Outra coisa para te agradar;

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— Qual é, anjinho, não seja tão chata. — Momo cutucava a mais alta que se mantinha deitada, ter aceitado fazer aquele trabalho com a mais baixa, com certeza, foi a pior escolha da sua vida.

— Momo, se você me chamou, ou melhor, praticamente me obrigou a fazer esse trabalho com você para me irritar, eu vou embora! — Falou se levantando e ameaçando abrir a porta.

Explicando melhor o que está acontecendo, Hirai Momo e Chou Tzuyu, duas adolescentes no último ano do ensino médio. Conhecidas na escola por serem praticamente inimigas, bom, para Tzuyu elas eram inimigas. Já que para Momo elas poderia ser outra coisa, e não, não estamos falando de amizade.

Só que em vez de paquerar Tzuyu, ela a irritava, a tirava a paciência, a fazia surtar. E por algum motivo ela se excitava com isso. Já a mais alta não, ela tinha repulsa pela mais baixa, a vontade de estrangular aquele pescoço branquinho aumentava a cada vez que a dona aparecia.

Ok, mas então por que essas duas estão fazendo trabalho juntas? Não era só tentar conversar com a professora?

Sim, se Momo não tivesse ameaçado todas suas amigas para que elas não fizessem dupla com a taiwanesa, fazendo com que Momo fosse sua única opção. Bom, ela poderia ter tentado fazer sozinha, mas isso não vem ao caso.

Agora as duas estavam no quarto da mais velha, com Momo tentando convencer Tzuyu a deixar ela desenha-la. Já que o trabalho era para desenhar a coisa que mais acha bonita(o), podendo ser um objeto, um lugar, ou até mesmo uma pessoa.

— Eu já disse que você não vai me desenhar, você vai fazer alguma gracinha. Mas que droga! — Tzuyu bateu o pé no chão se virando para encarar a porta.

— Eu não vou, juro de dedinho! — Momo falou se aproximando cautelosamente, Tzuyu soltou um riso anasalado.

— Você também jurou de dedinho que não iria me irritar, e olha só, já está me irritando. Será que é tão difícil assim escolher outra coisa para desenhar? — Falou tão apressada que não sentiu Momo a abraçar por trás, só percebendo ao terminar já que Momo a deu um leve beijo em seu pescoço.

— Ora, você está irritada porque quer, anjo. E é difícil sim, já que pra mim a coisa mais linda que eu já vi é você. — Falou contra sua orelha sentindo Tzuyu se arrepiar, mas não se moveu.

— O que pensa que está fazendo, Momo? — Tzuyu perguntou se afastando finalmente, e ficando de frente para ela, seus olhos mostravam raiva, mas, estranhamente, o motivo era desconhecido. Bom, não desconhecido, talvez ignorado, ou invisível para que a menina não enxergasse.

— Não posso tentar ser carinhosa com você? Achei que o motivo de sua raiva sobre mim era porque eu te irrito, não é? — Tzuyu assentiu minimamente, com o cenho franzido e os braços cruzados. — Então, estou tentando ser legal. Vai me dizer que isso te irrita também?

Tzuyu analisou Momo, tentando entender. O que a mais velha falava era sem sentido, repentino. Tzuyu queria entender o porquê daquilo, e tentava ver algum sinal de deboche ou mentira na fala. Mas só conseguia ver sinceridade, por mais que o tom e o olhar fosse um tanto quanto brincalhão, Tzuyu pôde sentir sinceridade, e que talvez o humor no tom de Momo fosse apenas... uma forma de Tzuyu não enxergar a verdade, talvez?

— Pessoas legais ou carinhosas não me irritam, mas parece que por ser você, nada que fizer ou ser vai me agradar. Não, talvez se você sumir possa ser uma forma. — Tzuyu sorriu arrogante, não conseguiu concluir nada da sua análise, então não deu importância as provas a sua frente.

— Na verdade, eu acho que tem sim mais uma coisa que eu possa fazer para te agradar...  — Momo falou, ignorando a falta de importância que Tzuyu a deu e andando para mais perto, a vendo recuar e encostar na porta.

Sex and HateOnde histórias criam vida. Descubra agora