𝐈 𝐂𝐇𝐎𝐎𝐒𝐄 𝐘𝐎𝐔, chapter two.

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MIL NOVECENTOS E QUARENTA E TRÊS

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MIL NOVECENTOS E QUARENTA E TRÊS.

— Senhorita?

A voz melancólica de Bucky soou contra a orelha esquerda de Kathryn, fazendo aquela região se arrepiar quando o hálito quente do Barnes se chocou contra os pelos da sua nuca. Ela sorriu, encarando o namorado por alguns segundos antes de puxa-ló para um beijo longo e apaixonado. Perdera a conta de quantas vezes esteve perdida na imensidão dos olhos azuis de Bucky, e como sempre fora apaixonada por ele, desde a primeira vez que o viu. E como vivia com o medo constante de perdê-lo. Naquela altura, o medo não era apenas melhor amigo dos que amavam.

— Isso é saudade? Nos vimos ontem. — Ele disse, logo que seus lábios desgrudaram dos dela.

— Fala como se também não estivesse louco por isso. — Ela sorriu, limpando a boca de James que estava manchada pelo batom vermelho.

Bucky lhe deu um beijo na bochecha e a puxou para junto dos outros casais que dançavam ao ritmo da música lenta que tocava na festa. Ele se pegou pensando que, se o pai de Kathryn os visse ali, estariam encrencados. A memória do Senhor Laurentis o dizendo que deveria pedir a mão da filha dele o mais rápido possível dançou em sua mente, o lembrando que deveria ser a melhor versão de si mesmo para dar uma vida boa para a mulher que amava. Se se esforçava atualmente, era tudo por ela, e pela vida boa que ele esperava que tivessem juntos.

— Eu amo dançar com você, sabia? — Ela balbuciou, com a cabeça encostada no peito de Bucky.

— É mesmo? Por quê? — Ele questionou, se balançando conforme a música.

— Porque me sinto segura e em casa, porque não penso que tem soldados nazistas que podem bater à minha porta a qualquer momento. — A voz de Kathryn soou mais baixa. O medo de que alguém escutasse tomou conta da morena, e isso a fez encolher os ombros. James a abraçou mais forte.

— Eu prometo que jamais deixarei isso acontecer. — A voz de Bucky soou tão firme que Kathryn quase acreditou no que ele prometera. Mas ela sabia que, isso, ele não tinha como prometer.

Nenhuma palavra foi dita pelo resto da música. Os dois apenas deixaram que o clima ruim e medo que se instalou entre o momento de calma dos dois fosse embora por vontade própria. A chuva que pairava sobre Kathryn persistia a cada dia que se passava. Era uma nuvem escura, carregada de pensamentos cheios e vazios ao mesmo tempo, que a seguia para todos os lugares. Pesada, constante. E da mesma forma que ela tentava não viver desse jeito, era assim que passava suas noites. Presa em memórias felizes, se apegando a esses momentos para a lembrar de como foi feliz.

Todavia, ela estava cansada de fingir ser alguém que se encaixava dentro dos padrões que o nazismo exigia. Cansada de viver para sobreviver. Ela apenas precisava sobreviver para viver. Não havia vivido a vida o suficiente. Não da forma que ela merecia ser vivida. Não da forma que ela realmente merecia viver: com a expectativa de amar Bucky Barnes cada vez mais. Ela o amou. Ela o ama.

— Casa comigo? — Disse ela, quando saíram do pub.

Perdão? Não sou eu que tenho que perguntar isso? — James riu, nervosamente.

— Não seja modesto. Estou falando sério. Você vai para a guerra, e eu quero estar casada com você se... — Kathryn deixou subentendido. Um dos dois poderia morrer. A Laurentis em um campo de concentração e o Barnes na guerra.

— Princesa, presta atenção. — Ele pediu, segurando o rosto da amada entre as mãos. — Eu voltarei por você, e eu sei que você vai estar me esperando aqui. Eu prometo. Mas me deixe fazer isso do jeito certo, quando eu voltar. — Os olhos de Bucky carregavam súplica. Sabia que Kathryn era teimosa.

— E se você não voltar? Como eu fico? — A voz da morena embargou, logo que tirou as mãos dele do seu resto.

— Eu vou voltar, Kathryn. Eu estou, literalmente, prometendo isso. São só seis meses. — Bucky sorriu, afim de tranquilizar a namorada. No fundo, sabia que ela estava certa. O relacionamento dos dois não podia viver apenas de promessas que não sabia se poderia cumprir.

— Sabe o que pode acontecer em seis meses, James? Você sabe? — Ela enxugou a lágrima que varreu seu rosto. — Você sabe bem. Não vou falar em voz alta.

— Você quer que a nossa noite perfeita termine assim? Discutindo o que acontece se um de nós morrer? — Bucky apontou para ambos.

Kathryn se virou de costas para ele, suspirando tão fortemente que a fumaça expulsa por seus lábios devido ao frio a assustou. Graças a realidade a qual viviam, ambos eram obrigados a conviver com esse medo. A família Laurentis havia conseguido os meios necessários para fingirem não serem judeus, mas ela não sabia por quanto tempo esses disfarce existiria.

— Eu só queria olhar para você sabendo que você é o homem com quem eu quero passar o resto da minha vida, mas isso não é possível. — Kathryn vozeia, antes da sua voz morrer completamente dando espaço para os soluços contínuos de um choro carregado de dor e cansaço. — Eu escolho você, Bucky. Mas o destino não escolheu nós.

— Kath... — Bucky a abraçou fortemente. Ele teve medo de quebrá-la, de tão frágil que ela era. — Eu amo você. E nenhuma guerra é capaz de mudar isso. Vamos ser fortes por nós dois juntos, eu prometo. — Ele beijou sua testa.

— Eu te amo. — Ela sussurrou, ainda chorando.

— Está tudo bem. — Ele sussurrou de volta. — Eu te amo demais.

:: mostrando um pouco dorelacionamento do bucky e da kath, até pra vcs se familiarizarem um pouco com ela, né? mas pelo pouco que vcs viram da kath e da sabrina quem vcs preferem das duas? já tem sua favorita?

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:: mostrando um pouco do
relacionamento do bucky e
da kath, até pra vcs se familiarizarem
um pouco com ela, né? mas pelo
pouco que vcs viram da kath e da sabrina
quem vcs preferem das duas? já tem sua favorita?

:: referência por essa cena da dança dos dois
se passar em 1943, que o bucky mencionou em tfatws que foi o ano que ele teve sua última dança. a última dança dele foi com a kath!

RUNNING OUT, bucky barnes. Onde histórias criam vida. Descubra agora