanna, acho que o meu rosto está em todo o lugar.

- Não me toque. - Hanna deu um passo para trás, após perceber que ele estava se aproximando.

- Eu sei que você gosta.

Hanna colocou as mãos na jaqueta e então puxou a arma. A destravou no mesmo segundo e então a segurou na direção do Garcia, que apenas sorriu.

- Você fica sexy quando faz isso. - Renato deu um passo para frente, enquanto Hanna sentia sua mão tremer. - Mas você não quer fazer isso Hanna, eu sei que não.

- Você não me conhece.

- Eu observei você durante um mês, sei bem todas as suas manias e fraquezas. Você não seria capaz de matar uma mosca, Hanna Beatriz.

Hanna sentiu uma lágrima escorrer em seu rosto, ela detestava saber que ele tinha mesmo razão, ela não era tão corajosa quanto fingia ser.

Renato havia aproveitado o momento de fraqueza para se aproximar, acertando Hanna na cabeça, com uma das barras de metal do local. Ele segurou o corpo da garota, que despencou em seus braços, aos poucos.

Hanna poderia ser uma idiota mas facilmente se tornaria corajosa, ele precisaria tomar cuidado com ela e faria aquilo, pessoalmente.

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