Um aMor Fora Do padRão

Isso é loucura!

Eu não imaginava ouvir tal resposta. Aquelas palavras invadiram minha mente e refletiram em uma onda de calor por meu corpo, elas me fizeram imaginar coisas maravilhosas com aquele homem.
O que eu não imaginava era que algumas horas depois eu estaria no quarto com ele prestes a por em prática o que havia imaginado.
***
_ Hora de sair da piscina! Falei disfarçando o quão desconcertada fiquei depois do que Davi havia dito.
Ele nos acompanhou até próximo ao quarto a fim de mostrar que realmente éramos convidados dele.
As meninas foram para o banheiro e eu caí na cama sem imaginar que o havia visto novamente e agora ele estava um pouco mais diferente.
As garotas exaustas dormiram, mas eu não conseguia pregar os olhos, já era quase onze da noite e eu girando na cama.
Levantei-me, fui ao corredor, precisava respirar. Luzia estava dormindo, eu precisava compartilhar com alguém, Alêda talvez estivesse chegado a pouco do trabalho eu não ia ligar e incomodá-la com coisa de adolescente. Fazia um pouco de frio eu estava com o cobertor da cama.
...Que imagem assustadora um vulto branco e medonho no corredor à meia luz... Senti vontade de sorrir e antes que assustasse alguém resolvi voltar, mal me virei e alguém apareceu no final do corredor, era ele tinha que ser ele para meu coração disparar rapidamente, o vi apenas com visão periférica, mas tive certeza. Ele vinha rápido e ao me virar para falar algo, demonstrar minha surpresa, ele me beijou, me puxando para si, deixei cair o cobertor, pois o beijo dele já havia me aquecido, os braços me envolveram e nossos corações estavam disparados.
_ Eu preciso de você, não consigo mais ficar distante, ainda mais por saber que você está tão perto de mim. Disse ele entre os beijos.
Parou rapidamente e vendo que eu estava totalmente rendida a ele. Segurou minha mão e me levou rapidamente até a porta do quarto dele. Parei por um instante, eu estava sendo irresponsável, as meninas estavam no quarto sozinhas, eu não podia, eu não deveria. E foi esse o argumento que usei para que ele não insistisse.
_ Até quando você vai procurar desculpas, primeiro eu era casado, passei esse tempo todo tentando fazer tudo certo pra você me aceitar, larguei o salário que ganhava na empresa do meu pai porque você me chamou de rico insensível, e agora o que mais você quer?... Disse ele se alterando um pouco.

Eu fiquei pensando em tudo o que ele disse, ele havia feito tudo para me agradar, meu Deus o que mais eu posso querer?

... Já sei.
_ Uma noite... Falei
Ele se mostrou impaciente, passando a mão pelos cabelos castanhos lindos.

_em seus braços é isso que eu quero, uma noite em seus braços. Falei encarando-o.
Ele parou e me olhando beijou-me novamente, abriu a porta do quarto, esbarrei na poltrona, na parede porque ele não largava meus lábios. Sorrimos e enfim chegamos à cama.
Todas as vezes que eu imaginei alguma coisa com esse homem, era algo tranquilo, romântico, beijinhos aqui e ali, mas essa noite não seria assim, ele me desejava com intensidade e eu sentia o mesmo, eu o queria comigo, o queria dentro de mim.

Foi levantando a minha camiseta, e eu puxando a sua, começou a beijar e sugar um dos meus seios levemente, mas com a mão apertava o outro, eu sentia o calor da pele, o toque daquele abdômen que eu achei lindo desde o dia em que o vi no banheiro.
Eu não tive tempo para pensar em sentir vergonha de alguma gordurinha da minha barriga, ou do meu quadril, eu simplesmente estava nua em seus braços e ele me olhava, e deslizava os lábios sugando levemente partes do meu corpo.

Tocou minhas coxas e beijou meus quadris, fazendo um caminho de beijinhos até onde eu mais o queria, senti sua mão quente e seus dedos deslizarem suavemente sentindo minha umidade, então ele veio feito um urso, grande e forte e cobriu meu corpo, beijou-me e penetrou-me, eu tive uma sensação de ter explodido de prazer, eu o queria como nunca quis Arthur ou Kaleb ou homem algum.

Ele começou a movimentar-se dentro de mim, eu queria gritar, queria sorrir, chorar, não sei de verdade o que sentia, quando o movimento ficou mais intenso minhas mãos apertaram seus ombros e as unhas marcaram sua carne levemente.

Senti meu corpo estremecer no momento em que ele foi mais fundo e toda nossa energia foi descarregada invadindo nossos corpos, nos fazendo chegar ao máximo do prazer, eu o queria para mim, eu o segurei com força e ele descansou sobre mim.
***
Acordei ao lado dele, o olhei por alguns segundos.
... Isso é loucura!
Sai antes que ele acordasse.
Durante todo o evento tudo estava diferente, quando nos víamos, sorriamos feito adolescente que aprontaram.
A noite ele me chamou para jantar no restaurante do hotel, eu neguei, pois estava a trabalho e por mais que quisesse estar com ele, não podia deixar Luzia sozinha para tomar conta dos garotos.
Então ele apeteceu na porta do nosso quarto com um pote de sorvete para as meninas e um vinho para nós dois, sentamos no corredor, no chão e não demorou muito para os garotos e Luzia sentaram conosco, o sorvete foi dividido e ficamos horas conversando, até que um dos funcionários acabou nossa festa.

Não fui novamente para o quarto dele, apenas ficamos um pouco à porta. Ele disse que estava pronto e não me deixaria sumir.

***
Depois daqueles dias continuamos mantendo contato por telefone, eu não tinha tempo de ir a cidade e ele precisava tocar o negócio, além de cuidar de Ana, sinceramente namorar a distância era novo para mim, fazer sexo por telefone era ainda mais, mas eu sabia que a distância poderia ser um empecilho muito grande para algo recente, não demorei muito para comprovar.

Ele não me atendeu por dois dias seguidos, fiquei sem chão, não podia culpa-lo,
... mas ele dizia que me amava.
Fui para a escola e nos intervalos eu não parava de pensar como havia sido boba.
Não aguentava mais me perguntar isso o dia todo, cheguei em casa.
_ Meu portão velho de madeira, não deixa entrar o que me machuca. Falei.
_ Não sabia que você falava com portões. Ele estava escorado ao pé de jambo.
Fiquei sem palavras.
_ Não foi difícil achar sua cidade, muito menos você. Disse ele sorrindo.
_ Cidade pequena é assim mesmo, todo mundo se conhece. Falei sorrindo.
_ Perdi meu celular e enlouqueci por não falar com você. Disse ele tocando meu cabelo.
Me lembrei que você falou o nome da sua cidade, daí estou aqui. Continuou.
_ Fiquei preocupada e com saudades, mas já que você está aqui posso te apresentar para os meus pais? Perguntei
_ Na verdade não. Disse ele sério.
Eu congelei.
_ Eu já me apresentei como seu futuro noivo.
Continuei congelada.
_ Você quer ser minha noiva ? Perguntou ele.
_ Isso é loucura! Falei.
_ Você sabe o que é loucura não é ? Disse ele sorrindo.
_ Então sim. Nos beijamos.