Farewell letter

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⚠AVISO DE GATILHO⚠

Se você é sensível, não leia pois pode causar gatilhos e desconforto.

★EXPLICAÇÕES★

-Essa é a primeira one shot que eu faço, então pode ter alguns errinhos kkkkkk

-Eu não tenho intenção alguma de ofender ninguém, se você tiver algum problema com a one shot, ou se sentir desconfortável com algo, por favor fale comigo que eu vou fazer o possível pra concertar.

-Essa one shot é bem pequena e rápida, talvez não tenha sido o suficiente pra expressar tudo o que eu queria passar, mas espero muito que entendam, porque eu não tenho nenhuma experiência com esse tipo de fic.

-Peço desculpas desde já se você se sentir desconfortável com alguma coisa nessa obra.

Boa leitura aos que continuaram♡

Muitas pessoas costumam dizer que o amor é a base para uma vida feliz e completa, já outras dizem ser o companheirismo e a empatia

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Muitas pessoas costumam dizer que o amor é a base para uma vida feliz e completa, já outras dizem ser o companheirismo e a empatia. É uma pena que nada disso seja real, o amor nem sempre é algo bom, às vezes ele pode ser tão grande que machuca.  Já o companheirismo e a empatia... pff, isso não existe.

Eu tenho vinte e nove anos e neste momento deveria estar terminando a faculdade de medicina, correndo atrás dos meus sonhos e garantindo um bom futuro, mas ao invés disso estou sentado no sofá do porão de um bordel.
Eu devia estar segurando uma caneta e anotando tudo que uma pessoa com mais sabedoria ditasse em frente à lousa, mas estou com um cigarro barato entre meus dedos, levando-o à meus lábios de minuto a minuto.

A fumaça inalada corrói meus pulmões pouco a pouco, me matando lenta e dolorosamente, me fazendo tossir até que lágrimas saiam de meus olhos, queimando minhas bochechas rosadas pelo calor insuportável deste "cômodo". Mas eu não ligo, não mais.

Enquanto fumo, posso pensar o quanto quiser e no que eu quiser, mas a única coisa que me vêm a mente sempre que me sento neste sofá velho de couro, é quem vai ser o próximo ou quantos vão ser. Não consigo me lembrar ao certo se alguma vez, depois dos meus nove anos de idade, pensei ou me perguntei algo diferente, talvez quando a mamãe ainda estava lúcida, quando o papai ainda não fosse um bêbado drogado ou quando você estava aqui.

Antes eu sentia medo, angústia e arrependimento, mas depois de tantos anos "vivendo" assim, a única coisa que consigo sentir é nojo. Nojo de mim mesmo, nojo dos caras que me tocam, do cigarro que fumo, do sofá que me deito, do dinheiro que ganho, tenho nojo do que eu sou, do que eu me tornei.

Isso soa irônico né? Afinal eu sempre estava com um sorriso no rosto e fazendo brincadeiras idiotas pra você.

Hoje sou conhecido como "Bunda de ouro", é... esse sou eu, um jovem rapaz que as pessoas trocam de calçada ao ver na rua, mas à noite pagam pra foder. Sou a pessoa que nunca será digna de ser assumida, não como um relacionamento, nós dois sabemos disso. Talvez eu consiga ser apresentado como "o cara que eu fodo", pelo menos.

You're mine all |Jjk+PjmOnde histórias criam vida. Descubra agora