Tell me, are you mine? - NOART

Simples, Eu Vou Embora!

Noah's POV

Eu me encontrava esgotado naquele momento. Em um mundo onde as celebridades são vistas como perfeitas e super bem educadas vivia apenas dentro da cabeça dos telespectadores, porque quem convive com elas vê que não é bem assim. Eu estava à 3 horas nessa reunião onde meu agente gritava e minha parceira da sessão gritava de volta, aquilo já estava me deixando com sérias dores de cabeça.

A sala de reuniões em que nos encontrávamos era bem ampla e com uma parede toda de vidro permitindo enxergar lá fora, onde eu queria estar, a sala ficava no vigésimo andar do prédio então a vista era realmente incrível dali. Berros e mais berros soavam dentro daquela sala e o motivo ? Bom, talvez fosse a quinta vez que minha colega de trabalho chegava ridicularmente atrasa e o Bonnes, meu acessor/agente, não suportava nem um pouco atrasos. Eu particularmente não vi muitos problemas nisso, consegui até 15 minutos pra tomar um café até ela chegar.
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Cansado daquela reunião, descruzo meus braços e me levanto da cadeira calmamente, o que pode chamou a atenção dos outros três presentes naquela sala.

- Urrea, onde o senhor pena que vai ? - Bonnes já estava irritado o suficiente, porém eu não tinha culpa daquilo então simplesmente dei de ombros sem muita importância.

- Simples, eu vou embora ! Essa reunião não tem nada a oferecer para mim. - Digo isso consigo ouvir Bonnes tentar, inutilmente, conter uns resmungos e ver Mari, minha colega, virar o rosto. Pego meu casaco pendurado na cadeira e me viro pra sair indo em direção a porta. - Quase esqueci ! Coloco minha cabeça para dentro da sala antes de fechar por completo. - Bonnes, amanhã só venho depois do almoço! Passar bem ! - E saio por completo antes do mesmo reclamar.

Tenho algo para fazer amanhã antes do almoço? Nem pensar, porém Bonnes está muito ocupado berrando com os dois lá que não perderia tempo tentando me impedir de tirar uma manhã de folga. Talvez estar cansado como estou possa gerar estresse e até traumas, mas acho que como eu estou constantemente cercado das pessoas com quem trabalho, e procuro sempre pessoas de bom astral, eu não me sinta tão pesado psicologicamente assim.

Ando calmamente pelo corredor e vejo Deinert, minha nova maquiadora, dentro do camarim se preparando para ir embora também. Mesmo com a porta aberta, dou duas batidinhas apenas para marcar presença. Ela logo me nota na porta e abre um leve sorriso cansado o qual eu retribuo antes de adentrar na sala.

- Deinert certo ? Prazer Noah ! - Digo educadamente com um leve sorriso. - O que é isso ? - Pego um potinho com três divisórias e cada uma delas com um creme de uma cor, vermelho, verde e roxo.

- São corretivos neutralizantes de manchas da pele, para olheiras, espinhas e coisa assim. - Ele me explica e um leve sorriso envergonhado se abre em seu rosto. - Sim, Sina Deinert - Seu sorriso se mantinha. Ela parecia uma pessoa leve e calma, mas divertida quando necessário. Seria bacana trabalhar com ela.

- Deixe me adivinhar, já trabalhou para Josh Beauchamp certo ? - Digo pra ela e me sento na cadeira da penteadeira e continuo vasculhando as coisas em cima dela.

- Sim, o Sr. Bonnes me contratou através dele. - Fiz uma nora mental de agradecer a Josh e principalmente a tia Úrsula, já que ela é quem conheceu Sina Deinert.

- Bom, então estarei nas sua mãos pelos próximos meses ! Confio em você pra me deixar com cara de nenem. - Sorrio levemente pra ela.

- Obrigada Sr.Urrea! - Ela parecia nervosa, provavelmente foi Bonnes, já deve ter dado uma bronca nela por alguma coisa desnecessária.

- Você parece uma boa pessoa senhorita Deinert, vai ser divertido trabalhar com a sua presença ! - Sorrio pra ela que sorri também e pega um o batom vermelho e guarda na bolsa de batons. - Se Bonnes te encher o saco pode vir falar comigo.

- Muito obrigada Sr. Urrea - Ela diz e percebo que ela ja terminou de juntar e organizar tudo. Me levanto.

- Apenas Noah está ótimo Deinert. Boa noite. - Ela me dá um aceno e um sorriso envergonhado que é retribuído e eu saio do seu camarim indo até o elevador.

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Assim que eu coloco meus pés dentro de casa, eu solto um suspiro cansado e dreprimido. Eu trabalho com o a Pyony's Models à pelo menos 6 anos, nosso contrato é bem extenso mesmo. Nessa agência eu tenho uma liberdade que muitas outras não me ofereciam nem que eu pagasse, uma delas é que eu sou completamente responsável pelo meu horário de trabalho. Poxa, mas nada vem de graça certo ? Certíssimo, para poder controlar meu horário de trabalho – coisa que quem faz é Bonnes –eu sou praticamente obrigado a comparecer no máximo de desfiles da empresa que eu conseguir, não preciso necessariamente desfilar, apenas aparecer com uma roupa da coleção patrocinadora, sorrir e falar bem da Pyony's Models e fazer propaganda da coleção. Talvez fosse isso que eu realmente queria ? Não sei, tenho 26 anos de idade e faço isso desde os meus 5 anos de idade, praticamente não tive muita opção os crescer pois minha carreira de modelo estava praticamente pronta. Com 18 anos na hora de entrar na faculdade eu decidi fazer algo levemente relacionado com minha carreira porém ainda puxando para um lado que me encantava e com mais saídas profissionais, arquitetura. Pode parecer algo que não tenha muito haver, porém o tanto de vezes que já consegui fazer com que um projeto dos Pyonys ficasse do jeitinho que os fornecedores queriam foram muitas, igual quando precisavam fazer um desfile em um lugar clássico, onde foi ? Em um teatro antigo, aquele deu trabalho pra agradar aos fornecedores. Apesar de ter um contrato com eles a 6 anos, eu já trabalho aqui a pelo menos 8, eles me ofereceram um estágio de meio turno durante a faculdade, em troca assinava contrato com eles assim que me formace e fosse modelo deles, Bonnes acho incrível a abertura já que não acreditava que o estágio na área de arquitetura era perca de tempo.

Ando pela casa com calma enquanto desabotoava minha blusa social de forma ficar mais fácil de tirar quando chegasse no meu banheiro. Meu apartamento era consideravelmente grande, uma cozinha moderna com uma ilha de mármore cinzento no mesmo tom dos móveis da cozinha e uma bancada de mármore separava a cozinha da minha grande sala de estar. Minha casa havia sido decorada por uma pessoa contratada por mim mesmo, pedi algo mais neutro e sem muita extravagância. Atravesso o corredor e ouço um barulho vindo do meu quarto e já imagino o que seria e caminho até lá. Abro a porta em um único movimento encontrando Josh jogado na minha cama enquanto jogava Mortal Combate na minha televisão.

‐ Jurava que você iria demorar mais, você ligou avisando da reunião que o Bonnes tava fazendo e tals. Achei que voltava só na hora da janta. – Ele falava mas não dirigia o olhar pra mim, estava focado na televisão a sua frente. As vezes soltava uns praguejos irritado com o jogo e eu apenas me sento na cama pra tirar o sapato.

– Também pensei, porém logo depois me levantei e saí. Bonnes deve estar desesperado atrás de mim ! – Tiro meus sapatos e me levanto indo em direção ao closet.

– Tá brincando ! Você deixou Bnnes lá plantado ? Caraca, nunca tentei fazer isso com minha agente ! – Ele gritou do quarto.

– Claro, a sua é a sua mãe Joshua, tia Úrsula ia te comer vivo na mesma hora! Vou tomar banho, vai pedindo alguma coisa pra gente comer. – Disse e saindo do closet com a minha roupa e vejo ele concordar com um aceno.

Entro no banheiro e começo a tomar banho pensando no que Josh iria pedir pra comer. Durante a semana era normal chegar em casa e encontrar o Josh aqui em casa, as vezes estava ele a sua irmã Sofya aqui em casa. O porquê? Josh meio que tinha problemas com seu padrasto, o pai de Sofya de 19, ele podia ser bem chato quando queriam. Josh só não havia se mudando da casa da mãe por ela é pela sua irmã, com elas ele era um anjo mas com o Josh ele era um inferno, então Josh tinha medo de sair de perto delas e ele se tornar um monstro pra elas também. Já cheguei a convidar ele pra morar comigo, já que meu apartamento é grande, e dividiriamos as contas de casa. Bom, ele meio que aceitou, passa bastante tempo aqui em casa e passa os fins de semana – pelo menos os domingos –na casa da mãe para os almoços e jantares em família. Ele ainda estava se mudando, por isso usava meu videogame até lembrar de trazer o seu da casa da sua mãe, eu tranquilizei ele dizendo que tava tudo bem ele usar o meu, seria até bom ter um na casa da mãe dele, assim quando fôssemos lá teríamos um lá.
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O resto da noite correu igual sempre, pedimos umas pizzas dessa vez e jogamos conversa fora enquanto comíamos e jogamos algumas partidas de videogame depois de levar ele pra sala pra poder jogar e comer ao mesmo tempo. Até o cansaço vencer e irmos cada um para o seu quarto dormir, o momento que eu mais esperava. Estranhamente a pessoa que apareceu na minha cabeça foi Deinert, e não sei o porque.