18. MEGAN

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   O último ano se passou numa velocidade impressionante

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O último ano se passou numa velocidade impressionante.

   Entre diversas viagens e trabalhos, quase não parei em Nova York. "É o preço que paga por ser tão boa no que faz" disse-me Maggie uma vez. Eu a acompanho para todos os lugares em que é chamada, desde festivais de cinema até grandes desfiles de moda. Mesmo não sendo a área dos meus sonhos, mergulhei de cabeça, assumindo cada desafio e me dedicando ao máximo.

    Por isso vibro com a ligação que recebo da minha chefe enquanto ando pelas ruas movimentadas de Boston.

- É uma bela oportunidade, Meg – diz Margaret, e eu quase posso sentir seu sorriso do outro lado da linha – Você aceita?

- Claro que sim! – não preciso pensar duas vezes.

- Ótimo. Te enviarei toda a documentação e papelada que precisa saber mais tarde.

   Minha respiração está acelerada quando terminamos a chamada alguns minutos mais tarde, meus dedos tremendo enquanto mando uma mensagem para Sam avisando das novidades.

   Aproveito o aparelho em minha mão para verificar novamente o endereço que Dylan mandou por mensagem. Pareço ter chegado ao lugar certo. Mas por que ele me mandaria para cá?


Vamos tomar café ao meio dia?


     Recebo uma resposta imediata.


Pq faz tantas perguntas? Só entre



   Reviro os olhos, espalmando a palma da mão contra o vidro gelado da cafeteria e entrando no ambiente bem iluminado.

   Depois da noite que passamos juntos em Nova York, no meu apartamento, foram poucas as vezes que eu e Dylan conseguimos ajeitar nossas agendas para nos ver. Ora ele estava ocupado com playoffs, pré-temporada, temporada; ora eu estava viajando para aonde a revista mandasse. Creio que a última vez que conseguimos ficar mais de duas horas juntos foi no aniversario de Sam, em fevereiro, quando ela fez uma pequena festa para os amigos mais próximos em seu apartamento. Mesmo assim, estávamos tão rodeados de gente – em sua maioria velhos amigos da faculdade -, que mal tivemos tempo para respirar. Quem dirá para conversarmos sobre o que aquela noite significou. Se é que significou alguma coisa.

   Por isso aproveitei que estaria em Boston esse final de semana e lhe mandei mensagem. Conseguimos nos encontrar hoje, num belo domingo ensolarado, que me obrigou a vestir shorts jeans e uma camisa de mangas branca.

   Quando acordei essa manhã tinham duas simples mensagens de Dylan dizendo que faria uma surpresa para mim hoje, o endereço no qual estou agora sendo o ponto de partida. A outra era para que quando estivesse aqui, pedir meia dúzia de donuts de caramelo.

   Faço o que ele pede, sendo atendida por um simpático funcionário. Enquanto espero, mando outra mensagem.


E agora?

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