A misteriosa mansão - Capítulo 1

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Em algum momento, já passou pela sua cabeça, que pode existir de verdade, seres sobrenaturais... Talvez eles possam estar escondidos e não podemos vê-los... Ou talvez, passamos por eles e nem percebemos.
  As pessoas me acham esquisita, porque estou sempre viajando na imaginação e criando teorias. Em vez de sair com os amigos, prefiro ficar em casa lendo meus livros. Não se pode nem mais ler livros hoje em dia que te acham estranha. Confesso que tenho um pouco de inveja das outras garotas, elas são lindas, estilosas, divertidas, cheio de amigos ao seu redor e populares. Enquanto eu... Bom, eu sou totalmente ao contrário, se me pedissem para me descrever, diria que sou uma garota sem graça, anti-social e  tímida. Mas de qualquer  forma, não posso mudar quem sou, mas até que gosto assim.
  Minha mãe decidiu se mudar para uma casa mais pro interior da cidade, pois ela tinha um novo emprego como diretora de uma escola e para isto ela tinha que se mudar, pois a escola era bem longe da nossa moradia. Obviamente eu teria que mudar de escola também, mas eu não ligava para isto, não ia fazer a menor diferença, vou ser a mesma esquisita da escola, ninguém vai me notar, para as pessoas eu sou um fantasma, totalmente invisível.

  Estava terminando de arrumar minha mala, até ser interrompida com batidas em minha porta. Ando em direção da mesma e a abro dando de cara com minha mãe.

Mãe: Já está pronta? - Ela passa por mim entrando em meu quarto.

-Estou terminando de colocar algumas coisas na mala e assim que terminar eu desço. - Vou até minha gaveta e pego o restante que havia nela.

Mãe: Está bem, vou esperar no carro. - Ela fala saindo do quarto.

Fechei minha mala e peguei minha touca preta a colocando sobre minha cabeça. Puxei a mala até a porta do meu quarto e dei uma última olhada nele.

-Vivemos muitos momentos juntos… Adeus! - Apaguei a luz e saí descendo as escadas. Tranquei a porta da casa e fui em direção ao carro de minha mãe, coloquei minhas bagagens no porta malas e adentrei no carro. O mesmo começou a andar, então peguei meu fone de ouvido e coloquei minha música favorita, pois a viagem seria longa.

(10 h depois)

Foram dez horas de viagem, finalmente chegamos a nossa nova casa, ela aparenta ser grande e meio sombria. Mas precisava ser no fim do mundo, bem na frente de uma floresta? Pelo menos não vai ter ninguém perturbando aqui, já que pelo visto, o bairro é deserto.

Mãe: Olha, temos vizinhos! - Ela falou encarando uma mansão no outro lado da estrada, no meio da floresta.

-Eba, adoro aturar vizinhos - Tirei meu fone de ouvido e sai do carro junto com minha mãe.

Mãe: Não fale assim, eles não te fizeram nada. - Ela abre o porta malas e tira as bagagens de dentro ás colocando no chão.

-Nossos antigos vizinhos colocavam o volume no máximo e eu nunca conseguia me concentrar nos estudos. - Me encostei-me ao carro e observei a tal mansão.

Pisquei uma só vez e me deparei com um homem no outro lado da estrada. Ele estava todo de preto, era alto, cabelo negro, estava como uma expressão séria e carregava um olhar vazio. Mas… Estou vendo direito? Seus olhos… eles eram vermelhos e brilhavam… Fiquei um pouco assustada, me deu até um calafrio no corpo. Mas, assim que pisquei novamente, o homem desapareceu.

Mãe: O que está olhando? Vem me ajudar com as malas - Me viro para a mesma e vejo que carregava várias malas em suas mãos.

-É que eu jurava ter visto um homem no outro lado da estrada - Vou até minha mãe e pego o restante das malas que haviam sobrado.

Mãe: Deve ser só coisa da sua cabeça. - Ela fala fechando o porta malas e indo em direção a nossa casa.

-É… Dever ser. - Olhei para trás para conferir e logo em seguida, sigo minha mãe.

(5 h depois)

Eu e minha mãe passamos o resto da tarde arrumando a casa, e valeu à pena, ela está mais agradável e menos sombria. Depois de arrumar a casa, eu fui tomar banho e logo em seguida, fui jantar com minha mãe.

Mãe: O que achou da casa? Ficou bem mais bonita depois que pintamos e arrumamos. - Ela fala toda contente com o resultado.

-Sim, só acho um pouco grande demais para duas pessoas, mas até que gostei. - Abro um sorriso para a mesma.

Mãe: Faz tempo que eu não te vejo sorrir, devia fazer isto mais vezes. - Ela terminou sua frase dando um gole em seu suco.

-Vou tentar… Bom, eu vou me retirar agora, amanhã é meu primeiro dia de aula e eu quero ter uma boa noite de sono. - Me levantei da cadeira e subi as escadas.

Mãe: Boa noite filha! - Ela grita da sala de jantar.

Entrei no meu quarto e me joguei sobre a cama, eu estava totalmente acabada, o dia foi muito cansativo. Nem tive tempo de ler um pouco, então resolvi dar uma lida rápida em meu livro antes de dormir.
Passou-se trinta minutos e eu já estava com sono, então resolvi parar de ler e dormir. Coloquei meu livro no cômodo ao lado e me virei para dormir.
De repente, sinto aquele calafrio novamente. Sentei-me na cama e logo notei que a janela estava aberta com a cortina sobrevoando.

- Que estranho, jurei que estava fechada. - Levantei-me da cama e fui em direção a janela, logo a fechando e voltando rapidamente para cama.

Mas algo estava me incomodando, sentia olhares sobre mim, como se alguém estivesse me vigiando.
Sentei-me novamente na cama. Meus olhos encaravam atentamente para cada canto do quarto, havia algo de estranho ali. Meu olhar parou no canto escuro do quarto, ao lado da porta, havia duas luzes vermelhas e brilhantes, quase da altura da porta, mas elas estavam piscando... Não são luzes, são olhos! Aqueles mesmos olhos vermelhos que eu havia visto logo cedo.

-Q-quem é você. - Minha voz ecoou em todo quarto.

Os olhos estavam ficando cada vez mais próximos, não demorou muito até seu rosto e corpo serem revelados. Era o mesmo homem da estrada. Ele estava vestindo um casaco preto com capuz sobre a cabeça, a escuridão cobria a metade de seu rosto e a outra metade era iluminada pela luz que vinha da janela.

- Po-por favor, saia! – falo gaguejando um pouco por conta do medo.

??: Gizelly... Gizelly...

O homem sussurrava várias vezes, chamando pelo nome "Gizelly". Ele se aproximava cada vez mais, e eu apenas o olhava assustada, não queria morrer assim.

-Saí de perto de mim! Eu vou gritar...

Ele continuava se aproximando, cada vez mais perto de mim. Eu não podia continuar parada, precisava chamar minha mãe antes que alguma coisa acontecesse.

-So-SOCORRO! MÃE ME AJUDA, SOCORRO! – Eu gritava desesperada com meus olhos fechados e lágrimas escorrendo pelo meu rosto.

Escutei a porta abrir rapidamente, logo depois do meu grito. Abri meus olhos e me deparei com minha mãe ofegante, segurando uma faca em sua mão.

Mãe: O que houve! Por que gritou desse jeito. – Ela caminha em minha direção e senta em meu lado.

Olhei para o mesmo canto, mas, o homem havia desaparecido.

- Tinha um homem aqui, era o mesmo que eu havia visto hoje cedo, ele tinha os olhos vermelhos e... – Minha mãe me interrompe antes de terminar a frase.

Mãe; S

, estou preocupada com você, está começando a ver coisas onde não tem. – Ela limpa minhas lágrimas e se levanta.

- Eu juro que tinha alguém aqui, não estou louca! – Falo meio alterada.

Mãe; S

, não tem ninguém aqui... Por que a janela está aberta? Vai pegar um resfriado assim – Ela vai em direção a janela e a fecha.

- Eu a fechei agora pouco. O homem escapou por aí! – Apontei para a janela.

Mãe; Já deu S

, vai dormir que amanha você tem que acordar cedo. – Ela saiu do quarto e fechou a porta.

Levantei logo em seguida e olhei pela janela. Aquela mansão estava com as luzes acesas e havia uma sombra em forma de pessoa parada na cortina. As luzes foram apagadas rapidamente assim que perceberam que eu observava. Tinha algo de estranho naquela mansão e eu não queria nem saber, aquilo me assustava muito. Voltei para cama e adormeci logo em seguida.

Continua...

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