Que cara fofinho

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|•Luba on•|

Me levando com as pernas um pouco fracas, apoio meu peso nas paredes e vou até a cozinha, pego uma garrafa de água que havia na geladeira, bebo ela toda em menos de 2 minutos, olho para o armário em cima da geladeira, minha mente diz não mas meus pensamentos maldosos insistem em dizer sim. Vou até o armário, abro e pego a garrafa de vodka que havia la dentro. respiro fundo fechando os olhos. Uma lembrança rapidamente vem em minha mente, como um flash, eu e a Gabi Catuzzo na mesma cama bebendo a mesma vodka que estava em minhas mãos neste exato momento, outro flash em minha memória vem, era eu beijando ela. Ouço um barulho de notificação do WhatsApp, abro meus olhos e sinto uma leve tontura, coloco a garrafa de vodka que ainda estava fechada em cima da mesa e vou até a sala pegar meu celular. Ainda me apoiando nas paredes por conta da fraqueza nas pernas, finalmente alcanço meu celular que estava em cima do sofá. Me sento e vejo que era uma mensagem da Gabbie. Ela havia acabado de chegar em São Paulo e disse que havia pegado um uber. Mando a minha localização atual para ela e bloqueio o celular. Vou até o interfone ligando na portaria, que sou atendido segundos depois

Luba: "oi, vai chegar uma mulher chamada Gabriela aí em baixo daqui a meia hora, pode liberar ok?

-"ok"

Desligo o interfone, miro novamente a garrafa de vodka que estava na cozinha, fecho o punho e junto fecho os olhos.

Luba: e-eu trai a Gabriela?

Sussurro gaguejando falando para mim mesmo, minha voz sai trêmula, minha memória falhava cada vez mais e aquilo me deixava mais nervoso. Era muitas coisas vindo ao mesmo tempo, muita coisa para meu cérebro calcular e rotular. Aquilo havia acontecido mesmo? Era um sonho ou realidade? Eu havia sido infiel ou não?

|•Gabbie on•|

O caminho todo do aeroporto de Guarulhos até a localização que o Luba havia passado deu 30 minutos. Dentro desses 30 minutos passei o tempo conversando com a minha mãe e falando tudo que havia acontecido, ela tentava me acalmar através de palavras, que de certa forma ajudou. "Palavra de mãe tem poder" e quando digo isso não é só na hora quando ela fala "leva um casaco pois vai ficar frio" ou "leva um guarda-chuva pois vai chover" e sim na hora de conselhos, as vezes ela fala palavras certas que se encaixam no momento perfeito. É como colo de avó: amoroso e relaxante.

O carro para, eu olho em volta e vejo que chegamos no local. Pago o motorista e desejo uma boa noite a ele, pego minha mala e minha mochila e saio do carro. Vou até a portaria, um senhor de cabelos e bigode grisalho com um aspecto muito simpático me olha sorridente.

Gabbie: boa noite

-"Boa noite, você deve ser a Gabriela né?"

Gabbie: isso, o Lucas falou para o senhor?

-"sim, pediu passagem livre para você."

Ele abre o portão, me ajudando pois estava com as mãos ocupadas com a mala e minha mochila. Olho para ele, ele me olha de volta como se já soubesse o que eu iria perguntar

-"oitavo andar"

Gabbie: obrigada, senhor...

-"Sebastião"

Gabbie: obrigada, senhor Sebastião

Sebastião: de nada senhorita Gabriela

Ele fala sorrindo, sorrio de volta. Vou até o elevador e aperto no botão do 8º andar. A pequena caixa de metal passando alguns segundos se abre, saio do elevador e bato na porta. Logo ouço um barulho da porta se abrindo e o homem da barba ruiva e cabelo raspado com degradê abre. Mas não com aquela alegria que ele sempre demonstra quando me vê, a pele dele estava pálida, ele estava pior do que eu, dava pra ver só de olhar para seus olhos que antes eram esverdeados como uma linda esmeralda polida, agora eram apenas olhos muito escuros.
Largo tudo que estava segurando e abraço ele, que na hora retribui o abraço apertando mais nossos corpos um no outro.

Fanfic Lubbie (Luba & Gabbie)Onde histórias criam vida. Descubra agora