Capítulo Doze

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Angeline observava a hora no seu relógio digital em cima da cômoda. A hora passa de 2h30, para 2h31. Já fazia horas que ela estava olhando para aquele relógio, esperando o momento certo de agir, que para ela, é agora. Sua mãe e Douglas já estavam dormindo há algum tempo, a casa estava completamente silenciosa.

Ela abre a porta do seu quarto devagar, que, por sorte, não range. O corredor do lado de fora está completamente escuro. Angeline usa a lanterna do celular para poder enxergar. Do outro lado do corredor, está o banheiro e o quarto da mãe. No fim do corredor, fica o escritório que já foi do seu pai e da sua mãe, e que agora era da sua mãe e de Douglas. E, na porta ao lado da dela, o quarto de hóspedes, que virou o quarto de Diego. Ela anda na ponta dos pés até lá.

Angeline pega na maçaneta, torcendo para que ele não tenha trancado a porta antes de dormir. Ela gira a maçaneta e a porta se abre. Perfeito! Ela empurra a porta com calma e adentra o quarto, se fechando lá dentro.

O quarto de Diego está tão escuro quanto o corredor, e Angeline precisa usar a lanterna para saber aonde pisa. Como todo homem, Diego é bagunceiro. Uma semana, e já há roupa suja acumulada no chão, cadernos e livros da faculdade jogados de qualquer jeito em cima da mesinha de computador, e o guarda-roupa está tão bagunçado que a porta nem fecha.

No canto do quarto, perto da janela, fica a cama de Diego, disposta da mesma forma que a de Angeline em seu quarto – parece até o destino! E nela, ele está dormindo tranquilamente. Angeline joga a luz indiretamente no rosto dele, vendo sua beleza relaxada. Ele fica tão lindo dormindo, que ela vibra de excitação.

Angeline deixa o celular em cima do criado mudo dele, com a tela virada para baixo e a luz da lanterna para cima, iluminando o quarto. Ela se senta na ponta da cama e se inclina sobre ele, encostando seus lábios nos dele para acordá-lo.

Demora uns segundos, mas Diego se remexe na cama. Ele sente o beijo antes de acordar e o retribui inconscientemente. Angeline sorri, sem tirar a boca da dele, passando as mãos no seu peito nu e musculoso.

Diego abre os olhos e nota o que está acontecendo. Ele afasta Angeline dele.

- Angeline – ele fala com a voz grogue – o que você está fazendo aqui?

- Estou continuando da onde paramos – ela fala, voltando a por a boca nele.

Como ela queria ter feito isso antes. Só não teve a oportunidade. Sua mãe e Douglas voltaram do jantar não muito tempo depois dela e Diego terem se beijado. Depois, Diego saiu de casa para sabe-se lá onde, e só voltou no sábado, bem tarde. Agora, na madrugada de domingo, era a chance que tinha lhe surgido.

Diego deixa ela beijá-lo por uns segundos, antes de afastá-la novamente.

- Angeline, eu já disse que não podemos.

- Não poder não quer dizer que você não quer – ela argumenta – por favor, Diego. Não se faça de irmão mais velho responsável. Você se sente atraído por mim, não negue – ela afaga seu peito, mantendo a postura de mulher sexy e madura – você se sente assim desde a primeira vez que me viu, nua – ela lança seu melhor olhar sedutor para ele na semiescuridão.

Diego não nega, nem admite que ela está certa. Angeline decide pensar que quem cala consente. Ela sobe no seu colo, colocando uma perna de cada lado do seu corpo. A camisola curta subindo pelas coxas e deixando a mostra sua calcinha fio dental. Ela se inclina sobre ele e o beija. Dessa vez, Diego não a afasta.

Eles se beijam sem medo, consumindo os lábios um do outro. Ela aperta os seus ombros e ele põe a mão na sua nuca, por baixo do seu cabelo loiro curto. Angeline se sente excitada e feliz como nunca se sentiu com garoto nenhum antes. Ela sabia que a atração que sente por Diego é muito maior do que parecia e por isso ela não conseguia se conter.

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