21. Depois que o Sol se pôr

51 8 0
                                    

— Devíamos levar todos os costureiros mágicos para o castelo humano! — Kira disse rodopiando nos corredores.

Ela usava um vestido rodado branco, com camadas azuis claras e rendas, feito pelos costureiros mágicos como eu pedi. Viôla nos acompanhava e observava logo atrás.

— O estilo de Ellarion é realmente o mais evoluído de todo o mundo atual, e as fadas são as melhores — disse.

— Sua roupa está linda, é difícil acreditar que está usando cores vermelhas chamativas.

Eu estava com um vestido que iam além dos meus joelhos, sem alças ou mangas, que possuía uma belíssima saia branca com detalhes de ouro. Era bom finalmente conversar com Kira sobre vestidos e sentir a alegria dela.

Viramos o corredor e no outro lado Max, Anthone, Luka e um funcionário surgiram.

— Eu disse para Max que não iríamos nos atrasar — disse Anthone.

— Vocês estão lindas — elogiou Luka.

Assim como eu, Max ficou calado. Não havia falado direito com ele desde sua chegada. Não pude agradecer pelas cartas ou contar o que houve na Valsun. Estava apenas paralisada de encontrá-lo. Como poderia agradecer por ter escrito para mim? Como poderia agradecer por vir até aqui? Ele voltou para mim e eu para ele. Haviam tantos sentimentos que me sufocava, por isso estava realmente paralisada.

— Obrigada! — agradeceu Kira.

Fiz o mesmo com um sorriso.

— Vamos? — perguntei e fui para as escadas externas que davam acesso à ala.

Ao chegarmos na Chama do Rubi, uma grande mesa estava disposta com várias velas grandes, talheres, pratos e rosas vermelhas. Estava levemente orgulhosa pela beleza daquele lugar, assim como meus amigos ficaram impressionados com ela. Max sentou-se na ponta esquerda, com Anthone ao seu lado direito e Luka ao esquerdo, e eu na ponta direita, com Kira ao meu lado direito e uma cadeira vazia à minha esquerda, além de mais duas no centro.

A janta foi formal e cercada por funcionários e cozinheiros. Antes do Sol se pôr, convenci, junto com Max, para que ficassem apenas nós cinco no local. Sentamos nos grandes sofás e acendi a fogueira.

— Não há ninguém por perto, por onde começamos? — Luka disse levemente entusiasmado.

— Não descobri nada que possa nos dar uma orientação... — disse.

— Estive muito ocupado... — Max desabafou.

— Eu e Kira também, a guarda ficou uma loucura depois do ataque!

Ficamos em silêncio, nenhum de nós conseguiu se empenhar em descobrir a fonte daquela rebelião, apenas alcançar o castelo da Rainha Obsidiana.

— Com todo respeito, vocês estariam perdidos sem mim — Luka disse tranquilamente com poucos risos.

— E o que você fez? — Anthone questionou, se aproximando dele.

— Descobri uma fonte da rebelião com a minha mente e os contatos do meu pai na guarda.

Ficamos surpreendidos. Luka realmente fez algo impressionante com praticamente nenhuma informação.

— M-mas como? — Anthone perguntou novamente.

— A mulher com quem Scarletty falou na enfermaria foi meu ponto de partida, ela havia citado o próprio nome nos pensamentos enquanto ficava se repreendendo. Busquei por ela, que me direcionou para outra pessoa e, depois de uma rede de humanos, meio-fadas e fadas, encontrei um grupo que pode ser uma fonte de tudo o que aconteceu.

Espadas & MagiaOnde histórias criam vida. Descubra agora