no turning back - larry stylinson

capítulo dois

Atravessamos umas 8 ruas até finalmente chegar em sua casa. Exteriormente é grande e as paredes eram comuns, de cor marrom e detalhes brancos. Louis não disse nada durante todo o caminho, estou com medo do que irá acontecer, talvez eu seja um problema. Ele pega um maço de várias chaves com etiquetas com o nome de cada cômodo, uma boa forma de organizar, se fosse eu no seu lugar iria ficar 1 hora só pra achar a certa. 

- Vem, pode entrar. - obedeço, sem dizer nada. Ao fazer observo cada detalhe e tento imaginar a sensação de estar em um lugar sozinho, apenas você e seus pensamentos. Era disso que eu precisava.

- Harry, senta aqui comigo. 

- Ok...- Sento-me no sofá ao seu lado

- Olha, eu fiquei o tempo todo tentando achar as palavras certas mas eu não consigo pensar em nada além de, eu sinto muito.

- Não esquenta, é normal todos terem pena de mim

- Hey, não - ele coloca a mão em meu rosto - eu não estou com pena de você, eu estou dizendo que é muito triste para seus pais perderem a companhia de alguém tão incrível como você

- Significa que você não me considera como um problema?

- O que? Claro que não! 

- Mas Louis, eu não sei o que fazer daqui pra frente

- Eu vou te ajudar sempre que precisar

- Onde eu vou ficar?

- Por enquanto fica aqui na minha casa, eu acho que você não iria gostar de estar no horan's club

- Porque?

- Os caras são meio barra pesada

- Meu deus e você ia me deixar ficar lá?

- Eu tinha me esquecido desse detalhe 

- Tudo bem... - não brigo com ele, pelo menos a situação mudou - Louis me conta mais de você.

- Tipo o que? - ele arquea as sobrancelhas

- O que você quiser me contar - dou um sorriso educado

- Bom, eu tenho 18 anos, tenho um amigo chamado Zayn, ao tempo livre gosto de ler e escrever.

-  Eu também escrevo! e sobre sua família?

-Bom, minha mãe morreu no parto e eu nunca conheci meu pai. Minha avó me criou.

- Sinto muito eu não devia ter perguntado, sou um idiota!

- Não tem problemas, agora estamos quites, você me disse seu problema e agora eu disse o meu. - ele se levanta - Eu tenho um quarto vazio, vou te mostrar

 Nos levantamos e fomos ao quarto que era no próximo andar, a casa dele é um pouco maior do que a minha. No segundo andar tem 4 cômodos, 2 quartos e 2 banheiros. No de baixo tem a sala, a cozinha, e um cantinho que tem uma estante com livros e umas almofadas no chão, eu acho que era tipo uma mini biblioteca 

- Olha, me desculpa a bagunça, como ninguém fica aqui eu coloquei umas coisas...- ele coça a cabeça então começo a rir - O que?- ele pergunta curioso

- É que você coça a cabeça igual meu vô - começo a ter crise riso

- Harry você é muito bobo sério - ele também ri. - Então, vamos tirar algumas coisas daqui, me ajuda?

- Ok - deixo minha mochila pendurada perto da porta, na parede e ajudo ele a pegar as coisas. Mas antes de começar ele pega seu celular e coloca uma música que eu nunca tinha ouvido, é tão linda

 - Essa música se chama I will be right here waiting for you do Richard Marx- meu deus ele leu meu pensamento

- Eu adorei seu estilo musical Lou. - Tinha alguns objetos aleatórios no quarto tipo uma vassoura, e alguns pedaços de madeira.

- Porque tem essas madeiras aqui? Você trabalha com isso?

- Não, eu trabalho em uma lanchonete, essas madeira são um experimento que eu fiz quando estava no tédio 

- Ah sim, mas deu certo esse experimento?

- Pode-se dizer que sim, sabe essa escrivaninha aí do lado?

- Hum...-olha para a escrivaninha que estava com alguns livros em cima

- Eu que fiz!

- Caralho Louis que perfeita!

- Harry falando palavrão

- É muito tempo que estou passado com você sabe... isso está me mudando.

- E é uma coisa boa pra você? - nos olhamos de cima pra baixo e sorrimos, no fundo eu me pergunto, o que é isso afinal?

- Talvez sim, talvez não - Respondo, ele sorri novamente.

- Harry, quantos anos você tem? 

- Tenho 16 e você? - travo na hora de falar, sim eu sou um bebê

- tenho 18 

-  Dois anos de diferença - penso alto

- Sim... - ficamos quietos, eu acho que ele não gostou muito de saber disso, agora tudo acabou que droga porque ele faz isso comigo? eu estou ficando confuso

- Louis, me fala o que você está pensando, eu fico tentando imaginar o que passa pela sua cabeça quando você abaixa o olhar e as vezes tenho medo de ser algo ruim, eu acabei de te conhecer mas já não quero te perder, você é a única pessoa que eu tenho agora... - ele larga o objeto que estava em suas mãos e se aproxima rapidamente.

-  Eu não estou pensando em nada ruim, desde quando te vi pela primeira vez a única coisa que domina meus pensamentos é o quanto você é lindo. - prendo a respiração, está acontecendo

- Eu? você enlouqueceu! - Coro

- Shiu! - ele coloca o dedo em meus lábios indicando silêncio, desço meu olhar até os seus pequenos lábios vermelhos- Não eu não enlouqueci você é perfeito, do jeito que é

- Se eu sou perfeito, então você é um deus porque eu nunca vi um sorriso tão apaixonante como o seu - as palavras dominam minha boca, quando me dou conta já saiu

- Seus olhos me fazem sentir como se eu estivesse no paraíso - ele se aproxima mais, o que ele vai fazer?

- E os seus me fazem sentir como se eu estivesse no ceú, mais eu olho para eles mais eu me apaixono - Seu nariz encosta no meu nossa respiração está descontrolada, então sua boca pequena e macia se junta a minha suavemente, logo seus dedos passam pelos meus cachos e  minhas mãos cruzam em suas costas. Gradativamente aumentamos a intensidade do beijo agora nossas linguas se entrelaçam em movimentos circulares. Paramos um tempo para ter fôlego

- Você é incrível-  ele diz ainda ofegante 

- Você também - estou com os olhos fechados tentando absorver tudo o que aconteceu. Nos afastamos e ficamos nos olhando e sorrindo igual bobos. 

Eu saí de casa em busca de liberdade, mas no caminho acabei encontrando o amor.