ㅤㅤcapítulo 12.

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PARSECS DE DISTÂNCIA DO AGITADO centro da República, um mundo despertava com a canção dos pássaros ecoando pelos vales

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PARSECS DE DISTÂNCIA DO AGITADO centro da República, um mundo despertava com a canção dos pássaros ecoando pelos vales. Ou ao menos onde eles ainda existiam. Aquela melodia alertava para os novos ares que surgiriam nos dias seguintes, longe dos conflitos que afligiam outros extremos da galáxia. Uma paz que custou caro para seus governantes. A atmosfera na corte era elétrica, longe da taciturnidade dos seus súditos e da exuberância da pequena fração de natureza que ainda exigia permanecer em meio a urbanização. O som do silêncio quebrado por acusações de quem não continha a sua ganância e réplicas de quem cansou de baixar a cabeça.

Pilares bem elaborados de concreto branco se erguiam sobre as cabeças dos ali presentes, paredes de ancestralidade e políticas em ruínas. No centro do salão de ouro e histórias de conquista de antepassados, uma mulher em vestes em tons de verde cerrava os olhos para os malfeitores e suas péssimas alegações.

Aqueles olhos já haviam visto bem mais que aquilo; a crueldade desmedida, guerra injusta, sangue inocente jorrado pelas mãos de quem deveria ter se importado e garotos de olhos bonitos completamente sem vida em seus braços. Mas eles haviam visto também amores antigos ressurgindo das cinzas que formaram, e estrelas morrendo enquanto explodiam em centenas de cores. Um tipo de beleza agridoce, a beleza do universo estava também no fim de um ciclo.

Essa não era a vida que ela desejou. Ela sonhou com problemas resolvidos e heróis coroados com a vitória, em troca disso descobriu que soldados revestidos de aço cor de cobre provocavam baixas para o exército da República, não para si mesmos. Pessoas mortas não tem nada a perder. A República perdeu pais, irmãos, homens... Os oponentes, apenas um conjunto de criaturas com fios e circuitos mantendo seus núcleos ligados, seres não vivos.

Homens bons giravam seus punhos com o peso de suas lâminas ardendo em suas crenças, aprendizes caídos inundavam o olhar de seus mestres com lágrimas, e ainda assim continuariam. Porque no final, todo mundo é um pouco dos dois. Pacificador e guerreiro. Aluno e professor. Vítima e culpado.

Bons soldados seguem ordens. Soldados, não pacificadores. Pacificadores amam a galáxia a cima de tudo.

E ela, no fim do dia, iria chorar a perda dos que não mereciam aquele fim. Seus olhos seriam capazes de capitar as lágrimas dos sobreviventes e o sorriso nos lábios das crianças que seriam o futuro e que agora tinham sinal de esperança. Mal esperava para censurar cada um dos culpados que se julgavam superiores a ponto de fazer coisas certas por meios errados, para ver o símbolo do lado ganhador triunfar sobre os vencidos. Por enquanto, ela se contentava em apenas continuar.

VERBOTEN. ❪obi-wan kenobi❫Onde histórias criam vida. Descubra agora