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Dia 2
O tal médico era um senhor de uns setenta anos e manteve seu olhar fixo na Rebecca durante todo o trajeto até o consultório, não conseguindo disfarçar a atração que sentiu pela loira ao meu lado. Ela passou e ele abriu um sorriso, indicando a cadeira.
— Sra Maloley? — Ele perguntou encarando a Rebecca. — Vamos preencher a sua ficha. Me empresta os documentos.
Ela sorriu e retirou uma carteira, entregando para o mesmo.
— Amanda Smith. — Ele disse com um sorriso grande. — Não quis mudar o sobrenome?
Ele começou a preencher a ficha e eu encarei a Rebecca, que deu de ombros. Essa mulher me levaria para a prisão ainda. Usar um documento de identificação falso era algo sério e ela realmente estava disposta a qualquer coisa.
— Não somos casados. — Becca disse normal e o médico a encarou sorrindo.
— Ainda! — Falei rapidamente e senti os dois me encarando. Ela confusa e ele sem graça — Sabe como é, né, não posso deixar meu filho por aí sem pai.
— E porque acha que seu filho não teria um pai? — Becca rebateu com as sobrancelhas franzidas.
— Amor... — Disse de uma forma carinhosa enquanto aproximava a boca no topo da sua cabeça para sussurrar sério — Deixa o médico trabalhar!
O médico sorriu sem graça e voltou a preencher a ficha. Sentia a loira me encarando, mas preferi ignorar. Ficamos quase cinco minutos em silêncio, exceto quando ele perguntava algo sobre a gestação para preencher sua ficha. Em seguida ele entregou um saco com uma roupa dentro e pediu para ela se trocar no banheiro e a mesma se afastou.
Rebecca saiu dali com uma camisola com abertura na barriga, que deixava à mostra toda aquela região. Era a primeira vez que a estava vendo assim e não conseguia assimilar com a garota da fazenda. Ela não era mais a mesma.
O médico indicou a maca e ela se deitou, cruzando as mãos na altura dos seios. Eu me acomodei ao seu lado e enfiei as mãos no bolso do moletom. Eu estava nervoso com aquele momento, mesmo sem conseguir entender o porquê. Ele jogou um gel em sua barriga e ela fez uma careta. Em seguida o médico começou a passar o aparelho na região, fazendo um som ser emitido.
Tum. Tum. Tum.
Eu abri um sorriso e apoiei as mãos na maca, tentando chegar mais perto do televisor que estava mostrando as figuras em preto e branco. Eu não conseguia entender o que aquilo significava, mas aquele barulho era um bom sinal. Senti algo tocar uma das minhas mãos e olhei rapidamente, vendo a mão da loira ali. Eu voltei meu olhar para a pequena tela, ignorando tudo ao meu redor. Estava fascinado com aqueles borrões.
— O feto está ótimo, papais. — O médico disse e eu acabei sorrindo com isso, ainda sem desviar a atenção do televisor. — Ele está com cerca de onze centímetros, o que é bem normal para quem está entrando na décima sétima semana, ou quinto mês. — Ele foi rodando mais o aparelho na sua barriga — O certo é fazer esse acompanhamento semanal, para evitarmos qualquer complicação. Como é a primeira gravidez, vamos tomar muitos cuidados, já que não sabemos o seu histórico. Mas pelo que vejo aqui, está tudo perfeito. — Ele parou o aparelho numa região. — Eu vou deixar a identificação do sexo para a próxima semana... O bebê não quer se mostrar para os papais. Vou passar alguns exames de sangue e te indicar um nutricionista.