Primeiro Ano: O Departamento de Biologia Celular e Molecular

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Olá, bolinhos! Voltei com mais uma história para vocês e espero que gostem dessa ShikaHina despretensiosa e totalmente voltada para a ciência. 

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Uma grande pintura de uma representação do DNA humano estava pendurada no fundo do laboratório. Hinata sentiu o coração disparar quando viu as bases nitrogenadas coloridas ligadas à cadeia de açúcar e fosfato branca. Sempre achava incrível quando via alguma coisa que tinha a ver com o corpo humano. A jovem era fascinada pelo funcionamento interno e externo do esqueleto revestido por músculos e pele – com milhares de veias, artérias e vasos linfáticos – que permitia que se movesse e existisse. Crescera acreditando que havia muitas coisas mais a serem descobertas sobre o ser humano e o mundo em si.

Aos cinco anos, ela disse que queria ser uma cientista pela primeira vez. E finalmente, depois de tantos anos, conseguiu o que tanto queria. Hyuuga Hinata tinha passado na prova e era uma aluna bolsista do mestrado na maior faculdade dos Estados Unidos da América, a Harvard. Apesar de saber que seus amigos de infância a achavam uma CDF maluca e esquisita, nada mais importava.

Aquele era seu primeiro dia de aula e tudo daria certo.

— Bom dia — começou o professor assim que colocou os pés dentro da sala de aula —, sou o coordenador do curso Profº Drº Sarutobi Asuma e espero que estejam prontos para um caminho de aprendizado mais aprofundado durante as aulas oferecidas pelo departamento de Biologia Molecular e Celular.

Apesar de sentir suas bochechas doerem, Hinata sorria como nunca fizera em sua vida. A expectativa que criara para os próximos três anos era enorme e ela estava pronta para fazer deles os melhores de sua vida. Sendo a única bolsista com 100% de apoio da faculdade, sabia que tinha que dar seu máximo a todos os momentos.

Ela só tinha que se lembrar de ficar calma.

— Qualquer coisa — continuava Asuma, tranquilamente recostado contra a mesa —, vocês podem me chamar. Ou, se eu não estiver disponível, procurem pelo meu assistente, Nara Shikamaru. É aquele escondido atrás da planta.

Para alguém tão dedicada, Hinata não entendeu o comentário sobre a planta até se virar para olhar o local que o professor apontava. Atrás de um belo espécime de... alguma árvore – Hinata era simplesmente péssima em biologia vegetal – estava um jovem de fisionomia cansada, com longos cabelos negros presos em um coque que, estranhamente, fazia-o parecer um abacaxi. Preguiçosamente, ele ergueu a mão e acenou desanimado.

— Olá — disse simples. — Tentem não precisar muito de mim, ok? Isso é problemático demais.

Nesse momento, a jovem aspirante à cientista decidiu que não gostava da atitude do assistente do professor Asuma e, certa, prometeu a si mesma que iria evitá-lo o máximo que pudesse. Precisava estar focada em seus estudos e aquela pessoa claramente não tinha como acrescentar nada para seu aprendizado.

Se soubesse como estava errada, Hinata teria repensado essa decisão.

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Tudo começou em uma tarde chuvosa do primeiro ano do curso. Hinata, que tinha um péssimo lado distraído quando se tratava de sua vida, esquecera o guarda-chuva em casa. Ou seja, estava presa na Universidade até que a chuva abaixasse, mas isso não seria um problema, já que tinha que estudar para uma das matérias mais complicadas do curso.

— Tem certeza que não quer carona, Hinata? — ofereceu Karin, outra estudante do departamento. — Eu e Sasuke vamos embora de carro, podemos te deixar em casa.

A Hyuuga sorriu agradecida para a colega. Apesar de ser muito quieta, tinha conseguido conhecer pessoas muito legais e boas na faculdade – como Karin e seu namorado, Sasuke. Contudo, ainda era muito tímida e sentia que precisava terminar o que tinha começado no laboratório. Olhou brevemente para a janela que era castigada pela chuva, mas acabou suspirando.

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