uma paixão inevitável - marinês

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POV MÁRCIA

Hoje é o meu aniversário e eu decidi ir à um bar. Minha família mora em outro estado e já não tenho contato com nenhum parente desde que minha mãe me expulsou de casa e meus amigos também moram um pouco distantes, e por aqui no Rio de Janeiro só tenho o Eric que foi ao cinema com sua filha, a Luna. E enquanto aos meus colegas de trabalho, são somente colegas mesmo, não considero como amigos.
Enfim, não gosto muito de comemoração, sou muito reservada e não gosto de festa de aniversário, prefiro algo mais particular mesmo.
Como não tenho muita opção do que fazer e até porque eu nem quero muita coisa, só beber uns drinks e umas cervejas, eu vou ao Bar da Inês.
Me arrumo toda, visto um vestido preto justo que valoriza meu corpo, calço um salto alto também preto, faço uma maquiagem bem leve e deixo meu cabelo completamente solto.
Entro no meu carro e dou a partida para o Bar que inclusive é bem perto daqui.

POV AUTORA

Chegando lá no bar, Márcia percebe que não tem muitas pessoas lá, o que ela acha ótimo, já que não gosta muito de socializar.
Ela senta num banco e á sua frente, Inês aparece quase como do nada.

-O que deseja?- Inês pergunta.

-Quero uma cerveja, por favor.- Diz Márcia.

-Tá bom. A bebida é por conta da casa, já hoje é um dia pra ser comemorado. - Inês fala e automaticamente surge uma expressão um tanto quanto confusa na face de Inês.

-Ahn?

-Hoje. É seu aniversário. Não vai me dizer que esqueceu?

-Mas como você sabe d-

Inês fecha a boca de Márcia com seu dedo indicador sobre seus lábios

-Eu sei de absolutamente tudo, querida.

-Mas-

-Não questione.- Inês fala e vira-se para buscar a bebida com seu sorriso sarcástico, comum dela.

Ela volta com a bebida na mão e passa para Márcia.

-Como vai seu dia de aniversariante?

-Vai bom. Na verdade não teve muita coisa pra mim fazer hoje então eu vim pra cá.

-Meu bar é sua última opção?

-Não- Márcia ri e completa; -É a primeira mesmo. Meus familiares nem fazem questão de me ver e meus amigos moram bem distantes e também não gosto de festa ou algo do tipo. Então não, seu bar não foi minha última opção.

-Que bom.

Passado-se um tempo depois, Márcia decide ir pra casa. Todas as outras pessoas que haviam no bar já tinham ido embora, já era 1 da manhã.

-Vou pra casa. Preciso ir.

-Você? Desse jeito? Pelo amor, você vai acabar causando um acidente.- Inês hesita e questiona. Não achava que ela deveria fazer isso.

-E o que que você quer que eu faça? Falei que não queria mais bebida e você só mostrava diferentes tipos e marcas delas.- Márcia fala gaguejando um pouco por causa do efeito das bebidas.

-E você aceitando.

-Sim.

-Então?

-Então o quê?

-Onde você vai ficar?

-Já disse que vou pra casa.- Márcia levanta do banco e quase cai, mas Inês segurou-a antes que pudesse cair.

-Você não vai.- Inês fala um tanto quanto perto do rosto de Márcia e a morena se assusta com a mulher perto da mesma e se afasta um pouco. -O que acha de dormir aqui? Temos alguns quartos de reserva.

-Eu?

-Sim. Você.

-Tá bom. Mas só porque vejo que está preocupada comigo.

-Eu não estou preocupada com você, só não quero que provoque um acidente por aí.

-Tá bom, Inês, vou acreditar.

Inês mostra à Márcia o quarto que ela deveria ficar. Era um quarto bom, nada demais mas também não ruim.