Capítulo 5

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NOTAS INICIAIS

Hello pessoas. Chegamos para mais um capítulo dessa estória incrível que eu gostei quando li e tô gostando mais ainda de adaptar.

Adivinhem só... Teremos o primeiro hot hoje. Feedback sobre ele é importante pra mim porque é o primeiro que escrevo, então espero que ele seja tão bom pra vocês lerem (ou outras coisinhas mais), quanto foi pra mim, escrever.

Esse capítulo tem 7k + de palavras então aproveitem.

Escutem as músicas - que essa primeira já é uma paulada no fígado - e é isso.

Boa leitura.





POV Camila

(PLAY No One's here to Sleep - Naughty Boy ft. Bastille. Deixem rolar até o final desse POV )

Minha consciência me toma antes que eu possa pensar em começar a me mexer. Se eu tivesse um coração batendo em meu peito, ou sangue para correr em minhas veias, neste momento eu estaria em pânico, mas não sinto absolutamente nada. Não há sensação ou pensamento algum, apenas uma vasta sensação de absolutamente nada.

Funcionou ou isso é a morte?

Devagar, algumas sensações vão tomando conta de mim. Primeiro é a minha cabeça que agora tem um peso incrível de um bloco gigante de concreto que a deixa grudada no chão, mas não me importo, é bom ter cabeça de novo. Depois, a sensação de algo pontiagudo e áspero contra a pele do meu rosto e um formigamento forte e dolorido pelos meus braços e pernas que me faz lembrar que tenho braços e pernas.

Lauren. É meu primeiro pensamento coerente. Tento estender a mão e tocá-la, mas simplesmente não consigo. Me sinto congelada.

O formigamento que já não era confortável se torna uma dor aguda esfaqueando completamente minha pele que se solidifica. Tento gritar de dor, mas a única coisa que escuto é um gemido baixo que pode ou não ter saído de mim, ainda não sei dizer.

Finalmente consigo abrir os olhos devagar e o que eu vejo e consigo identificar é algum lugar embaçado e muito iluminado. Finalmente consigo ter a consciência de que preciso respirar, então puxo fôlegos ofegantes e roucos para pulmões que parecem nunca terem sido utilizados.

Em algum lugar que não identifico, Lauren chama meu nome.

Uma agitação quente passa pelas minhas veias convulsionando meu corpo em algo parecido a espasmos. Consigo colocar um cotovelo no chão para me levantar, em resposta, vomito qualquer coisa que seja que estivesse no meu estômago. Sinto como se meu corpo quisesse se virar do avesso.

Sem que eu perceba, sinto as mãos de Lauren em mim retirando meu cabelo da minha bochecha grudenta e eu me inclino para me escorar nela. Sua pele está fria dessa vez. Será que isso foi alguma sessão de tortura a qual eu não me lembro como começou? O que está acontecendo aqui?

Passado todo o efeito, o mundo se faz nítido e então olho Lauren sentada com as pernas esticadas e o tronco encostado em uma parede cinza próxima a nós. Logo percebo que ela está tão exausta e dolorida quanto eu.

- Você está bem? - Ela me pergunta.

Faço que sim com a cabeça e arrasto a manga do meu conhecido uniforme de presidiária pela minha testa suada.

- Acho que sim. - Finalmente me escuto. Minha voz ainda está aqui. - O que foi isso?

- Não sei ao certo, mas parece que conseguimos. Infelizmente tenho que confessar que prefiro qualquer sessão de tortura à isso.

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