*Narr on*
Martino ouviu três batidas consecutivas em sua porta. Mandou de imediato que a pessoa, seja quem fosse, entrasse.
No momento, ele revisava alguns documentos e por mais que odiasse ser interrompido, permitiu, pois já imaginava quem seria.
Assim que Jehyun adentrou a sala, viu os inúmeros papéis sobre a mesa e deduziu estar novamente lhe atrapalhando.
—Desculpe, eu volto outra hora.
—Sabe que não há necessidade. —o cortou. —Tem total liberdade para vir e falar comigo, não importa o horário.
A porta atrás do beta fechou-se e ele apenas assentiu se aproximando mais da grande mesa.
—O que queria? —Enrico questionou sem rodeios.
—Atendi o senhor Park como me pediu.
—E?
—E agora sei o porquê pediu justamente para mim. —sentou-se frente ao loiro. —Você já sabia, não é?
A pergunta o fez parar bruscamente. E a caneta que antes movia-se agilmente sobre o papel, cessou sua escrita.
—Sobre o que exatamente está falando? —ainda demonstrava-se imparcial.
—Sabe do que estou falando, droga! —fez uma carranca. —Você já sabia sobre a condição do sr'Park, não é verdade?
A resposta demorou-se a vir:
—Sim... —manteve uma expressão neutra, arrancando um suspiro de Jehyun.
—Por que... Não falou nada?
—Não era concreto. —explicou. —Não havia exames suficientes para eu provar minha hipótes-...
—Mas agora há!
—Você contou? —mudou de assunto rapidamente.
—Apenas para o parceiro dele.
—Jungkook... —Enrico tomou por um instante uma evidente expressão de preocupação. —Preciso conversar com ele. —passou as mãos pelo rosto cansado.
—Sim, precisa... Já está perto, você sabe. —o beta baixou o olhar.
—Eu sei...
Exatamente naquela mesma tarde, ele se dirigiu a casa dos Wang's. Seu carro esportivo, estacionado frente ao grande portão, esperava para ser recebido.
Logo sua passagem foi permitida. Entrou com o pretesto de ver como Yeonjun estava de saúde.
Yejin lhe recebeu, liberando-o logo em seguida para que fosse ao segundo andar, onde o aposento de seu filho ficava. Não que o médico já não soubesse disso, afinal não seria a primeira vez que o visitava.
Durante o trajeto percebeu o silêncio abundante que reinava. Deduziu de imediato que os alfas e talvez nem os ômegas estivessem alí, mas... Não podia ter tanta certeza.
Emfim, parou frente à porta de tons amadeirados, dando dois toques leves com a destra, que foram o bastante para fazer o alfa a abrir.
—Dr'Enrico? —o mais novo pareceu surpreso. —O que faz aqui? O senhor sempre marca antes de aparecer.
—Ah, eu... Consegui um tempo livre hoje. Foi em cima da hora por isso não liguei.
—Oh... —soou convencido com tal explicação.
—Não vai me deixar entrar?
Apressadamente, ele abriu ainda mais a porta, dando liberdade para que o mesmo entrasse. Porém, sem ao menos esperar por isso caminhou em direção à sua escrivaninha.
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Em Meio a Máfia (livro 2)
FanficTrês ômegas se vêem ligados aos herdeiros de uma das mais poderosas famílias da máfia, após terem presenciado o assassinato de um importante afiliador. Agora, eles que afirmam não precisar de proteção, terão que aprender a confiar nos alfas que os...