Capítulo 21

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Capítulo 21

Estávamos na última semana de janeiro. Tinhamos 8 dias de férias para viajar .

Nossas malas estavam no banco de trás com Alice que iria trazer o carro de volta do aeroporto onde iría nos deixar rumo a uma viajem para o pantanal.

Ela estava adorando a ideia de poder ficar com a picape por uma a semana.

Nos despedimos recebendo mil orientações e um kit sobrevivência com protetor, repelente lanterna e ... uma caixa com jogo de dados eróticos.  Ela nos garantiu que seria muito divertido. Que eles eram fosforescente e por isso poderiam ser usados no escuro.

O passeio estava sendo ótimo.

Leonardo estava muito empolgado com uma câmera filmadora profissional com a qual eu lhe presenteei antes da viajem.

Ele fazia fotos incríveis. Tinha talento para a coisa.

No quinto dia de nossa viajem resolvi contar para Leonardo o porque do nosso destino.

Eu expliquei que eu havia pedido à Sebastião que investigasse as suas origens. Tivemos pouco para começar. Apenas o nome e sobre nome da mãe e o nome da cidade.

Haviam mais de 20 cidades com aquele nome no país, mas um investigador encontrou em uma um senhor que contou a historia de como colocou uma filha grávida chamada Lúcia de pijama e pantufa, no meio de uma noite fria para fora de casa.

O investigador achou muita coincidência. Então perguntou se nós não queríamos checar.

-O que você acha bebê?  Quer arriscar?

Leonardo com a boca aberta em um leve o, apenas assentiu com a cabeça. Ele nunca me pareceu tanto um menininho desamparado.

Eu o abracei envolvendo com os meus braços.

E dizendo o  quanto eu o amava, o quanto ele era especial para mim.

Após o vôo em um pequeno cesna 172, chegamos ao local, uma bela fazenda de médio porte com uma lagoa ao lado da casa principal.

Senhor Antônio Bernardes o possível avô de Leonardo nos aguardava na varanda.

Dimas, o investigador que nos acompanhava fez as apresentações.

-Seu Antônio Bernardes! Estes são Leonardo Bernardes e Tomás Schneider.

Depois das apresentações Antonio quiz saber qual a nossa relação com sua filha.

Leonardo disse que ainda não tinha certeza se a sua mãe e a filha dele eram a mesma pessoa.

Levantando da cadeira na enorme varanda onde estávamos sentados ele caminhou até a porta e entrou. Retornou com um álbum de fotografia onde haviam dezenas de fotos de uma jovem adolescente.

Leonardo começou a olhar as páginas do álbum, alisando as fotos com a ponta dos seus dedos. Então bem baixinho ele murmurou, "mamãe", enquanto de seus olhos vertiam gotas te lágrimas sobre o plástico protetor.

O senhor Antônio começou a se movimentar incomodado e não aguentando mais se conter perguntou.

-Por quê você está chorando? Aconteceu alguma coisa com a minha filha?

Leonardo com expressão de ira, abraçou o álbum e perguntou:

-O que te interessa como é que está a minha mãe? Você nunca se importou com ela. Você a colocou para fora de casa como se fosse um lixo.

- Isso não é verdade. - Anônito tinha na expressão um misto entre desespero e tristeza.

-Eu apenas a coloquei para fora na varanda por mais ou menos uma hora até que passasse  minha raiva inicial e eu não cometesse nenhuma besteira.

Um Amor DiferenteOnde histórias criam vida. Descubra agora