Naquela tarde cheguei por volta das 5 horas no novo condomínio, ainda estava um pouco abalada por deixar o antigo apartamento. Já haviam se passado 7 longos meses desde que ele partiu. No fundo tínhamos ilusão de que não seria tão difícil assim, o curso exigiria muito dele e nos dois sabíamos disso, porém preferimos que não. Concordamos em evitar a todo custo evitar brigas e desentendimentos pelo bem do relacionamento durante o período que passaríamos afastados, e apesar dos eventos passados estávamos tentando ficar bem, porém é muito mais fácil eximir-se das obrigações relacionadas a manutenção do amor no casamento do que falar sobre elas. Depois do assalto aquela noite nada nunca mais foi igual, os dias no hospital entre a vida e a morte a perda e o sentimento de incapacidade, fizeram com que se o nosso casamento começasse a ruir pouco a pouco, durante os meses seguintes não havíamos superado, tão pouco conseguimos conversar sobre assunto. Na dor cada um de nós encontra maneiras diferentes de tentar nos curar, mas tentar não significa conseguir, apesar das nossas inúmeras tentativas. A casa que antes abrigava um casal feliz passou a brigar dois estranho, gélidos e frios e o os dias feliz que tínhamos vivido antes ficaram apenas nas fotos espalhadas pela casa, passamos a nos ocupar com outros assuntos e evitar o toque e as intimidade. A Maneira que ele encontrou para tentar ocupar a cabeça foi se afundar no trabalho e nos estudos, ele sempre sonhou em ser delegado e pela primeira vez em muito tempo esse sonho poderia se realizar e trazer alguma felicidade para aquele coração tão angustiado, passamos a nos ver cada vez menos e a mulher forte que eu era antes estava destruída, passei a me tornar instável emocionalmente, ficando sempre carente e dependente dos abraços para tentar sentir amor de alguma forma, enquanto ele passou a odiar os meus abraços, e para evitá-los passou a ficar mais tempo ainda no trabalho. Das poucas vezes em que nos cruzavam, ele estava sempre estudando, dormindo ou na academia, à tarde quando eu chegavam do trabalho a minha diversão era a bebida e o piano, pois ele já havia quebrado a minha guitarra numa discussão. As brigas pelo telefone se tornam constante e o divórcio não era uma opção para nós, então, concordamos com a terapia. Íamos com frequência e era é notório o esforço que ambas as partes faziam para tentar juntar os destroços do terremoto que havia destruído nosso casamento, também passamos a buscar direcionamento espiritual e estranhamente depois de tempo, o casamento que antes estava em ruínas começou a se reconstruir. Estávamos mais próximos um do outro e nossa vida parecia estar de volta aos trilhos, 2 meses depois renovarmos nosso votos de casamento, tudo estava indo de vento e popa, até recebermos a notícia de que ele havia sido aprovado em todas as fases do concurso e dentro de dois meses o seu curso de formação começaria no sul do país iria se findar na capital do Brasil. Depois desse dia o que achávamos que estava firme, novamente na verdade nunca esteve, nós éramos como duas crianças na praia brincando de construir castelos de areia e nós tínhamos a errônea ilusão de acreditar que a cada vez que a onda os derrubasse poderíamos construir novamente, mais alto e mais forte. O que o nosso pequeno e egoísta Castelo não imaginava, é que uma grande onda de seis meses o faria esfarelar e desaparecer na espuma que sobrava nas ondas daquele mar cruel. Meses depois o homem e a mulher que antes haviam se unido para ser um só só, se dividiram novamente e o divórcio era a maneira de oficializar.
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Doce & Perversa
Любовные романыVerena é uma jovem e bela mulher de 25 anos, detentora de um poder imenso de sedução, sempre elegante, ela atrai todos a sua volta, explorando toda a beleza da sua sexualidade, porem todo o amor e sedução que tem foram capazes de manter seu casament...