Capítulo I

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Eu sempre estava sozinha na escola, por isso meus pais sempre me trocavam de escola e as vezes até de cidade, para eu poder me enturmar com alguém me levavam no psicólogo, só que achavam problema nenhum em mim, então minha sempre me levava em psicológos diferentes.
Na escola, na hora do recreio sempre fico sozinha, pessoas rindo de mim, pessoas jogando coisas em mim e me chamando de gorda, feia, baleia e outros apelidos muito pesados, eu não aguentava isso então sempre chorava pra desabafar mais sempre era no banheiro da escola para ninguém ver, se não eles ia me emplicar mais.
Chegava em casa minha mãe sempre perguntava:
- Filha, se enturmou com alguém ? Alguém conversou com você ?
E eu sempre respondia:
- Não mãe, como sempre !
Subia as escadas e ia direto pro meu quarto pensa no que eu fiz pra poder acontecer isso comigo.
Com essas mudanças de cidades e de escolas fui parar em uma cidade no interior de São Paulo, pensei que lá poderia encontrar amizades.
Estava indo pra escola, quando uma garota chegou correndo do meu lado e disse:
- Pra escola onde mais seria, e você ?
- Não gosto muito de escola, então sempre mato aula.
- Você ficou maluca? Você ta acabando com sua vida! O que você vai fazer quando crescer pra sustenta sua família?
- Não, ah até lá arrumo alguma coisa pra fazer! Aceita uma bala que vai te fazer muito feliz ?
- Não obrigada, isso não cola comigo, e isso não chama bala isso chama droga mesmo.
- Ai que mal humor garota.
- Mal humor não, só não quero me matar e, tchau.
Pensei no momento acho que é por isso que não arranjo amigas, sou muito certinha e direta, eu comecei a andar mais rápido para não encontrar pessoas indesejáveis com aquela garota que nem sei o nome.
Chegando na escola vi tanta gente que dei até tontura, vi gente drogada, popular, nerds, ah e muito mais.
Umas meninas chegaram conversando comigo:
- Ah você é da onde? Provavelmente não é daqui. Ah eu sou Júlia prazer.
- Ah só de várias cidades kkk! Sempre mudo de cidades. Ah e eu sou Ana o prazer é todo meu.
- Vem aqui com a outras meninas.
- Vamos então kkkkk.
- Você vai amar o presente que tenho pra você kkkkk.
Eu não consegui falar num instante, quando eu vi aquilo fiquei imprecionada, era um colar que estava escrito "Amigas para sempre".
- E então aceita fazer parte do nosso grupinho?
- Aah a, a... Aceito.
- Mas tem uma condição.
- Ixi lá vem.
- Você vai ter que fazer umas coisinhas pra nós.
- Olha aqui menina, não sou uma dessas meninas que você pode mandar a vontade não, não faço papel de otária.
- Então chipa garota, tenho paciência não.
- Fico boba, com o respeito que você tem com as pessoas.
Saí com os nervos a flor da pele, mas logo me acalmei até porque já ia começar as aulas.
Eu ficava lá atrás, já era até costume, todos me jogando bolinhas de papel el mim, mas de repente isso não ligava mas pra mim.
Cruzei um olhar para um garoto não sabia o nome nem se quer ouvi sua voz mas esse momento foi interrompido por dois babacas que jogaram borrachas em mim e disseram baixinho:
- Pare de sonhar, garota.
- Me deixa seus idiotas.
Ele tinha cabelos loiros e olhos verdes iguais aos meus só o cabelo loiro que não combinavam já que os meus eram pretos encaracolados, ele tinha um sorriso muito atraente, nem reparei em sua beleza porque o que adianta um homem bonito mas galinha ?!
Pois é?! Me indentifiquei com ele, ele era mais ou menos da minha altura só que um pouco mais alto, mas isso não importa o que eu mais reparei e o que eu mais gostei foi de seu sorriso que me deixou ate sem graça.
Ele sempre estava no mundo da lua na sala, mas de repente ele volta para a Terra e pá, olhamos um para o outro, ficamos paralisados por alguns minutos até um carinha me jogar uma borracha na minha cara fiquei toda corada pensei que até poderia fazer uma propaganda de extrato de tomate com aquele rosto vermelho, mas voltando ao assunto, ele então deu uma risadinha baixa e voltou a Marte.
O sinal bate, hora do recreio, não tenho amigos então aquela hora era a pior de todas sempre tenho que sentar sozinha ou as vezes até ir pro banheiro já que alguns me expulsão da mesa e acabo ficando sem. Só que sinto alguém apertar minha cintura e sem querer solto os palavriados:
- Puta merda, tire a mão de mim seu imundo - Quando me virei era o cara gato que agora estava assustando - Me desculpe pelas palavras indelicadas!
Ele disse arregalando os olhos:
- Aaa...Eu que peço desculpas pela mão boba, é qqq....que eu não sabia que reagiria assim.
Eu corei no momento mas fiz que sim com a cabeça e ele saiu com uma menina que pegou em sua cintura e sairam de mãos dadas.
Pensei na hora que puta, roubando meu futuro namorado.Então fiquei sem ninguém no recreio e toca o sinal, hora de voltar as aulas.

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