[1] Vida adulta

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Oii gente, sentiram minha falta? Depois de quase três meses eu tô vindo aqui trazer pra vocês a bendita história dos xicheng de Lan Wangji e o amor

Pra quem acabou de chegar e não leu LWA, você não precisa ler ela pra entender essa fic, pode ficar tranquile.

Essa fanfic vai começar antes da história de amor dos xicheng e eu quero avisar que vai ter gatilho pra relação abusiva nessa primeira fase.

Sem mais, boa leitura 💕

[♡]

Quando Lan Xichen fez 20 anos ele julgou que seu tempo morando com seu tio tinha chegado ao fim. Ele precisava sair da casa onde cresceu e arrumar um lugar só para ele!

- Por que isso tão de repente? - Lan Qiren, seu tio indaga. Ele está parado atrás do sobrinho, vendo o mais novo procurar apartamentos baratos para morar.

- Quero ser independente.

- Agora? Você está prestes a começar uma faculdade, Lan Huan. Eu mesmo só saí de casa depois que me formei!

Xichen morde a língua para não responder o tio. Você só saiu de casa depois da faculdade porque foi cômodo para você, seus pais te amavam do jeito que você era e não passavam o dia enchendo seu saco para você ser um homem melhor, era o que ele queria dizer.

- Eu vou me virar, tio. - tranquiliza o mais velho. - vou conseguir um emprego e equilibrar isso com a faculdade.

- Sobre a faculdade, você ainda está com aquela ideia absurda na cabeça?

- Tio - abaixa o celular e se vira para olhar ele. - qual é o problema em ser obstetra?

- Nenhum, mas existem tantas áreas melhores para você se especializar. - Lan Qiren dá a volta no sobrinho e se senta ao lado dele no sofá. - cardio, neuro, cirurgia geral, são tantas opções!

- E obstetrícia é uma dessas opções!

- É a mais fraca delas! Quer ganhar dinheiro para fazer os bebês virem ao mundo? Isso é muito humilhante!

Aquela é uma coisa que seu tio não entende, uma das muitas. Na verdade, ninguém entende o porquê de Xichen ter tanta certeza sobre o que quer da vida. Ele nunca contou para ninguém sobre aquela noite quando ele tinha 7 anos, a noite mais fascinante da vida dele.

Era janeiro e uma chuva horrível banhava a cidade. A luz tinha caído há mais de uma hora e o Lan Huan de sete anos estava em casa com a mãe, com medo dos trovões barulhentos e do escuro. Sua mãe lhe acalmava com histórias ilustradas por sombras na parede até o momento em que ela se curvou e colocou a mão na barriga, com uma expressão de dor.

Ela estava no fim do oitavo mês de gravidez, o médico disse que Lan Zhan iria nascer na semana seguinte, mas pelo visto ele tinha se enganado.

- Huan, você pode trazer o celular da mamãe? Acho que deixei ele no quarto. - ela pediu, andando até o sofá. O caminho que ela fez pela sala ficou molhado.

Lan Huan andou pela casa escura em passos rápidos. Ele levou o celular para a mãe e observou ela fazer uma série de ligações: para o pai dele (que estava trabalhando), para pedir um táxi (que foi impossível de conseguir naquela tempestade) e para o hospital. A última ligação foi interrompida por um trovão, o telefone escorregou da mão dela e caiu no chão.

- Huan, me ajude aqui. - ela apontou para o aparelho.

Antes que o filho lhe devolvesse o telefone ela grunhiu de dor. Sua testa estava suada e ela tremia.

- Tá tudo bem, mãe? - Huan perguntou.

- É claro. - ela forçou um sorriso, se deitando no sofá. - tá tudo bem, vai ficar tudo bem.

A independência de Lan Xichen ♡ XichengOnde histórias criam vida. Descubra agora