Lição nº1: Grávida

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Dedico este capitulo à @Sara-Herondale ♡♡♡ e já agora, vão dar uma vistinha de olhos à fic dela com o Luke "Beside you" :)

5 de Agosto de 2015

[Luke –  24 anos; Virgine – 17 anos]

- Virgine

Acordei desnorteada e confusa. Demorou alguns segundos até conseguir abrir os olhos e encarar a luz intensa no pequeno quarto onde me encontrava. Senti um aperto na minha mão e a primeira pessoa que eu vi foi Luke, que tinha os olhos fixados nos meus, as suas duas mãos apertavam uma minha e que se levantou num segundo da cadeira onde estava sentado assim que sentiu o meu corpo a mexer. Seguidamente, vi a figura da minha mãe, do meu pai e do meu tio.

"Onde estou?" Perguntei com pouca força na voz.

"No hospital. Tu desmaiaste, amor." Luke respondeu-me calmamente.

"Estás bem, meu anjo?" A minha mãe perguntou aflita e nesse momento entra uma enfermeira com uma cara amigável.

"Olá Virgine." Ela aproximou-se de mim. "Como estás? Sentes-te bem?"

"Sim." Falei lentamente, exprimindo a verdade. De facto, não me sentia dorida.

"Ótimo. O senhor é o namorado?" Perguntou a Luke e esta fez uma pequena pausa enquanto ele anuiu. "Parabéns, vão ser pais."

A minha respiração parou assim que ouvi as palavras daquela enfermeira. Eu estava grávida? Não pode ser, não.

"O quê? Não pode ser! A minha menina ainda só tem dezassete anos!" A minha mãe barafustou.

"Mas eles são primos!" O meu pai disse.

"Primos direitos!" E o meu tio acrescentou.

"Essas são as más notícias. A Virgine tem um organismo frágil por ser tão nova e acrescentando uma relação com alguém do mesmo sangue resulta numa gravidez de alto risco."

"Quais são as probabilidades do bebé nascer com alguma deficiência?" Luke perguntou.

"Qual nascer! Vocês não vão ter essa criança! Não vou deixar que estragues a tua vida Virgine, muito menos com uma brincadeira com o teu primo!" A minha mãe protestou exaltada enquanto os seus olhos começavam a ficar chorosos.

A enfermeira levou-a, acompanhada dos restantes dois parente, para fora daquele quarto, para que se pudessem acalmar e falar a sós comigo e com Luke.

Também os meus olhos começavam a ficar chorosos. Isto não podia acontecer. Não agora que está tudo ainda tão frágil.

"Por favor, não chores. Nós vamos resolver isto." Luke disse-me sem largar a minha mão.

"Como Luke? Eu tenho dezassete anos, preciso de estudar, de ir à escola. Como é que queres que eu vá quando a minha barriga começar a crescer? Todos vão olhar para mim de lado enquanto me apontam o dedo e me chamam de puta."

"Eu sei que vai ser difícil para ti mas podes ficar um ano de descanso em casa. Eu agora tenho trabalho, posso nos sustentar, cuidar de ti e desse filho que aí vem."

"Eu não quero depender de ti."

"É só um ano, depois voltas aos estudos."

"Não sei Luke, a minha cabeça está a andar à roda com tanta coisa."

"Confia em mim, eu vou cuidar de tudo." Luke aproximou os seus lábios da minha testa e depositou um beijo carinhoso nesta.

A mesma enfermeira voltou ao quarto e aproximou-se de nós.

"Eu sei que a ideia de ter um bebé é assustadora mas eu preciso de vos transmitir todas as informações. Em relação à sua pergunta, a probabilidade de o bebé nascer anormal é elevada porque vocês pertencem ambos ao grupo sanguíneo A+ o que acrescentado ao facto de serem familiares só torna o caso mais grave." Ela parou de falar enquanto o meu coração apertava dentro do peito. "Mesmo assim, na maior parte dos casos corre tudo na normalidade."

"Mas como foi possível? Eu tomo a pílula."

"Pelo resultado dos exames, houve um curto período de tempo em que o efeito da pílula foi cortado."

"Álcool." Luke diz num tom baixo.

Como fomos tão irresponsáveis ao ponto de nos esquecermos disso?

"Em quanto tempo de gravidez estamos?" Perguntou Luke.

"Menos de uma semana. Nós conseguimos detetar pelas anomalias fisiologias no sistema da Virgine e o exame de sangue tirou as dúvidas."

Eu continuava sem saber o que pensar, dizer ou fazer. A realidade é que nenhuma dessas três coisas iria mudar o que estava a acontecer à minha volta. Eu vou ser mãe.

"Vocês estão a considerar a opção de abortar?" A enfermeira perguntou depois de alguns minutos de silêncio. 

"Não!" Respondi como se tivesse absoluta certeza do que estava a dizer. 

Luke manteve-se calado e olhou-me pelo canto do olho com um pequeno sorriso. Apesar de tudo ele estava contente, conseguia senti-lo. Ele já tinha emprego – um bom emprego –, casa, carro, amor e agora procurava o que a certa idade todos nós procuramos: criar uma família. Luke estava no caminho da felicidade comigo e este filho fazia parte. Ele quer ser pai de um filho meu.

 "Mesmo assim, devem saber que o podem fazer até às dez semanas de gravidez, em caso de alguma emergência. Agora vou deixar-vos a sós, têm muito que digerir."

A enfermeira saiu e Luke empurrou ligeiramente o meu corpo para se poder sentar ao meu lado na cama de hospital.

"A nossa família Luke." Disse-lhe assim que ele começou a fazer carícias no meu cabelo. "Eles pensavam que isto era uma brincadeira e agora... eles vão ficar todos passados."

"O que é que isso interessa? Desde que estejamos juntos vamos ficar bem."

"Prometes?"

"Prometo."

Olá gente linda :)

Terceira temporada!!! OMGGGGGGGGGGG

e a virgine está gravida wut

quero que me digam os vossos pensamentos do que vai acontecer nesta temporada e mais que tudo espero que gostem :) 

love you more than Luke loves Virgine 

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