Capítulo 33

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Um ano depois

Vincent

O clima pesado que existia, o medo, não existe mais e o poder de respirar aliviado sabendo que o mal não nos atormentará é bom e libertador. Só que eu pensei que esse clima de paz fosse acabar quando meu pai e minha mãe, Ingrid, resolveram assumir para a família toda que estavam namorando, é claro que eu fiquei surpreso, mesmo Natacha dizendo que estava bem óbvio e eu não percebi nada. E meus irmãos aceitaram bem a notícia, Alícia foi a primeira a abraça-los e dizer o quão feliz estava vendo o pai seguir a vida, mesmo que a surpresa tenha sido grande, eu desejei felicidades porque ambos merecerem um novo relacionamento, porque infelizmente não foram felizes nas relações anteriores.

— Papai — Lohan ergue os braços e eu o pego do chão, ele já está falando e andando bem, mas ainda seguramos em sua mão para não ter o perigo de cair.

— Como está o meu garotinho? — o encho de beijos, fazendo soltar uma gargalhada gostosa.

Vou para cozinha e Natacha estava em frente à pia, lavando a louça do café da manhã, me aproximo devagar dela e aperto sua bunda, mordo o seu pescoço e ela geme baixinho.

— O que você acha da gente dar uma volta pela cidade? Ir no parque? — encho um copo de água e Lohan fica me olhando, esperando eu dar um pouquinho à ele.

— Combinei de ir na casa da Raquel ver ela e o bebê, mas não vou demorar muito — assinto.

— E não podemos ir junto?

— É claro que podemos, meu amor — sorriu.

Mamãe entra na cozinha e senta na cadeira, ela estava pálida, me aproximo dela e pego em sua mão, chamando sua atenção.

— Tudo bem, mãe? Está passando mal? — pergunto.

— Está tudo bem, filho, só acordei indisposta e o café da manhã não me caiu bem, acho que o jantar de ontem à noite não fez digestão e ao comer hoje cedo, tudo desandou.

— Quer que eu a leve para o hospital?

— Não precisa, querido, vou preparar um chazinho e melhoro.

— Eu preparo para a senhora.

— Já não estava passando mal na semana passada, sogra? — minha mulher olhou para ela.

— Sim, mas na semana passado foi porque Louis me levou em um restaurante japonês e eu não gostei muito, vou falar para ele dar uma pausa nos convites pra sair porque eu não estou muito acostumada com isso.

— Eu vou ligar no começo da semana na clínica para marcar uns exames de rotina, pode ser alguma intoxicação — minha mãe concorda com a cabeça.

Eu liguei para o meu pai e pedi que ele viesse ficar com a minha mãe enquanto ficamos fora, não demorou nem vinte minutos e ele já estava aqui em casa. Nos identificamos na portaria do prédio onde Raquel mora e subimos pelo elevador depois que o porteiro autorizou nossa entrada, batemos na porta e Andrew atendeu, cumprimentamos ele e entramos na sala.

— Como você está, Raquel? — Natacha se sentou ao seu lado, beijando a bochecha dela.

— Estou bem, Ísis está dormindo mais tempo durante à noite. E vocês? Como está a dona Ingrid?

— Estamos bem, ela queria vir, mas acordou indisposta e disse que vem outro dia — falou.

Eu pego Lohan no colo e me aproximo delas, o deixo mais longe porque tenho medo dele bater no bebê, ele já tentou dar um tapa no Théo. Ísis ainda é pequena, mas já tem bastante cabelo e é ruiva igual Raquel, a pele branquinha e muito fofa, uma bonequinha.

Vidas Cruzadas | Spin-off Trilogia AmoresOnde histórias criam vida. Descubra agora