Tudo parecia calmo naquele dia e aquela era a maior vantagem de estar isolada, elas jamais saberiam o que estava acontecendo do lado de fora.
Hanna não havia recebido nenhum bilhete naquela manhã e aquilo era bom, os enfermeiros diziam que Hanna estava se recuperando, afinal eles acreditavam que ela estava apenas enlouquecendo quando dizia que Renato estava vivo.
Tudo continuava calmo mas dentro de Hanna, a confusão estava cada vez maior. Ela queria sair, queria sentir o sol em sua pele e passar tempo dizendo besteiras com Jessica, mas graças à ela mesmo, aquilo não seria possível.
O silêncio parecia agonizante e Hanna queria que o horário passasse rápido, mesmo que ela não fizesse ideia de que horas eram. Mas de repente, uma porta aberta com brutalidade encerrou aquele longo período de silêncio.
- Hanna você tinha razão, que porra, você tinha razão. - a garota morena do refeitório apareceu como um furacão, gritando e chamando atenção de todo mundo que ainda tinha um pouco de sanidade.
- O que houve? - Hanna perguntou preocupada, enquanto as lágrimas no rosto da outra, aumentavam cada vez mais.
- Ele não ama ninguém, nunca amou, ele tem uma pedra no lugar do coração. - a garota chorava desesperadamente. - Ele a matou Hanna, Renato está vivo e matou a Heyoon, você precisa fugir, ou será a próxima.
(...)
Giovanna, a garota esquisita do final do corredor, havia misteriosamente conseguido um celular. Hanna trocou todos os seus biscoitos de chocolate por trinta minutos de uso.
Discou o número, torcendo para que mesmo depois de meses, o número da ex melhor amiga ainda fosse o mesmo. As mãos da Hanna tremiam, enquanto ela pensava em Heyoon.
Ele a amava. Mas aquilo não havia sido o suficiente para impedi-lo de acabar com ela.
- Alô? - a voz suave do outro lado da linha, fez Hanna sentir um conforto dentro de si.
- Jessica? Sou eu, Hanna.
- Que porra? Como você conseguiu um telefone? E a essa hora da madrugada?
- São muitas perguntas, não tenho tempo para responder. Houve uma morte, Heyoon Jeong.
- Realmente houve mas como você teve acesso a essa informação?
- Não importa! Você precisa me ajudar a sair daqui! Ele matou a única garota que amava e agora vai vir atrás de mim.
- Essa garota se suicidou, qual é o seu problema? Você tem que ficar aí porque você é maluca!
Hanna sentiu seus olhos marejarem, por que ninguém acreditava nela?
- Ela se suicidou? Assim como a Daniela, certo? Não é possível que você não veja que isso é mais um joguinho dele.
- Se continuar me ligando, irei denunciar aos seus diretoria. Você mesma foi atrás de tudo o que está vivendo agora e eu não me importo mais com você. Passar bem Hanna, tente não enlouquecer enquanto apodrece aí.
Jessica então desligou, fazendo com que o coração da Hanna se quebrasse em mil pedaços. Ela estava oficialmente sozinha.
As lágrimas não demoraram a encharcar todo o seu rosto, ela estava desesperada por imaginar passar por tudo aquilo de novo, ela definitivamente não conseguiria.
Ainda abaixada no chão, enquanto deixava as lágrimas fluírem, um feixe de luz iluminou a escuridão do quarto. Hanna imediatamente escondeu o celular embaixo da cama, torcendo para o celular de Giovanna não fosse confiscado.
- Olá?
- Tarde demais para estar acordada, Hanna Beatriz.
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Kill Game | Renato Garcia (Concluída)
FanficHanna havia sido seduzida pelo assassino galã, Renato Nóbrega Garcia e então, precisaria consertar o erro que havia cometido, quando havia o ajudado a fugir do manicômio. "Eu preciso encontrá-lo, antes que ele me encontre primeiro." ⭐️ Livro ganhado...