06 ▪ Maloley

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Dia 4

Quando desci novamente, a Rebecca já estava pronta, sentada no sofá me aguardando. Pelo visto a garota ainda gostava de obedecer às ordens. Afastei esses pensamentos e fui diretamente para a cozinha, pegar algo leve para comer.

Cindy havia preparado um sanduíche, então peguei o mesmo e comecei a comer enquanto voltava para onde a loira estava. Peguei as chaves do carro e minha carteira e fui em direção à entrada.

— Vamos. — Falei sem encarar a garota.

Escutei passos me seguindo e sabia bem quem era. Talvez a Rebecca não mudou tanto assim. Queria saber se seus gostos continuavam os mesmos. Que merda! Eu estava pensando em transar com uma grávida. Não qualquer grávida. A Becca grávida. Isso nunca mais iria acontecer.

Entrei no carro e a garota logo se acomodou no banco do passageiro. Cindy havia me importunado para comprar roupas para ela e até me passou vários locais onde poderíamos encontrar. Aquela gravidez já estava ferrando a minha vida e o bebê nem meu era.

Fomos o caminho todo em silêncio até o shopping, indo diretamente para a tal loja. Mal entramos e Becca já foi recepcionada por uma atendente, a puxando em direção às araras. Eu fui até um dos sofás que tinham ali e me sentei, aguardando a garota olhar o que quisesse.

Ficamos quase duas horas ali e a garota não comprou quase nada. Tinham umas duas peças de jeans e quatro camisas.

— Só isso não vai dar. — falei encarando a pequena pilha de roupas.

— A barriga vai crescer ainda mais, Nate. — Becca deu de ombros.

— Então já compra roupa pra isso. — Bufei. — Não vou ficar vindo aqui toda semana.

— Eu não preciso que você compre nada pra mim! — Becca disse brava.

— Coloca duas de cada aí e uns dez vestidos largos. — Falei direcionando para a atendente. — Pega tudo florido. — direcionei meu olhar para a loira, que estava ainda mais brava.

— Eu odeio florido! — Rebecca se direcionou para a gente.

— Então escolhe a merda das roupas direito. — Falei me afastando. — Vou comprar uma Coca, quando eu voltar quero essa pilha grande. — Me direcionei para a atendente, que sorria para mim.

Sorri sem jeito e me afastei, indo até o primeiro local que encontrei para comprar o refrigerante. Isso não demorou cinco minutos, então resolvi fazer o caminho mais longo para voltar. Parei em uma loja para comprar o tênis que estava exposto e em outra para comprar três moletons.

Pelo menos essa saída não seria de todo ruim. Fui caminhando olhando as vitrines para ver se encontrava algo mais para mim. Parei em frente a uma loja que me chamou atenção. Era uma loja de roupas, mas não qualquer uma. Era uma para bebês.

Meus pés caminharam sozinhos para entrar dentro daquele local e nem eu mesmo sabia o porquê.

— Boa tarde! — A atendente disse sorrindo — Em que posso ajudar?

Eu poderia dar uma roupa para o bebê, não teria problemas.

— Quero uma roupa de bebê. — disse automático e ela abriu mais o sorriso.

— Qual o sexo? — Ela perguntou.

— Não sei. — falei a encarando. — Ele ainda não nasceu.

Expliquei para ela melhor a situação e ela me mostrou algumas opções. O bebê nasceria por volta de fevereiro e ainda estaríamos no frio. Olhei alguns conjuntinhos para deixá-lo agasalhado e, pela indecisão, acabei comprando os quatro que ela me mostrou. Pelo menos roupa a criança teria, não que isso fosse meu problema. Eu apenas estava ajudando, já que eu despejaria os dois da minha casa.

Califórnia ▪ Nate MaloleyOnde histórias criam vida. Descubra agora