26 de fevereiro, 2017.
O ano começou muito bem, mais uma etapa na faculdade estava por vir. Estranhamente os adultos gostavam de iniciar o semestre com uma grande festa, segundo eles era para aproveitar nossos últimos dias de paz antes dos trabalhos e provas chegarem. Sempre quem organizava era o nosso professor, a casa dele era enorme e tinha muito espaço. É o meu segundo ano de faculdade e a primeira vez que participo dessa grande festa que todo mundo que cursa Direito comenta.
_ Maya, você não está ansiosa? - Minha colega de sala perguntou.
_ É claro que estou Elisa! Só estou um pouco nervosa.
_ Não tem porquê se sentir assim, é só uma festa.
_ É, eu sei.
_ Te espero lá hoje a noite, pode ter certeza que vai ser incrível!
_ Espero que seja.Passei o dia escolhendo roupas que eu poderia usar naquela ocasião, vários estilos diferentes e várias opções até eu conseguir chegar em uma só alternativa.
Tomei banho e fui para a frente do espelho fazer a minha maquiagem, prendi o cabelo em um coque bagunçado e coloquei na minha playlist dos anos cinquenta para dar uma animada no ambiente. A primeira música que começou a tocar foi "All shook up" do Elvis Presley. Enquanto me maquiava comecei a sentir algumas dores de cabeça, mas não me preocupei porque não estava doendo muito. Logo depois começou a tocar "The Great Pretender" do The Platters e a dor começou a aumentar juntamente com uma tontura de acompanhamento, foi aí que do nada desmaiei.
Pelo visto eu havia ficado muito tempo desmaiada, meus pais não estavam em casa. Quando meus olhos abriram e eu comecei a enxergar melhor, percebi que me encontrava em um ambiente estranho. Que lugar era aquele? Por que estavam vestidos daquele jeito? Eram muitas perguntas que eu estava ansiosa para serem respondidas logo.
Quando levantei percebi que eu também estava com uma roupa estranha, era um vestido preto com bolinhas e alguns forros para dar volume por baixo, eu estava usando luvas, quem usava luvas a não ser por causa do frio em pleno 2017? estava calor.
Era noite, ninguém parou para me ajudar e perguntar se estava tudo bem, será que eles não viram que eu estava naquela situação?
Quando olhei ao redor da rua que eu me encontrava , percebi algumas lojas e um grande evento acontecendo, era como se fosse um show, parecia que alguém importante iria se apresentar lá.
Meu celular havia sumido, não existia muita tecnologia ao redor. Resolvi ir andando em direção ao evento para procurar informações. Nesse mesmo momento fui parada por um garoto.
_ Ei, você parece perdida.
_ Eu estou perdida!
_ Desculpe, qual é o seu nome?
_ O meu nome é Maya, e o seu?
_ Mark.
_ Que lugar é esse? Onde eu estou?
_ Você está em Dallas.
_ Dallas? Eu nunca vim em Dallas, como eu vim parar aqui? Eu nunca sequer visitei o Texas.
_ De onde você é?
_ Flórida, e-eu moro lá.
_ Isso é bem longe.
_ Você pode me emprestar seu celular? Preciso ligar para meus pais.
_ Celular? O que é um celular?
_ Espera aí, você não sabe o que é um celular?
_ Nunca ouvi falar disso.As pessoas vestidas daquele jeito, o ambiente, as músicas que estavam tocando e a falta de tecnologia só podia significar uma coisa.
_ M-Mark, em que ano nós estamos?
_ Nossa, você deve estar super bêbada. Garota, nós estamos em 1957.
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Tudo começou naquela festa
Mystery / ThrillerEm uma noite de sexta-feira uma garota chamada Maya encontrava-se em seu quarto arrumando para uma festa, em um certo momento ela decide colocar uma playlist para tocar e em uma das músicas é teletransportada para um ambiente que nunca havia visto...