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Um ou dois dias depois da experiência de quase morte de Cedrico (ele já está bem): 

– Era por isso que você estava perseguindo os jogadores? – Fred perguntou.

– Era por causa do amor dela pelo Cedrico. – Disse Lino, praticamente jogado na grama do pátio. – Viu como ela ficou quando ele se machucou?

– Eu não amo o Cedrico. Desse jeito não. – Elisabeth soou indignada, mas então sorriu. – Os dois perderam. Eu quero um galeão de cada.

– Está se perdendo no que é real e no que é imaginário, Jacksana. – Fred disse e então eu me virei para ele incrédula.

Jacksana? É sério, Fred?

– Jordana, Jacksana. Qual vai ser o próximo? Você merece um prêmio pela falta de criatividade. – Reclamei.

– Minhas piadas são óti... – Fred foi interrompido por um Percy neurótico.

– Vocês viram a Angelina? A professora Minerva está procurando por ela. – Disse Percy. Ele estava carregando na mão o seu rato imortal.

Esse bicho parece ser mais velho que a rainha Elizabeth.

Nós negamos, e então ele se foi irritado e irritante como sempre.

– Desculpem falar isso do irmão de vocês mas o Percy me faz sentir tão... Estranha. – Elisabeth admitiu.

– Estranha como? – Perguntou George.

– Não acredito! Você está apaixonada pelo Percy! – Disse Lino animado.

Que mal gosto.

– Ela foi vítima do charme incomparável dos Weasley. – Se gabou Fred.

Novamente: Que mal gosto.

– Só não foi a melhor escolha. – Disse George.

Não mesmo.

– Não, é algo como... Uma energia. – Disse Jackson.

– Você também sente isso? – Fred uniu as sobrancelhas e recebeu um “uhum” como resposta.

– Vocês podem não ter notado sobre o Percy pelo fato de serem irmãos. O professor Snape, por exemplo, por mais estranho que ele seja dá para sentir que ele não é uma pessoa ruim. – Explicou Elisabeth.

Espera ai? O que é que tá rolando aqui? Eles também tem poderes?

– Claro que não, ele é tão legal que tentou me dar uma vassoura de presente mas eu neguei. – Debochou George.

– Não tô entendendo é nada. – Disse Lino.

– Ai gente, sabe quando a gente sente que alguém está triste ou com raiva, sei lá, é tipo isso. – Jackson tentou resumir.

– Eu não sinto quando ninguém está triste não. – Disse Fred, ainda meio perdido.

– Irritado talvez, tipo quando a mamãe tá irritada comigo eu sinto a mão dela me estapeando. – Brincou George.

– Não é possível que seja só com a gente. – Disse Elisabeth.

– Na verdade, é bem possível, coisas como essa ou até mesmo legilimência são muito comuns. – Disse Lino, ensinando como ser discreto.

Lino, se eu pudesse, eu te bateria.

– Isso é muito legal. O que o Fred está sentindo? – Perguntei, pra superar a vontade de espancar meu irmão.

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