Destinos Entrelaçados

capítulo onze, Heros.

Olhos que olham são comuns

Olhos que veem são raros."

Não sei exatamente à que horas peguei no sono, faz uns dias que não tenho uma noite de sono decente, aliás acho até que em toda minha fodida vida nunca tive uma, mas já faz mais ou menos meia hora que um certo ser me estuda, me vigia e observa, contínuo de olhos fechados para saber o que vai
f

azer, mas não sou a pessoa mais paciente do mundo, essa palavra é inexistente para mim, quando abro meus olhos os seus não estão mais em mim e sim em uma planta na mesinha do lado de sua cama, ela olha para a samambaia com ternura, nessa vida já vi de tudo menos uma pessoa olhando para uma planta como se ela fosse a coisa mais importante de sua vida, porem quem é que pode entender essa criatura, sinceramente essa mulher é toda mistério, um que eu vou desvendar custe o que custar, ela percebe que estou olhando e abaixa a cabeça, ainda sente muito medo de mim.

- Mas é claro que sente não é, Heros.
A vozinha na minha cabeça não perde uma porra de chance.

Pigarreio duas vezes e tenho seus olhos em mim novamente, só queria entender por que olhar para
ela me causa dor, me trás arrepios e me desconserta completamente.

- Como se sente?

Pergunto, mas é claro que não tenho resposta.
Me levanto, o chão sob meus pés está girando, depois de todo o álcool que ingeri me surpreenderia se não estivesse, ando devagar para
perto e vejo que o pequeno corpo dela se retesa com o sinal de minha aproximação mas não ligo e avanço mais, aqui eu faço tudo que eu quero e ela já vai entender isto, pego seus braços que agora já estão sem as gases, só com os pontos, no fundo me sinto um pouco mal por ela não sei por que só está mulher até agora me fez ter esse tipo de
sentimento.

- Está curando bem rápido, jaja você estará sarada, mas essas marcas irão ficar bem feias.

Ela arqueia a sobrancelha me dizendo o óbvio, nela existem cicatrizes mais feias que essas e tenho absoluta certeza que as mais profundas estão dentro dela.

- Espero que esteja bem disposta essa manhã, por que você irar tomar café da manhã comigo, e como já sei que você não vai falar nada, já adianto, não sou nada bom com rejeições então sugiro que você levante esse seu traseiro desta cama e se arrume,vou só ao meu quarto tomar um banho e passo aqui para descermos.
Digo, ela se levanta, mais não se move e me olha como se eu fosse a pior pessoa do mundo.

Bem isso tem grande probabilidade de ser verdade, mas quem disse que me importo.

- Você não manda em mim.

Ela agora fala e está ficando bem atrevida.

Abro um sorriso e caminho em sua direção lentamente, vejo que sua respiração acelera e a vejo passando a linga nos lábios....ah esses lábios.

Quando chego perto o suficiente ela está recostada a parede, eu paro em sua frente, ela arfa não sei se
é por medo de que eu possa fazer algo contra ela ou por excitação, ergo os braços começo a descer
para a região de sua barriguinha sarada subo e desço ela está com a boca aberta e respirando pesadamente. Porra isso está me deixando com uma ereção do caralho.

Com a outra mão aperto seu pescoço.

- Você...disse...que ...

Ela nem precisa terminar a frase para eu saber do que está falando.
- Sim, eu disse mas esqueci de falar também que

para isso você terá que ser uma boa menina, me obedeça e tudo ficará bem, anjo. Agora que tal você ir se arrumar para o café?

Digo dando um de meus sorrisos de canto para ela.