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Taissa (3 anos depois)

Estávamos a fazer um piquenique no central Park. A minha família conseguiu finalmente vir visitar-nos a Nova Iorque, juntamente do James e do seu namorado Edward.

- Podias ter-me dito há muito mais tempo que o James era gay. Estive este tempo todo com ciúmes dele. - Brincou o Evan, e eu ri da cara dele.

- Era divertido ver a tua cara! E além disso achei que sabias. - Peguei numa tosta e coloquei geleia, trincando de seguida.

Desbloqueei o meu telemóvel e tirei uma foto de todos. Estava toda a gente muito feliz, e eu queria recordar aquilo.

- Meu Deus! Com tantas fotos tinhas que pôr logo essa no ecrã bloqueado. - Queixou-se o Evan, e eu ri alto. - Ninguém me leva a sério assim.

- Esta foto é linda! - Defendi, rindo e guardando o telemóvel. - Foi tirada no natal do ano passado! Mas tenho umas mais constrangedoras se quiseres!

Ele gargalhou, inclinando-se e cortando uma flor. Aproximou-se de mim novamente e colocou-a atrás da minha orelha, beijando-me de seguida.

- Não quero que te sintas desconfortável com as flores. - Murmurei, lembrando-me da nossa conversa no Alaska.

- Isso foi há muito tempo atrás, antes de ti. - Ele acariciou-me a bochecha. - Agora já não tenho medo. - Colocou a mão na minha barriga, que já era bem notável. - Só quero que ele cresça feliz, e quero fazer-te feliz também. Quero ser um pai e um marido decente. Ele vai crescer, ter uma infância feliz e ser muito amado.

- Evan... - Murmurei, sentindo os olhos com lágrimas. - Eu amo-te.

Ele beijou-me, e de seguida deixou um beijo na minha barriga, rindo-se ao sentir um pontapé.

- Estás a chorar, querida? - Perguntou a avó Mary.

- Não. - Menti. - Hormonas de grávida.

- E quando é que esse rapagão sai? - Perguntou o meu pai.

- Faltam dois meses só. - Respondi, e o Evan sorriu, abraçando-me enquanto eu acariciava a minha barriga.

- Já decidiram o nome? - Perguntou o James.

- Thomas. Inicialmente o Evan queria chamar-lhe Peter, para ficar Peter Peters. - Rolei os olhos, e a minha família riu.

- Estava só a tentar ser criativo. - Defendeu-se, e eu ri mais.

A tarde foi muito divertida. O Evan tinha-se tornado uma pessoa muito social e divertida, até mesmo na empresa. Foi incrível ver as pessoas deixarem de o temer e começarem a falar com ele de forma descontraída. No início ele ainda tentava não fazer muitas amizades, mas depois começou a deixar o medo de lado e até já saía com colegas da editora.

Ao fim da tarde fui fazer uma pequena caminhada com o Evan.

- Nunca te agradeci. - Parei de andar, encarando-o de seguida. - Pela proposta.

Ele riu, e acariciou-me a face.

- Eu amo-te. - Pousou a mão na minha barriga. - Amo-vos.

Sorri e beijei-o, esquecendo tudo o que se passava à nossa volta.

Nunca pensei que seria possível ser tão feliz.

A Proposta - Evan PetersOnde histórias criam vida. Descubra agora