- O Deserto, um lugar um pouco provável para que humanos vivam aqui, mas eu não sou qualquer pessoa. Já fiquei aqui por algumas semanas e não encontrei nenhum sinal por aqui. Talvez eu fui um pouco longe demais... Seguirei meu rumo até lá, quem fala é Léus Glück da área 0057, o Viajante e tal, o homem alto com um cabelo longo e marrom, quer dizer... No momento estou com o cabelo preso e estou com a mesma roupa de sempre... Se as coisas continuarem assim não consegui achá-lo. - Léus desliga o gravador.
Eu preciso continuar o meu rumo à Nova Iorque, recebi informações que ainda possa ter humanos por lá. Mas este deserto enorme, o calor e as pedras rachadas são apenas coisas passageira - respirei fundo e comecei a andar. - Andei por horas e horas, cansado dessa solidão imensa, pensando se realmente há esperança de eu consiga sobreviver a este deserto, eu até comecei a pensar que estava começando a ficar louco, mais do que eu já sou. Em alguns momentos eu via silhuetas de pessoas conhecidas, animais e formas abstratas , mas continuei meu rumo. Quando eu pensei que não podia piorar, acabei me deparando com duas silhuetas de homens e eles estavam montados em cavalos. Eu literalmente achei que era apenas uma miragem, mas a cada momento as silhuetas se aproximavam, perto e mais perto. Então percebi que eram humanos de verdade, fiquei feliz e preocupado ao mesmo, eles me viam como se eu fosse uma carne saborosa. Suas vestes estavam rasgadas e suas aparências eram podres. Eu dei meia volta e comecei a correr o mais rápido possível. Foi a primeira idiotice que eu pensei - ''eles estão vindo com os cavalos, obviamente serei pego.''- Mas eu não sabia o que eu mais deveria ter feito. Infelizmente meu equipamento estava falho, ele havia parado quando eu decidi entrar no deserto. Mas não era um momento apropriado para pensar nisso, eu devo pensar em um jeito de não ser morto por ''Cowboys psicopatas''. Já estava cansado por toda caminhada que eu tinha feito, agora terei que dobrar minhas forças para correr. Mas uma forte dor em meu peito já estava começando a surgir, minhas pernas já estavam frágeis demais para continuar, então eu acabei tropeçando na minha própria perna e dei de cara com o solo rachado. O impacto do meu rosto ao chão foi muito intenso, não saí ileso dessa vez. E então os homens conseguiram me alcançar. Eu estava tão acabado que não tinha forças pra levantar ou reagir a qualquer coisa. Minha visão estava turva quase esmaecendo ao desmaio, sentia dores. Com certeza esse é o pior dia da minha vida. Eles se aproximaram e se depararam com meu corpo no chão. Um deles disse
- Que tipo de invasor é esse que nem consegue correr por quilômetros?
- Esse cara é diferente, nunca vi uma pessoa assim.
- Esse uniforme é familiar, parece ser alguém importante... Será que ele veio de The Last Way?
- Não tenho certeza... Será que esse cara é de valor?
"Será que esse cara é de valor? " O que esses caras estão dizendo? - comecei a me desesperar. -
- Vamos levá-lo para Thompson Strakh, ele vai cuidar desse cara.
Thompson quem? - Léus pensou - Eu não posso ficar aqui parado, eu preciso fugir. Eu tentei me mexer quietamente como uma raposa, porém, os homens são muito atenciosos e perceberam o meu ato.
- PODE PARAR POR AÍ, FORASTEIRO, NÃO OUSE FUGIR!!!
Nesse momento meu coração bateu mais forte. Não sabia o que fazer, então convenci a mim mesmo que eles me levassem.
- Fique de olho nele, vamos levá-lo para Strakh.
Eles pegaram suas cordas e enrolaram minhas mãos e pernas. Assim me impediria de fazer qualquer movimento. Não me precipitei, talvez eles possam me levar para os outros humanos. Não estou tão positivo quanto a isso, mas já é um começo.
Então nós partimos em direção ao Strakh, não sei quem é esse cara. Mas sei que não é coisa boa...
''As lembranças são nossos portais de viagens, sendo boas ou ruins estarão conosco sempre.''
Continua
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The Last Way - A estrada do Infinito
General FictionDepois de um evento que destruiu 50% da Terra, muitas pessoas foram mortas e se perderam ao vento. Então, um viajante do tempo decide voltar para o passado, para evitar o desastre quase apocalíptico.